A morte do grande amor (170)

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Tatiana:

Eu não sei porque fiz o que fiz. Eu matei o Cláudio. Eu própria fiquei surpreendida quando vi que tinha espetado aquela faca nas costas do Cláudio. As lagrimas escorriam pela minha cara e encarava os olhos azuis do Joel.

O Edu e jean chegaram. Eu sentia-me zonza. O jean foi ajudar o Joel.

" Estás bem, Tatiana?" O Edu perguntou-me. Eu olhei para o corpo do Cláudio já morto.

" Tira-me daqui, Edu." Eu disse e as lagrimas escorregaram-me pelo rosto.

"Claro, vamos." Ele disse. Eu dei a mão a aurora e caminhamos em direção ao carro. Caminhamos durante algum tempo. Eu só pensava no Cláudio e como tirei-lhe vida. Nós chegamos ao carro.

" Eu preciso de ir embora daqui o mais rápido possível. Eu quero sair desta terra o mais possível." Eu gritei nervosa.

" Mas Tatiana, nós temos de espera por eles. Não podemos deixar os corpos aqui." O Edu disse-me.

" Edu, tira-me daqui." Eu implorei em pânico.

" Também. Entra no carro, eu vou ligar ao jean. Eles de certeza que vão demorar e podem pedir um táxi para voltar para casa."

Eu entrei no carro e Edu colocou a aurora no carro. O Edu ligou ao jean fora do carro. Eu não consegui encarar a minha filha, eu matei o pai dela. Á frente dela.

Eu não sei como reagir, eu não sei o que lhe dizer. As lagrimas não param de rolar sobre a minha cara. O meu corpo treme e tenho arrepios de frio. Será que estou a entrar em processo de transição. Eu devia desmaiar, mas ainda não aconteceu isso. Sinto a mão pequena da minha filha tocar-me no braço e eu assustei-me. Eu demorei um pouco, até a encarar.

" Desculpa, filha." Eu pedi, quase não conseguindo falar.

" Não precisas pedir desculpa. Eu estou triste pelo pai, mas tu tomaste a decisão certa." Ela disse-me.

" Achas, filha?" As lagrimas aumentaram.

" Sim, Mãe." Ela deu-me um beijo no rosto e abraçou-me. Que bom, sentir os seus bracinhos em volta de mim e seu cheiro doce.

Eu decidi passar para o banco de trás para estar perto da minha filha. O Edu entro no carro e víssemos a viagem em silêncio. Eu passei a viagem abraçada a aurora, ela acabou por adormecer.

O Edu levou-me a casa, já era noite quando chegamos. Eu carreguei a aurora ao colo e coloquei na cama, vestindo-lhe o pijama. Quando sai do quarto dela, o Edu estava na sala.

" O jean e o Joel só voltam amanhã. Tatiana! Queres que passe a noite aqui contigo?" Ele perguntou.

" Obrigada, mas não é preciso. Eu acho que preciso de ficar sozinha." Eu disse.

" Tu é que sabes." Ele veio até mim e deu-me um abraço. " Se precisares de mim, é só ligares."

Eu abanei a cabeça que sim e acompanhei ate a porta. Fechei a porta e encostei-me a ela, soltando um suspiro.

Caminhei até o sofá e sentei-me. Os meus olhos caírem sobre a fotografia minha e do Cláudio na mesa da sala. Eu peguei na fotografia. Foi o Cláudio que comprou esta moldura, e colocou a esta fotografia para que a casa sempre tivesse uma lembrança do nosso amor.

Eu chorei durante varias horas e quando já não tinha mais lagrimas, percebi o porquê de eu tomar aquela atitude.

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Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora