Vou amar-te para sempre (43)

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Aconselho a lerem este capitulo, ouvindo esta musica.
É primeiro capitulo do Cláudio Kokio, espero que gostem.
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Cláudio Kokio:

Já era meio da manhã. A Tatiana estava no quarto dela, sentada no chão, junto á cama. Ela ainda não tinha tido notícias da Aurora. 

O Edu e a Nádia passaram cá a noite. A Tatiana, coitadinha, não conseguiu dormir nada. Eu consigo ver o quanto ela está a sofrer.

 Depois de três calmantes e de muito a Nádia e Edu insistirem com a Tatiana. Ela veio para o quarto descansar. Ela está fraca, perdeu muito sangue, foi operada e não está alimentar-se direito. Precisa de descansar.

Eu estava ao lado dela. Sempre estive. Mesmo morto, eu nunca deixei a Tatiana e a minha filha. Porque as amo. Passo a minha mão sobre o rosto da Tatiana, mas ela não sente o meu toque. O seu rosto está vermelho. 

Ela chora agarrada a nossa fotografia. Gostava tanto que ela soubesse que estou aqui, que sempre estive, que a continua a amar como a amava em vida. A Tatiana foi o grande amor da minha vida. Eu apaixonei-me por ela desde do primeiro segundo que a vi. Eu adorava estar com ela. Adorava, faze-la sorrir.

Ainda me lembro do primeiro presente que lhe dei, quando fizemos um mês de namorou. Eu disse-lhe que a queria levar a um sítio.

" Mas onde é vamos, Cláudio? Eu não gosto de surpresas." Ela disse para mim, como sempre desconfiada. Ela observa o caminho pela janela do meu carro. Eu conduzia.

" Não confias em mim? Vais gostar." Eu disse tranquilizando-a.

" Eu confio, mas não gosto. O que é que te custa dizeres a onde é que vamos?" Ela insistiu.

" Custa, porquê é uma surpresa." Eu esclareci.

" Que seca!" Ela aborrecida cruzou os braços.

" Podes tirar essas trombinhas de elefante que eu não vou contar." Eu disse referindo-me a cara de chateada que ela estava.

" Eu não tenho trombas de elefante!" Ela disse irritada. Eu sorri para ela.

" Ah! Isso é que tens!" Ela ia continuar a ateimar, mas eu não a deixei acabar. Parei o carro. " Chegamos!" Eu exclamei. Ela abriu a porta e olho em redor.

" É isto, Cláudio. Tanto suspense para me trazeres a ver prédios velhos. Podias ter dito logo." Eu ri.

" É que ainda não chegamos bem. Primeiro tens que por isto." Eu mostrei-lhe uma venda.

" Uma venda. Onde é que me vais levar? Eu não quero pôr isso." Eu segurei a sua cara e dei-lhe um beijo não muito demorado. Olhei-a nos olhos.

" Confia em mim. Vais gostar." Eu beijei os seus lábios novamente.

" Remédio! Põem lá essa porcaria." Ela virou-se de costas para mim e eu coloquei-lhe a venda. Levei-a até uma parede e retirei a venda. Ela olhou para o desenho na parede, os seus olhinhos brilhavam e ela abriu aquele sorriso enorme.

" Sou eu, Cláudio?" Ela perguntou ainda sem acreditar. Eu abanei a cabeça afirmativamente. Eu tinha desenhado o rosto da Tatiana numa parede velha. Eu adorava desenhar. A Tatiana era a minha inspiração, embora eu nunca lhe tivesse mostrado nenhum desenho dela, até aquele dia.

" Cláudio, está lindo! Parece uma fotografia minha." Ela disse a sorrir. Um sorriso lindo. Ela abraçou-me e beijou-me.

" Esta é minha prenda de um mês de namoro. Gostas?" Perguntei.

" Claro. Está lindo. Tu és um príncipe prefeito que faz coisas perfeitas. Amo-te muito." Ela disse. Eu olhei-a nos olhos e acariciei a sua cara, como sempre fazia.

" Eu também te amo muito. Vou amar-te para sempre." Eu disse. Ela sorriu e encostou os seus lábios aos meus.

Que saudades dos seus beijos! Só gostava que a Tatiana soubesse que ela não está sozinha. Eu estou sempre com ela. 

Com a minha filha é mais fácil, ela consegue-me ver. Eu estou sempre perto dela. Nós conversamos e brincamos. Eu tento ter ao máximo uma relação de pai e filha com ela, dentro do possível é claro. Tenho medo que lhe aconteça alguma coisa.

"Cláudio!" A Tatiana chama-me. Permaneço calado, eu sei que ela não me consegue ouvir. " Cláudio! Se me estás a ouvir." Ela soluça com o choro. " Por favor! Ajuda-me! Raptaram a nossa menina. Ajuda-me a encontra-la. Eu tenho tanto medo." Ela continuou.

O meu coração estava apertado. Eu queria poder falar com ela, abraça-la e dizer-lhe que tudo vai ficar bem e que ela não precisa de ter medo. Mas não posso, pois estou morto. 

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora