Obsidiana:
Eu estava aborrecido no meu quarto, do meu pensamento não sai a caracolinhos. Porque ela é tao bonita? Porque eu amo tanto?
Eu tento fazer um esforço para não pensar nela, mas quando dou por mim estou a imagina-la aqui comigo.
Vejo a porta do quarto abrir, e quatro patas a baterem no chão.
O cão vem até a cama e salta com alguma dificuldade para cima da cama.
" O que é que estas aqui a fazer? Tatiana, não te levou." O cão rastejou até mim. " para o chão!" ele pulou rapidamente para o chão. eu olhei para ele. " És obediente. Não sais a tua dona." Eu lembrei-me de como a Tatiana é teimosa.
O cão sentou-se e ganiu para mim, fazendo-me olhar para ele.
Eu sentei-me na cama.
" também estas triste, monte pulgas. Deixa-la, não és só tu que sentes triste." Eu fiz pela primeira vez uma festa ao cão. O seu pelo castanho clarinho era macio.
Recordei o dia que encontramos o cão, a Tatiana já estava a morar cá em casa, mas ainda não tínhamos tido nada.
Estou cansado de recordações, decidi descer. O cão desceu comigo, mas caminhou para a cozinha. Eu fiquei pela sala.
O jean estava no sofá a ler, nem mesmo com namorado perde o vício de ler.
Eu sentei-me na poltrona e esperei que ele começa-se a falar.
Eu precisava de falar com alguém, mas não consigo ser eu a começar. E sei que o jean vai puxar o assunto.
" Meu amo. Eu já soube o que aconteceu entre si e Tatiana. Eu nunca imaginei que você teria um gesto tao grande de generosidade com alguém."
Preparei um copo com whiskey, a mesa de bebidas está próxima da poltrona e não tive que me levantar.
" De que vale ter gesto grande de generosidade se eu me sinto péssimo." Eu dei um golo na bebida e fechei a garrafa.
" Eu sei, meu amo. Você a ama muito." Ele disse-me.
" Eu quero que ela seja feliz, mas eu sinto o meu coração a desfazer-se em pedaços. Eu nunca senti uma dor tao forte." Eu confessei, com olhos fixos no copo de bebida.
" Sabe meu amo, as vezes só sabemos quanto amamos alguém, quando deixamos ir."
" Então, eu devo ama-la mesmo muito." Eu continuava com o meu olhar no copo e nas minhas mãos que rodeavam o copo.
Agua está a começar a formar-se nos meus olhos, mas eu tentei controlar-me para ela não cair.
Ele aproximou-se de mim e colocou as mãos sobre as minhas.
" Pois ama. Eu nunca duvidei desde o primeiro momento que falou dela. Todo aquele encanto não era normal. Só podia ser amor." Eu tirei os olhos do copo e olhei para o jean.
Eu não consigo.
" Sabes que mais, jean." Eu levantei-me. " Essa coisa de generosidade é muito bonita, mas não dá para mim. Eu quero a Tatiana aqui, perto de mim. Eu estou-me a lixar para tudo o resto."
Eu sei que não é certo, mas eu não consigo abrir mão dela. Eu a amo muito. E tê-la longe de mim, está a destruir-me. Eu não consigo parar de pensar nela, eu sinto saudades dela e só a um dia é que estamos afastados. Como é que eu vou aguentar passar o resto de vida longe dela?
" O que é que vai fazer meu amo?" o jean pergunta-me.
" Tens a morada da Tatiana, eu vou busca-la. Eu quero ela e aquela pirralha aqui em casa perto de mim."
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Um Monstro em ti
VampireJoel Obsidiana é um vampiro assassino que há alguns anos atras viu o seu grande amor ser assassinado a sua frente. A dor e o sofrimento fizeram com que ele soltasse um monstro. Ele mata e sente satisfação nisso. Tatiana Silva perdeu o seu grande a...