tudo acaba bem, quando acaba bem(158)

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Rui:

Sai acompanhado da Nádia da casa.

" Estás a sentir-te bem?" Eu parei já do lado de fora da casa.

" Sim, apenas me dói um pouco a cabeça." Ela respondeu. Eu acariciei o seu rosto com a minha mão.

" Eu estou tao feliz por saber que estás viva. Eu nunca me ia perdoar por ser o causador da tua morte." Eu disse com as lagrimas nos olhos.

" Não vamos pensar mais nisso." Ela abraçou-me. " Acho que percebi que és mais importante para mim do que eu pensava." Eu sorri ao ouvir as suas palavras. " Quando estava a morrer, eu só pensava como tinha sido parva em não aproveitar o tempo que podia estar ao teu lado." Eu desviei o seu corpo do meu e encarei os seus olhos.

" Esquece isso. Eu não sei a situação futura, mas independentemente do que aconteça, eu quero estar ao pé, claro se tu ficares comigo." Eu não posso esquecer que agora sou um vampiro.

" É claro que quero." Ela respondeu.

" Sabes do que estava a falar, não sabes?" Eu confortei.

" Sei. Parece que vou ter tu namorado bonito e jovem para sempre." Ela respondeu com um sorriso.

" Se quiseres, eu garante que terás." Eu disse.

" E eu quero." Eu sorri e não hesitei em beijar os lábios da Nádia. Ela correspondeu. Ouço clarear de garganta atras de mim e nosso beijo foi interrompido. A Nádia olha fixa para trás de mim e eu virei-me.

" Sam!" Eu disse.

" Peço desculpa por interromper, mas será que posso falar um pouco contigo em particular. Prometo que vou comportar." Ela disse olhando com olhar calmo.

" O que é que achas Nádia?" Eu perguntei ainda hesitando.

" Se quiseres ir, vai. Eu não oponho." Eu fiz uma fez no rosto e beijei os seus lábios.

" Eu já volto." Eu disse assim que os nossos lábios se separaram.

Eu caminhei um pouco com a Sam. O dia já tinha amanhecido e o sol brilhava no céu. Nós paramos debaixo de uma árvore.

" Antes de me dizeres o que ias dizer. Eu quero pedir-te desculpa. Desculpa por não ter confiando em ti. Eu calculo que já tinhas todo pensado."

" Eu tinha, mas corria um grande risco de tudo não dar certo e alem de a Nádia morrer, morreria todos nós." A Sam conclui. Ela estava mais calma, estava diferente.

" Mas também se não fosses tu a tentar. Já não estamos vivos."

" Talvez. Mas eu acho que quem deve aqui pedir desculpa sou eu e não tu. Eu sabia que tu amavas a Nádia e fiz-te mata-la. Eu mais uma vez passei por cima de todos para obter o que eu queria. Eu disse-te a horas atras que o amor nos tornava mais fracos, mas eu hoje aprendi que não verdade. Foi o amor que aurora sente no coração dela que nos salvou. Sentir amor pelos outros é muito importante. Eu sempre recusei sentir amor e foi isso que me fez ser a pessoa que sou hoje." Ela falou com algum arrependimento.

" Mas há sempre uma hipótese de mudar. Basta tu quereres." Ela soltou um sorriso e ficou alguns minutos em silêncio.

" A Nádia sobreviveu, em princípio a maldição não tem efeito. Mesmo já tendo completado a maldição, não faz sentido a teres ativo se não mataste ninguém. Aos poucos, a maldição vai sair de dentro de ti. Não convém é matares mais ninguém." Ela disse.

" A menos que tu me obrigues, eu não vou matar mais ninguém." Eu disse num tom de brincadeira.

" Podes ter a certa. Eu não te vou abrigar." Ela falou séria.

" Queres-me dizer mais alguma coisa ou posso voltar para os braços da minha namorada?" eu perguntei.

" Tenho. Dás-me um abraço?" Ela pediu. A pergunta vinda da Sam era estranha. Sempre me ensinaram que não se nega um abraço a ninguém. Eu aproximei dela e envolvi os meus braços em volta dela. Ela apertou bem os braços em minha volta.

" Espero, do fundo do meu coração que seja muito, mas muito feliz ao lado da Nádia." As palavras dela não fazem sentido. Parece que ela mudou da noite para o dia. Eu separei do abraço.

" O que é que andaste a tomar? Comprimidos da felicidade. Devias ter tomado a caixa inteira." Eu brinquei. A Sam ri-me.

" Não, fofinho. É o que eu realmente sinto." Ela pareceu novamente sincera.

" Espero que também sejas feliz. Eu voltar para o pé da Nádia. Adeus!"

" adeus!" Ela respondeu.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora