Um mau começo de dia (63)

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Aconselho a ler o capítulo, ouvindo está música.

Obsidiana:

Abro a porta do meu quarto, preparo-me para sair. Quando vejo a Tatiana do lado de fora do quarto.

" Tatiana!" Eu disse surpreso. Ela olhou-me com aquele olhar tímido de quando não sabe o que fazer. Eu a olhei intensamente. Nós ficamos fixos um no outro. Aproximei-me devagar dela, coloquei as minhas mãos no seu rosto. O meu rosto direciona-se devagar na direção do dela. A sua respiração estava agitada. Eu não consegui resistir. Beijei o seu lábio inferior e afastei-me um pouco, olhando os seus olhos castanhos. Ela não resistiu e puxou o meu rosto para um beijo. Os nossos lábios brincaram um com outro, o beijo foi ficando mais rápido. A minha língua explorou toda a boca da Tatiana. Eu tirei as minhas mãos do pescoço dela, coloquei na cintura dela e a puxei-a para mim. 

Ela parou o beijo um pouco para respirar. As nossas respirações estavam completamente misturadas e logo juntei os nossos lábios novamente. Puxei para o interior do quarto e fechei a porta. Ela tirou a minha camisa que caiu no chão e observou o meu peito atlético. Eu a puxei e beijei seus lábios de forma acelerada e repleta de desejo. 

Levei até à cama, deitei-a sem nos paramos de beijar. Eu tinha sede daquele corpo. Retirei a camisola Tatiana com ajuda dela. Olhei o seu corpo e comecei um caminho de beijos, começando no final da barriga e acabando nos seus seios ainda cobertos pelo soutien. Eu preparava-me para tirar o soutien, quando acordei.

Sentei-me na cama com as pernas esticadas e abertas. Estava só de boxers. Não podia ser só sonho! Que raiva! Peguei no copo vazio de whiskey que estava na minha mesa-de-cabeceira e mandou com força contra a parede. Olhei em redor o meu quarto, corpos de mulheres nus e mortas estavam espalhados por todo o lado. Flashes da noite passada passam pela minha cabeça. Álcool, sexo, sangue e música alta foram ingredientes fundamentais da minha minifesta de ontem. Festa ao qual, só entravam mulheres. Assim tem sido a minha última semana, só mulheres, mas aquela que mais desejo, eu não a tenho.

Nunca mais vi a Tatiana desde daquele dia que viemos de Córdova. Eu devia da procurar e contar-lhe o que eu sei sobre os raptores da miúda. Estou cansado de ser bonzinho. Não matei a Tatiana, não me aproveitei dela e isso está deixar-me louco. Eu preciso de ter o corpo dela e preciso de saborear o seu sangue. Porque é que eu não a posso hipnotizar?

Levantei-me, desvie o corpo de mulher que estava encostado a porta e sai do quarto. Não estava ninguém na sala. Fui até a cozinha. O Jean bebia uma caneca de sangue, senti o cheiro.

"Bom dia!" Disse com a minha voz roca e forte.

" Bom dia? Bom dia? Olhe os jornais e vai ver se é um bom dia." O Jean disse irritado. Ele estava sentado á mesa e tinha uma pilha de jornais.

" Já te disse que não leio jornais." Eu disse.

" Não lê. Então, eu vou-lhe ler. "Cinco mulheres mortas em Sintra." Antes de ontem. "Mulheres encontradas sem vida na serra de Sintra."" Corpos mutilados de mulheres em Sintra." Ontem. "Massacre de mulheres continua." Hoje. "Vinte mulheres assassinadas numa semana em Sintra."" Eu não o deixei acabar de ler os títulos dos jornais.

" Vinte e nove. Estão mais nove lá em cima." Eu emendei com um sorriso no rosto.

" Meu amo!" Ele disse em forma desaprovação.

" Não olhes assim para mim. Eu também estou surpreso, não pensava que tinham sido tantas." Eu disse olhando para a cara séria do Jean.

" Meu amo, você está a chamar muita atenção. Nós temos de ir embora." Ele aconselhou.

" Nós não vamos a lado nenhum. Sintra é a minha terra, sempre foi. Esta casa era dos meus pais. Eu não vou embora." Eu disse decidido.

" Você deixou a sua terra há muito tempo, quando partiu com a menina Camila. Quem é que você quer enganar? Essa vontade de ficar tem um nome e é Tatiana. Meu amo, ela pertence a família dos Kokio. Tome cuidado!" Ele avisou-me. Eu caminhei na direção, agarrei a sua camisa antiquada e levantei-o da cadeira.

" Que seja a ultima vez que tu dás a entender que eu tenho algum sentimento pela Tatiana. Eu estou farto. Da próxima vez, ponho-te a servir de tapete para eu limpar os pés." Eu soltei-o.

" Desculpe, meu amo! Eu não volto a falar da menina Tatiana. Eu apenas estou preocupado com a sua segurança." Ele desculpa-se.

" Guarda as tuas preocupações para ti. Eu sei tomar conta de mim sozinho. Intendido?" Eu perguntei firmemente.

" Intendido, meu amo." Ele olhava para o chão e eu saí da cozinha.

Era só o que me faltava, ter alguém a quer controlar a minha vida. Se ele não fosse tao amigo da Camila, eu já me tinha desfeito dele. Embora ele seja mais velho, é mais fraco que eu, pois só se alimenta de sangue velho. Ao contrário de mim que é sempre bem fresquinho. 

...

Desculpem por demorar tanto tempo para publicar.
Estive fora no fim de semana e não dava para publicar.
Espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de votar e comentar. Obrigado por lerem.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora