Anda comigo ver as estrelas (19)

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Obsidiana:

" Tu! Que susto! O que é que estás aqui a faz?" Eu perguntei ao ver-me.

" Vim buscar o obrigado que ainda não recebi." Eu disse.

" Não recebeste, nem vais receber." Ela respondeu rapidamente. A maneira rápida que ela me deu a resposta, fez-me rir. " Estás a rir do quê?" Ela perguntou apreensiva.

" Da tua resposta corajosa e atrevida." Eu confessei. Eu fiz uma pausa e observei-a, ela olhava as estrelas." Porquê? Porquê que me enfrentas assim? Tu devias ter medo de mim." Eu disse com as mãos nos bolsos do casado.

" Eu não tenho medo de ti." Ela disse olhando para mim.

" Mas devias. Supostamente, eu matei um homem." Eu disse, observando atentamente o seu comportamento.

" Mas eu não tenho. E depois são só suspeitas. Ou vais confessar?" Ela perguntou. Eu sorri.

" Não." Eu respondi. Sentei-me no muro um pouco afastado dela. Olhei para o céu que estava estrelado. A Camila adorava ver as estrelas. Sempre que olho o céu assim, lembro-me dela. Não com saudade, só uma lembrança.

" Não sabia que os assassinos também gostavam de olhar para as estrelas." Ela disse-me, tirando-me dos meus pensamentos. Olhei para ela. A Tatiana olhava para o céu.

" Há muita coisa que não sabes sobre mim." Eu disse e levantei-me. " Vem comigo!" Eu propus.

" Vou contigo a onde?" Ela perguntou admirada com o convite.

" A um sítio. Não é muito longe daqui. Prometo que vais gostar." Eu expliquei.

" Deves estar doido! Achas que eu vou contigo, no meio da noite, para um sítio qualquer, fazer sei lá o quê?" Ela disse nada convencida.

" A minha esposa também gostava de olhar as estrelas. Eu queria levar-te a um sítio que ela gostava de ir." Eu expliquei.

" És casado?" Ela perguntou admirada.

" Fui. Ela faleceu." Eu contei.

" Desculpa! Eu não sabia." Ela desculpou-se um pouco atrapalhada.

" Então, vamos?" Eu perguntei.

" Não sei se posso confiar assim tanto em ti." Ela ponderou.

" Salvei duas vezes. Se te quisesse fazer mal, já o tinha feito. Anda!" Eu tentei convence-la.

"Não sei." Ela disse ainda duvidando.

" Bora, Tatiana. Deixa ser maricas. Tanta coragem e agora não vens. Anda!" Disse e comecei a andar. Não sabia se ela viria ou não, mas tinha um pressentimento que sim. Ouvi os seus passos atras de mim e fiquei mais descansado. Levei até a minha Mansão, mais precisamente ao jardim da minha Mansão. 

...

Desculpe-me pelos possíveis erros, neste e nos capítulos anterior.

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Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora