Confissões ao melhor amigo (131)

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Tatiana:

O bruno foi-se embora e fiquei calada.

O Joel não agi bem, mas eu também não agi. Eu não tenho coragem de discutir com ele, quando eu cometi um erro muito maior com ele. Eu devia-lhe contar. A culpa esta sufocar-me.

Ele senta-se ao meu lado.

" vais ficar chateada comigo, por causa daquele idiota?" Ele pergunta.

" eu não estou chateada contigo, Joel." Eu disse.

" então, porque nem olhas para mim?" ele perguntou.

" Joel, tu só tornas as coisas mais complicadas."

" Eu perguntei-te ontem e vou voltar a perguntar. O que é que passa?"

Eu olhei para ele. Não é o sítio certo para lhe contar.

Eu levantei-me e caminhei um pouco.

" eu sei que se passa alguma, tu estás distante de mim. Eu estou a fazer um esforço enorme para não entrar na tua mente e saber o que é que se está a passar."

Eu não usava a pulseira, ele podia fazer isso.

" Tu não tinhas coragem de fazer isso." Eu virei-me para ele.

Ele levantou-se e pegou as minhas mãos.

" Eu não o quero fazer, Tatiana. Só faria em último caso. Mas estou preocupado contigo. Conta-me o que é que se passou." Ele pediu.

" Não é o lugar certo para falarmos. Vai para casa, e espera-me. Quando eu chegar nos conversamos."

" E ficas aqui sozinha?" ele perguntou.

" Não, o Edu mandou-me mensagem a dizer que estava a caminho."

"Se é isso que queres, eu vou embora." Ele disse e virou-se caminhado para a porta, mas logo parou. Virou-se de novo para mim e passo apresado caminhou para mim e colo os nossos lábios, num beijo acelerado.

Ele separou os nossos lábios e olho-me com os seus incríveis olhos azuis.

" Se precisares de mim, é só chamares que eu vou estar aqui." Eu beijei os seus lábios novamente e ele foi embora.

Cruzando-se com o Edu e jean que acabam de chegar.

" Tatiana, como está a afilhada? Eu estou tao preocupado!" o Edu começou a falar sem me cumprimentar.

" Está estável, mas ainda não acordou." O Edu abraça-me.

" Não fiques preocupada. Isto não é nada, daqui a nada ela já anda por ai aos saltos." O Edu consolou-me.

" Não há como eu não ficar preocupado, Edu. Até sinto um aperto no coração." Eu expliquei.

" O Joel foi-se embora!" o Edu exclamou admirado.

" foi, eu pedi-lhe para ir." Eu expliquei.

" o que é que passou?" Eu fiz sinal ao Edu da presença do jean. O jean é como se fosse família para o Joel, se ele ouvir alguma coisa é normal que lhe conte.

" Jean, podias ir buscar qualquer coisa ao café para a Tatiana comer. Tenho a certeza que ela ainda não almoçou."

O Edu tem razão, eu não almocei, mas não tenho fome. Como era uma desculpa para ficarmos sozinhos eu não disse nada.

" Claro, eu vou. Volto já." Ele lançou um olhar de carinho ao Edu. Eles fazem um casal tao fofinho.

Assim que o jean se foi embora, o Edu puxou-me o braço e fez com que nós os dois sentássemos nas cadeiras de espera.

" Conta-me, o que é que se esta a passou?"

" Ai! Edu! Eu nem sei como contar." Eu sinto-me tao mal por aquele beijo.

" Tatiana, sabes que eu sou a teu melhor amigo desde do tempo de escola? Sabes confiar em mim, e que vou estar sempre ao teu lado sempre? fala."

" Eu sei disso, Edu." Eu respirei fundo. " Tu ainda não conheceste, mas veio um rapaz trabalhar para o lince. Ele é mulato, tem os olhos verdes."

" Então, é bom?" Perguntou o Edu.

