O fim da missão (166)

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Tatiana:

Ouço as palavras do Joel. É claro que ele não está aqui de livre e espontânea vontade. Eu ainda não falei com ele, nem se quer o encarei.

Todas as coisas que aconteceram ainda rodam na minha cabeça. Eu queria esquecer o facto de o Joel ter sido o assassino do Cláudio. Eu queria esquecer o facto de ele me ter dado seu sangue e eu agora estar sobre a maldição, mas eu não consigo.

Talvez esteja a ser egoísta. Ela já me ajudou, já foi o meu porto seguro tantas vezes. Só eu não consigo olhar para a cara dele e não imaginar ele a matar o Cláudio.

É difícil para mim. Eu tive um grande desgosto quando o Cláudio morreu e sempre pensei que fosse um acidente. Não podia culpar ninguém, mas existe um culpado. E o culpado é ele. Ele foi tão egoísta, o Cláudio nunca lhe fez mal, quem fez foi o pai dele.

Não sei se é dos nervos ou das curvas, mas eu estou tão enjoada. Só espero que tudo corra bem e não aconteça nada a aurora e ao Cláudio. Não é o Cláudio que está a fazer isto. Eu sei que a Sam não ficou convencida quando eu pedi para não matarem o Cláudio. Eu tenho que a impedir de fazer mal ao Cláudio. Só espero que o exorcismo resulte. Eu não quero perder o Cláudio outra vez.

As curvas acabaram e passamos uma zona com casa. Não parece o fim do mundo como eles diziam que era. Parece um sítio bastante simpático. As casas são térreas e existe alguns passeias na rua. O Joel virou o carro para uma de árvores, fizemos um caminho de terra, a vegetação foi diminuído.

O Joel parou do carro e todos saímos do carro. Eu caminhei um pouco e a minha boca abrisse. Eu via montes com terra muito vermelha. Eu olhei para baixo e vi uma lagoa com a água da cor azulada e alguns vestígios vermelhos.

 Eu olhei para baixo e vi uma lagoa com a água da cor azulada e alguns vestígios vermelhos

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" Eles estão ali." A Sam grita e aponta para o monte em nossa frente. Está longe, mas eu posso ver uma figura de um homem e parece uma menina sentada.

" Vamos!" O Joel disse, indicando um caminho.

" Cuidado! Se caírem, provavelmente não vai haver mais vestígios dos vossos corpos." O jean avisou.

" Credo! Jean! Estás a assustar." O Edu reclamou.

Eu mantive calada e segui a Sam que ia a frente. Nós percorremos um caminho estreito e sem proteção. Estava a uma grande altura e ver aquela água ácida lá em baixo arrepiava-me.

O meu pé escorregou numa pedra e ia cair quando sinto uns braços forte atras de mim segurarem, sinto o cheiro do seu perfume.

" A tua sorte é que eu estou sempre aqui para te salvar." Eu ouço a sua forte e roca que me deixa arrepiada. Eu endireito e olho para o Joel.

" Eu não preciso da tua ajuda." Eu caminhei em direção a frente, mas não sei como faço escorrego outra vez e ele segura-me novamente.

" Tens a certeza?" Ela pergunta.

" Larga-me!" Eu pedi rudemente.

" Não tenho gosto nenhum em te agarrar. Não te mandes para os meus braços." Ele passou por mim e foi a minha frente. Eu parei. Ele foi tao frio. Parecia sincero. Continuei a caminhar. Quando estávamos próximos a Sam tira uma arma de trás das costas.

" Sam! Eu já disse que não quero que façam mal ao Cláudio." Eu avisei-a.

" É só para prevenir." Ela descansou-me. Ela chegou ao largo onde estava o Cláudio. A aurora estava sentada no chão com os pés e mãos atadas.

 A aurora estava sentada no chão com os pés e mãos atadas

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" Filhaaaa!" Eu gritei sem pensar.

" Tatiana!" A Sam reprendeu-me. Eu esqueci-me que era suposto surpreenderemos o Cláudio. Eu não quero pensar em nada disso. Eu corri para a minha filha e abracei-a.

" Sejas quem fores, quieto." A Sam disse.

" Quem eu haveria de ser, eu sou o Cláudio." O Cláudio disse.

" A mim não me enganas." A Sam disse autoritária.

" Eu não te quero enganar. Tatiana, tu sabes que sou o Cláudio." Pareci ele.

" Porquê torceste a nossa filha para aqui?" Perguntei. Eu desatei a minha filha.

" Não acredites nele, Tatiana." A Sam avisou. Eu não sei o que pensar.

" Não foi eu que a trouxe para aqui. Ela foi raptada, eu salvei-a." O Cláudio disse olhando nos meus olhos. Ele não está a mentir.

" Isso é mentira. Ele não é o meu pai." A aurora grita.

" Está calada pirralha!" Ele ordena. Ele não é o Cláudio.

" Tu não és o Cláudio." Eu disse de mão dada a aurora.

" Não pois não." Ele tirou uma arma das costas.

" Quieto ou eu disparo." A Sam disse aproximando-me de mim.

" Eu não me importo de morrer." Ele aponta arma a aurora e dispara. A Sam salta e acaba por ser baleada. Eu solto a mão da minha filha e auxilio a Sam.

" Sam!" Eu grito em choque. O Joel também se aproxima.

" A bala é de prata. Ele quer-nos distrair." Ela disse com alguma dificuldade.

" Vai ficar tudo bem. Eu vou tirar-te a bala." O Joel disse. Ela tirou a mão do peito onde sai o sangue e nós reparamos que a bala estava alojada no coração da Sam.

"Ele acertou-me no coração." A Sam conta.

" Ele está a fugir com a Aurora." Ouço a voz do Edu. Eu olho e vejo a correr com a aurora.

" Vão e salvem o anjo." A Sam ordena. Eu comecei a caminhar na direção onde ele vai.

" oh Sam!" O Joel disse um pouco abalado.

" Vai Joel, ajuda a Tatiana." Eu ouço a Sam gritar com as poucas forças que tem.

" Nós ficamos com ela." Ouço a voz do jean.

Eu vou lutar pela minha filha, nem que seja sozinha. Quando dou conta o Joel está o meu lado.

" Eu já não os vejo." Eu disse.

" Eles não podem ter desaparecido." Ele disse observando o descampado a nossa frente.

Nós caminhamos em silêncio. Eu tinha tanto medo que acontece a alguma coisa a minha filha.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora