Um Monstro em ti

Eu vou voltar para ti (112)

Aconselho a ler este capitulo ouvindo esta musica. O capitulo é pequeno, mas colocarei outro logo de seguida.

espero que gostem e nao se esqueçam de votar e comentar.

boa leitura.

...

Tatiana:

Os meus pés descalços tocam na areia quente do deserto. O vestido comprido e vermelho bate-me nos pés, enquanto eu corro.

Olho em redor, mas não vejo ninguém. Apenas vejo areia e mais areia. Dunas amarelas cobrem a passagem.

Eu quero sair dali, mas estou perdida.

"Joel!" Grito. "Aurora!" Grito. "Alguém está ai?" A minha voz projeta-se sobre as dunas e volta de novo a mim.

Eu vejo um homem alto, vestido de fato. Ele encontra-se de costas para mim.

"Desculpe, pode ajudar-me?" Eu pedi desesperada. O homem não se moveu. Eu observei melhor e reconheci-o. "Cláudio, és tu?" O Cláudio vira-se para mim. "Cláudio, estás bem? Eu queria tanto ver-te." Eu disse sorridente.

O Cláudio aproxima-se de mim e coloca-me os seus dedos sobre a minha boca impedindo que eu continuasse a falar.

Ele desliza a sua mão sobre o meu braço e eu observo-o. Ele pega-me a minha mão e coloca-me a outra nas minhas costas. Eu fecho os olhos e aprecio o cheiro do seu perfume.

Eu não apercebi quando, mas começou a música. ( adele - make you feel love)

Eu encosto a cabeça ao ombro de Cláudio e nós dançamos.

Eu afasto-me um pouco e encaro os olhos negros do Cláudio. Como eu tinha saudades deste olhar. Nós paramos de dançar.

" Cláudio..." eu comecei, mas fui interrompida.

" Não digas nada." O Cláudio pediu e acariciou o meu rosto. Eu fechei os olhos. "Eu vou voltar para ti, meu amor." Eu abri os olhos.

" O que é que disseste, Cláudio?" Perguntei.

"Vou voltar para ti." Ele repetiu.

" Estas a brincar, não é?" Eu questionei.

" Não."

" Isso é possível."

O Cláudio afastou-se de mim, segurando a minha mão.

" Eu prometo, Tatiana. Eu vou voltar para ti.

" Como?" Levanta-se uma enorme ventania, eu tento continuar a segurar a mão do Cláudio, mas o vento sopra forte e quer-nos separar.

Um tornado começa a abrir um buraco no chão e puxa Cláudio. Eu agarro a sua mão com força, mas o vento é muito forte e o chão parece quer absorve-lo.

Eu estou aflita. Eu tento lutar com todas as minhas forças, as lagrimas correm-me pela cara.

Grito por ajuda, segurando apenas nos dedos de Cláudio. A sua mão vai deslizando ate que somos separados e Cláudio é engolido pelo chão de areia.

O buraco fecha-se e o temporal para.

Eu acordo dando um grito. O meu coração está apertado e dói. O sonho parecia tao real.

"O que é que se passou?" O Joel perguntou. Eu não consegui dizer nada, apenas choro. Ele abraçou-me " calma, amor. Foi só um sonho. Deite-te aqui comigo." Ele deitou-me no seu peito e rodeou-me com os seus braços fortes.