Um Monstro em ti

Ele volto atrás (165)

Obsidiana:

Acho que vou arrepender para sempre da decisão que acabo de tomar. Ainda tenho o telemóvel na mão, acabo de falar com a Sam. Eu não devia voltar, mas eu não posso ficar aqui. O meu coração grita, implora que eu volte. Ele já devia ter aprendido e não quer sofrer mais. Porque eu atendi aquela maldita chamada da Sam. Já sabia que era problema.

Voltei ao meu habitual visual escuro e foi o mais depressa para o aeroporto. A Liliana veio comigo. Cheguei ao balcão de atendimento. Depois de conversar em francês com a rapariga do balcão de atendimento. Ela agradável chamou o piloto do avião que com todo o agradado mudou a rota do avião, em vez de aterrar em Lisboa vai aterrar em Beja. Ainda há pessoa simpáticas quando eu uso os meus poderes.

Parece que as pessoas que iam para o aeroporto de lisboa, vão fazer uma visita aos alentejanos. Anunciaram o meu voo.

" Tenho que ir." Eu disse para a Liliana.

" Tem uma boa viajem. E desejo que realizes tudo o que queres. Tu mereces." Eu abracei-a.

" Faz um bom investimento com as jóias que te dei. Tenho a certeza que não precisares de um milionário para seres rica." Eu aconselhei-a.

" Decora bem o meu nome Joel Obsidiana. Ainda vais ouvir falar muito de mim." ela disse de uma forma sonhadora.

" Espero bem que sim. Eu não gosto de despedidas, portanto até um dia." Eu disse.

" Até um dia." Ela sorri e anunciaram o meu voo novamente.

Durante as duas horas, estive fechado dentro daquele avião. O que deu para pensar na vida. Eu não sei, o que me espera quando regressar ao meu país. Foi anunciada a aterragem do avião. Assim que o avião aterrou, eu quis sair o mais rápido de dentro dele.

Caminhei pelo aeroporto até ver a Sam. Ela vai até a mim e abraçou-me. O meu rosto estava sobre o ombro dela. Os meus olhos caíram sobre a Tatiana. Ela estava abatida e não olhou para mim.

" Tive saudades tuas." A Sam disse.

" Eu também." Eu separei do abraço.

" Boa tarde!" Eu disse aos restantes. Eles responderam. A Tatiana também respondeu, mas de olhar baixo. Não sei o que se passa com ela. Eu é que deveria estar magoado. Eu é que não deveria olhar para a cara dela. Será que ela continua magoada comigo? Eu não devia ter vindo. Agora, já cá estou não há nada a fazer. Fomos até ao carro do Edu.

" Eu levo o carro." Eu adoro conduzir. A Sam deu-me as chaves. Entramos todos no carro.

Eu conduzi a uma velocidade alta. Passamos beja, Serpa, viramos na placa onde dizia minas de são domingos. Mas ainda estávamos longe de chegar. O caminho é de curvas e mais curvas. Eu fazia as curvas com bastante agilidade.

" Mas para onde estamos a ir? Para o fim do mundo! Isto é só monte e é tudo a descer." Comentou o Edu.

" Quando chegares as minas é que vais ver o que é o fim do mundo." O jean respondeu.

" Porquê?" o Edu perguntou curioso.

" A mina está totalmente destruída. Há uma lagoa ácida que qualquer coisa que caia lá, é destrói. Para não falar da terra onde pouca vegetação nasce."

" Credo!" Disse o Edu.

" Se quiseres eu deixo-te na praia. Tenho a certeza que vais gostar. As águas são calmas e muito limpas." Eu disse.

" Não era má ideia. Mas não posso. Temos que vir cá um dia, jean." Ele disse para o Jean.

" Quando tudo estiver bem. Eu prometo que passaremos aqui umas férias." O jean disse-lhe.

" Tanto amor dá-me fome." A Sam disse e tirou um pacote de batatas fritas que tinha comprado no aeroporto. " Querem?" Ela ofereceu.

" Eu quero." A Sam passou o pacote para trás, o Edu que ia no meio aceito.

" Edu, tira isso daqui. O cheiro está a deixar enjoada." Disse a Tatiana que até agora não tinha dito uma palavra.

" Ai! Tatiana, só te vi com essa cara para o comer quando estavas gravida." O Edu afirmou.

" Mas eu agora não estou gravida. É apenas o efeito das curvas." A Tatiana esclareceu.

" O meu amo também podia ir mais devagar. Até a mim me está a fazer confusão." Reclamou o Jean.

" Quanto mais depressa chegarmos, mas depressa acabamos isso, mais depressa eu vou embora." Eu concluo.