Um Monstro em ti

situação dificel (100)

boa leitura.

Edu

Os meus olhos estavam inchados de tanto chorar. Eu que nunca chorei tanto na minha vida. O meu rosto deve estar horrível, mas eu não consigo parar de chorar.

Eu estava no meu quarto e não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido.

Como é que a Tatiana pode mentir-me? Nós somos melhores amigos a anos. Bem, ela não mentiu. Ela tentou contar-me a verdade, mas eu não acreditei.

Batem à porta do meu quarto.

Eu tinha pedido a Francisca, minha empregada, para não ser incomodado. Será que é muito difícil intender isso?

"Francisca, eu pede-lhe para não ser incomodado." Calo-me ao ver a minha afilhada entrar. " Aurora, como é que viste aqui parar?"

" O Jean trouxe-me. Preciso de falar contigo."

O meu cérebro parou ao ouvir a palavra Jean, as imagens de horas atrás viram a minha cabeça.

Eu tinha ficado a dormir num dos quartos hóspedes da casa do Jean.

Estava deitado, mas não conseguia dormir.

As imagens do Jean deitado no chão com uma estaca no peito não saiam da minha cabeça.

Eu vi, a estaca estava espetada no seu corpo. Havia sangue. Não podia ser só uma brincadeira, como a Tatiana disse.

Acabei por adormecer. Sonhei que estava com o Jean na sala dele, víamos um filme, de repente o Jean transforma-se num monstro e quer-me matar.

Acordo assustado. Sentei-me na cama, refletindo como aquele sonho foi parvo.

Lembrei-me que a Aurora está sempre que ele é um vampiro. Bem, no meu sonho ele não era um vampiro, era um monstro.

Vampiro! Será que o Jean é um vampiro? Se ele o fosse não morreria com uma estaca no peito.

Não. Essas coisas não existem. São coisas de criança.

Embora a aurora acerte muita coisa. Mas não o Jean não é um vampiro

Lembro-me de uma vez a Tatiana dizer que o Joel era um vampiro. Mas ela não estava bem.

Os sacos de sangue no frigorífico. O Jean disse que era para fazer arroz de cabidela, mas eu nunca vi sacos daqueles a vender no talho.

Aqueles sacos pareciam os dos hospitais.

Decidi ir até a cozinha, abri o frigorífico. Peguei num dos sacos.

A Rhpositivo li. Não pode ser. Sangue humano. Peguei noutro, O Rhpositivo.

Meu deus, isto não pode estar a acontecer.

Por que razão o Jean guarda sangue humano no frigorífico? A não ser que a Aurora tenha razão e ele seja um vampiro.

" Edu! O que é que faças na cozinha?" O Jean aparece a porta da cozinha.

" O que é que isto Jean?" Eu perguntei com os sacos na mão.

" É sangue para o arroz da cabidela, eu te disse." Ele disse nervoso.

" Não mintas. Isto é sangue humano. Diz-me a verdade." Eu ordenei, com lágrimas nos olhos.

" Edu" ele parece pedir.

" Edu, nada. Diz-me. Eu quero ouvir da tua boca. O que é que tu és?"

" Eu sou um vampiro, Edu."

As palavras do Jean quebrar o meu coração. Como é que eu pode ser enganado por um vampiro? " Edu, vou-te explicar tudo." Ele disse aproximando-se de mim.