" Não tem a ver com isso, Edu. Esse rapaz faz-me lembrar muito o Cláudio."

" o quê? Oh! Tatiana! Tu deves estar com algum problema de visão. Porque do que me lembro do Cláudio, ele era branco, vai com um bronze natural e os olhos eram escuros. Estás a dizer-me que o rapaz é mulato e tem olhos verdes. É quase o oposto. Como é que isso pode ser possível?"

" Não tem a ver com as caracterizas físicas. Tem a ver com interior. Ele age, ele fala, ele anda como o Cláudio. Ás vezes parece que estou a falar com o Cláudio." Eu foi o mais sincera possível.

" há pessoas muito parecidas." O Edu argumentou.

" Ele é igual ao Cláudio." Eu fiz uma pausa. "Ele sabe dos vampiros. Ontem, no lince a Sam atacou-o e ele usou sedativo para sedar a Sam. Só que a Sam morde-lhe o pescoço e eu fiz-lhe um curativo."

" Ele explicou como sabia dos vampiros?"

" Não, mas isso não é o mais importante. Deixa-me continuar. Eu entrei na sala de arrumos e ele estava sem camisa, usava-a para estancar o sangue. Ate ai tudo bem. Comecei a fazer-lhe o curativo e comecei a recordar o primeiro beijo entre mim e Cláudio. Ele também estava sem camisa, também havia sangue. Eu tinha cortado o dedo. Eu tentei a todo o custo não olhar nos olhos no bruno, mas quando eu acabei o curativo, ele segurou a minha mão e olhei nos olhos dele, mas eu não vi a ele." As lagrimas escorreram pela minha cara. " Eu vi o Cláudio e quando eu dei conta os nossos lábios já estavam em contacto. Eu estava convicta que beijava o Cláudio. Quando eu percebi que era o bruno, eu empurrei, mas já o tinha beijado. E agora, sinto-me pessimamente mal por ter traído o Joel. Ele ama-me tanto, e eu fui fazer uma coisa destas com ele." Eu já não consegui controlar o choro.

" Contaste ao Joel?"

" Não, eu ainda não tive coragem. Eu sei que ele se vai passar. Nunca me vai perdoar."

" Eu não conheço bem o Joel. Mas eu acho que lhe devias contar, porque se ele fica a saber por outra pessoa vai ser bem pior. E tu não conheces esse bruno, não sabes do que ele é capaz de faz."

" O bruno fez um desenho do meu rosto exatamente ao que o Cláudio desenhou naquela parede. Eu questionei sobre isso. Eu acusei-o de ele estar sobre as ordens do kokio. Ele negou, ele disse-me que não me podia contar nada, eu é que tinha que descobrir. Eu cortei relações com ele, disse-lhe que a nossa relação seria apenas profissional. No momento a seguir, a aurora desmaia. Ele oferece-se para nos trazer para aqui. E ficou comigo, parecendo tao preocupado como eu."

" É estranho esse rapaz. Eu tenho que ir ao lince conhece-lo... Tatiana, vou-te dar o meu conselho. Conta ao Joel, se ele te amar com dizes que te ama. Ele vai ficar chateado, mas vai passar."

Eu abracei o Edu.

" mãe da aurora!" Eu separei-me do abraço e olhei para a doutora.

" Sim, sou eu." Eu limpei as lagrimas.

" A sua filha já acordou. E parece estar muito bem-disposta. Fartou-se de falar comigo, o que não é muito normal nestes casos, mas é bom sinal. Os exames ainda não saíram, mas se estiver tudo bem. Se calhar não há necessidade de ela passar ca a noite. Ela esta tao bem-disposta."

" Ai! Ainda bem. Podemos ir vê-la?" Eu perguntei.

" claro." A doutora respondeu muito simpática.

Eu e o Edu entramos. Realmente a Aurora estava muito bem-disposta, parecia que não se tinha passado nada com ela.

Estou tao feliz.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora