já em casa (159)

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Cláudio:

Chegamos a casa, eu estava exausto, tanto mentalmente com fisicamente. Nós os três, tomamos um banho e comemos alguma coisa. Eu não troquei muitas palavras com a Tatiana, não falamos de nada do que se passou.

A morte do meu pai ainda está bem assente na minha cabeça. Embora eu esteja feliz por a aurora estar bem. O meu coração quase se desfez quando o vi a minha filha sem vida.

Embora seja de dia, sentia-me cansado e com sono. Tinha uma horrível dor de cabeça. Nós tínhamos passado a noite em branco. A Tatiana foi deitar a aurora e eu lavei a louça. Assim que acabei, fui até ao quarto da aurora.

O quarto estava pouco iluminado, a Tatiana estava sentada na cama e olhava para a aurora. Eu sentei-me perto da Tatiana e depositei um beijo no ombro da Tatiana.

" Ela já adormeceu?" Eu perguntei olhando para aurora.

" Adormeceu logo. Ela estava cansada." A Tatiana respondeu baixinho. Ambos olhavam para a aurora.

Ela parece tao inocente e indefesa. E pensar que á horas atras, ela era poderosa e salva-nos.

" Ela é tao bonita." Eu disse baixo.

" Mesmo. E parece tao inofensiva." A Tatiana disse. " Às vezes assusta-me o facto de ela ter uma missão tao grande e tao perigosa." Eu coloquei a minha mão sobre a dela e a Tatiana olhou para mim.

" Nós vamos sempre a proteger." Eu disse firmemente. Ela olhou-me seriamente.

" Eu acho que precisamos de conversar." Ela disse.

" Vamos para a sala." Eu propus.

A Tatiana deu um beijo da bochecha da aurora e eu dei-lhe um beijo na cabeça. Saímos do quarto.

A Tatiana sentou-se no sofá, parecia preocupada. Eu sentei-me ao seu lado.

" O que é que te está a preocupar, Tatiana?" Ela olhou nos meus olhos, suspirou e desviou o olhar. " Sabes que podes falar comigo sobre tudo? Fala o que é que anda ai na tua cabeça." Eu tentei que ela falasse.

" É que... Cláudio, a camila disse que tu fizeste um pacto e em troca da vida tu terias que matar a aurora." Ela desviou novamente o olhar de mim.

" Tatiana, eu não vou fazer. Sejam quais sejam as consequências, eu não me importo. Mas tirar a vida a minha filha não tiro." Eu fui o mais firme possível. " Achas que eu seria capaz de fazer isso?" Eu perguntei-lhe.

" É claro que não, mas a minha vida mudou tanto. A horas atras, eu estava ver a minha filha com lindas asas de anjo e a voar. Eu tenho medo, eu tenho medo que lhe aconteça alguma coisa." Ela disse visivelmente preocupada.

" Não vai acontecer. Eu garanto-te que nunca vou fazer mal a aurora. Eu a amo. Ela é minha filha." Eu fui convincente.

" Eu sei, Cláudio. Desculpa por eu estar a duvidar de ti." Ela pediu-me e abraçou-me.

" Não tens que pedir desculpa. Nós passamos por muitas coisas, hoje. É normal que fique um pouco baralhada. Eu sei que não foi fácil o que descobriste." Eu disse-lhe e ela olhou nos meus olhos.

" Vamos esquecer o passado. Eu não quero mais pensar no que aconteceu, nem no Joel. Vamos começar uma nova vida, vestígios do passado." Ela pediu.

" Claro, meu amor. Eu tenho a certeza que vamos ser muito felizes." Eu disse e sorri para ela.

Ela também sorriu e nós beijamo-nos. Eu quero construir a vida com a Tatiana. Ela é mulher da minha vida. Ela abraçou-me. Os meus olhos estavam pesados e os fechei.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora