Pazes feitas (92)

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desculpem a demora, mas nao tenho tido tempo para publicar. espero que gostem. boa leitura.

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Tatiana:92

Eu não sei o que é que se passou a noite passada comigo. Eu tenho a noção que odeio o Joel, mas não consegui deixa-lo ir. É tao estranho. Eu sinto-me tão bem nesta casa perto dele. A forma que o monstro me beijou ontem, foi tão calma. Ele nunca me tinha beijado assim. Eu estou confusa. Eu devia ir embora desta casa e afastar-me do Monstro, mas não tenho forças para isso. Eu preciso tanto do Joel.

Depois do beijo, nós fomos para a cama, ele despede-se de mim à porta do quarto com um beijo na testa e entramos ambos para os respetivos quartos. O Joel não fez nenhuma piada, nem comentário improprio. É tão estranha esta versão mais calma do Monstro.

O funeral da minha mãe foi de manhã. O Joel esteve sempre ao meu lado. Fui muito difícil para mim. Eu sei que já sou crescidinha, mas ainda preciso tanto dela. Sinto-me uma criança de novo. Isto parece um pesadelo que nunca mais acaba.

O Homem de olhos azuis levou-me para casa. O Jean tinha ficado com a Aurora que não foi a escola. O Joel encomendou o almoço num restaurante, mas eu não comi quase nada. Estava triste e não apetecia comer. Eu levantei os pratos e preparava para os lavar. O Jean tinha ido a casa de banho e Aurora foi brincar para a sala.

"Deixa estar isso. O Jean depois lava." Disse o Joel.

" Não. Já chega estar cá em casa, pelo menos tenho que ajudar." Disse-lhe.

" Ele não se importa... É verdade. A madame não precisa dos meus serviços de motoristas?" Ele pergunta-me num tom de brincadeira.

" Por acaso preciso. Tenho que ir ao banco. Preciso de levantar dinheiro. Vou precisar de comprar umas coisinhas, principalmente roupa." Eu disse. Eu tinha comprado apenas uma mudada de roupa para mim e para a Aurora numa loja aqui perto.

" Dinheiro! Acho que não sei o significado dessa palavra desde que transformei em vampiro. É tao mais rápido da minha maneira." Ele refletiu.

" Isso não é justo." Eu disse.

"Também não é justo para os leões serem mortos para lhes tirarem a pele e os caçadores continuam a caça-los. Também não é justa a fome em africa e continua a haver. Tatiana, não vais falar de injustiças comigo." Ele argumentou. Este gajo é tao parvo!

" As pessoas precisam de ganhar dinheiro e tudo levas o produto ou usas o serviço sem pagar nada. Já pensas nas pessoas?" Eu questionei, tento mostrar alguma realidade.

" Depende da maneira que pensares no assunto. Podes levar isso com uma ação de caridade. Eles fazem o seu ato de caridade para comigo e quando morrer tem um lugar garantido no céu." O Joel explicou.

" Caridade? Desde quando tu precisas de caridade para viver, Joel?" Eu questionei-o.

" Por acaso, ultimamente, eu tenho-me sentido muito carente. Depois do beijo de ontem à noite, estou melhor." Ele brinca com as palavras. Pronto. Eu sabia que ele tinha tocar no assunto do beijo.

" Joel!" Eu repreendo-o tento ficar séria, mas não consigo.

" Está bem, eu não falo no assunto. " O Homem dos olhos azuis revira os olhos.

" Olha lá, sempre vais comigo ao banco ou não? É daqui nada o banco fechar." Eu comunico-lhe, quase acabando de lavar a louça.

" Vou já tirar o carro, patroa." Ele goza e caminha para a porta.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora