O jantar dos espíritos (84)

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Cláudio:84

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Cláudio:84

Eu e o Augusto, o pai da Tatiana, estávamos de pé, perto da mesa. A Tatiana entra na sala com um tabuleiro de arroz. Ela está tão linda como sempre. O vestido parece ter feito para ela. Eu consigo conter o sorriso ao olhar para o meu grande amor. A Tatiana senta-se ao lado do Rui, o meu grande amigo, e da Aurora. A minha menina está cada vez mais crescida.

Na cabeceira da mesa está sentada a Júlia, mãe da Tatiana, parece triste. Deve sentir a falta do Augusto. É estranho, eu só conhecer os pais de Tatiana depois de morto. Gosto muito do Augusto.

Continuado do outro lado da mesa, de frente a Tatiana está sentado o Obsidiana. Como é que a Tatiana permite que este monstro entre na sua casa? Do lado esquerdo do Joel está sentado a Nádia e do outro lado o Jean. Na outra cabeceira está sentado o Edu. Eu olho com odio o Joel.

"Eu não acredito que a Tatiana trouxe este gajo aqui para casa." Eu disse para o Augusto. O pai da Tatiana tem sido uma grande companhia.

"Cláudio, faz parte do plano que ela tem." Ele relembrou-me.

"A Tatiana não pode deixar a Aurora estar tão perto daquele homem." Eu reclamo.

"A minha filha sabe o que faz. Não te preocupes." O Augusto acalma-me.

"Não sei, Augusto. Custa-me tanto dizer isto. Eu acho que a Tatiana está apaixonar-se e ela não pode apaixonar-se por aquele monstro" Eu disse.

"Cláudio, ela tem direito em se apaixonar outra vez. Ela está viva e tu estás morto como eu." Ele chama-me a realidade e eu sei disso, embora me custe.

"Pois tem, mas tem de ser logo com aquele gajo que nos separou. Se eu estivesse vivo nada disto estava a acontecer. E a culpa é dele." Eu exprimi com raiva.

"Calmo, meu filho! Tudo se vai resolver." O Augusto acalmou-me.

Eu e Augusto calamo-nos e observamos o jantar. A Tatiana serve a Aurora. O Rui pede com educação à Tatiana por um pouco de arroz no prato dele e ela servi-o. A Tatiana sorri para ele e o Rui retribui o sorriso. Eles estão muito próximos, eu gosto de os ver juntos. Eu sei que o Rui é um bom amigo. 

A Nádia olha para eles com cara de poucos amigos. Vê-se bem que ela ainda gosta do meu grande amigo. O Obsidiana parece que quer destruir a felicidade de todos.

O Obsidiana antes que Tatiana pose a colher do arroz, estende-lhe o prato e pede-lhe que ela o serva, a Tatiana serve-o com pouco agrado. Que raiva que eu tenho dele! Se a Tatiana soubesse a verdade não deixava este mostro entrar na sua casa.

A Tatiana troca um olhar com o Rui, prepara-se para começar a comer e olha disfarçadamente para o Joel, certificando-se que ele toca nos talheres.

O Obsidiana olha para os talhares sem lhes tocar, olha para Tatiana que desvia o olhar dele. O Monstro olha de novo para os talheres e sorri. Ele apercebeu-se. Porque é que a Tatiana se lembrou de fazer este plano em casa? Pode ser perigoso. O Obsidiana puxa o guardanapo que está debaixo do garfo com força e o garfo vem atras caindo no chão.

"Ó! Que desastrado que eu sou." O Obsidiana representa, olhando fixamente para a Tatiana.

"Não faz mal. Eu vou buscar outro." Disse a Júlia apanhado o garfo do chão e posado sobre a mesa.

"Não se incomode, dona Júlia, eu vou buscar." O Monstro disse. Eu olho para Tatiana e para o Rui que olham muito sérios para o Obsidiana.

"Não é incómodo. Eu vou buscar." A Júlia insiste.

Os olhos do Joel começam a brilhar e ele coloca a sua mão sobre a mão da Júlia. "Não é preciso. Eu já disse que vou buscar outro garfo." O Monstro hipnotizou-a.

A Tatiana e o Rui olham um para o outro e voltam a olhar para o Obsidiana. Tatiana, no que é que tu te meteste?!

"Tudo bem. Os garfos estão na primeira gaveta." A Júlia disse de forma robótica. O Joel levanta-se e vai até a cozinha. A Tatiana levanta-se e vai atras dele. Eu vou trás dela, sinto uma mão no meu braço. O Augusto puxa-me.

" Cláudio, está na hora de irmos embora." O pai da Tatiana impôs-me.

" Mas Tatiana pode estar em perigo." Eu argumentei.

" Nós somos espíritos, não podemos interferir em nada. Agora vamos." O Augusto disse de forma autoritária. Eu sei que o pai da Tatiana tem razão. Eu não posso fazer nada, apenas vou ficar nervoso. É melhor ir. Nós desaparecemos. 

...

este capitulo é mais pequeno que os outros, mas eu mais logo publico outro.

o próximo capitulo é muito importante.

obrigado por ler.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora