Capítulo 15 :

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Bônus +

Carla: Oi Arthur — continuei olhando-o surpresa.

Arthur: Não vai me convidar para entrar? — ele perguntou de cenho franzido e um leve sorriso em seus lábios com o formado da letra "M".

Tentação!

Carla: Claro... Entre! — abro a porta completamente até o seu limite e me afasto dando passagem a ele.

Entrou, virou-se e segurou a minha mão direita para em seguida puxar-me para um beijo. Nossos lábios quase se tocaram, consegui inspirar o cheiro amadeirado de sua colônia. Inclinei a cabeça no último instante, antes do beijo anunciado pelo o nosso corpo, ganhar vida. Ele se afastou e pareceu confuso.

Arthur: Me desculpe vir até o seu apartamento. Mas, fiquei preocupado com o estado que você estava ontem.

Carla: Estou bem, obrigada.

Arthur: Fico feliz por estar melhor — ele disse. — Atrapalho? — ele pergunta olhando de mim para um Alex completamente furioso no meio da sala.

Carla: Oh... Claro que não — fico constrangida com toda a situação e realidade.

Para amenizar a tensão que se instalou no ambiente, decido apresentá-los.

Carla: Alex? — chamo Alex que está em pé ao lado da mesa de jantar. Ele fitou-me com fúria nos olhos. — Alex... Esse é o Arthur, um amigo — Alex estende a mão para cumprimentar o Arthur que não o cumprimenta com o aperto de mão, só acena com a cabeça. — Arthur, esse é o Alex, meu amigo e sócio — quando falo a palavra "amigo" Alex me olha quase explodindo pelos olhos.

Eles se olham como os lutadores de luta livre quando são apresentados antes do primeiro round. Que louco!

Carla: Arthur sente-se, fique à vontade. Vou me trocar e já volto — quando digo que irei me trocar, Arthur lança automaticamente os seus olhos em direção aos meus seios cobertos apenas por um robe branco, quase transparente.

Na mesma hora coro de tanta vergonha da maneira que estou vestida na presença de dois homens. Estou parecendo uma pervertida, tentando seduzi-los.

Carla: Alex faça companhia ao Arthur, enquanto me troco? Por favor! — Alex não responde e me lança um olhar mortal.

Oh Deus! Dê-me paciência.

Alex: Carla, quero falar com você. Agora. E. Sozinho — Alex fala e me segura pelo braço praticamente me obrigando a segui-lo.

Seguimos para o meu quarto, decidi não contrariá-lo para não brigarmos de novo, principalmente na presença do Arthur. Quando entramos no quarto, ele fechou a porta atrás de nós, me olhou e disse:

Alex: Carla... Esse cara é o mesmo que você estava dando mole ontem na boate. Que porra é essa? O que ele está fazendo aqui? — esbravejou alto o suficiente para o Arthur escutar lá da sala.

Carla: Fala baixo seu louco e nunca mais me segure com agressividade, não sou propriedade sua e de ninguém — completo a frase apontando o indicador em seu peitoral definido. Ele me fita com raiva e bufa...

Alex: Responde Carla! — grita as palavras.

Carla: Sim. Quando você se acalmar — falo e desfaço o nó do meu robe e vou até o guarda-roupa para pegar minhas roupas.

Alex: Me acalmar? Porra... Você transou com esse playboyzinho? Carla... Fala logo!

Carla: Alex vou falar pela última vez... Não temos compromisso. Então, não lhe devo satisfações. Agora, sai daqui, você ultrapassou todos os limites possíveis.

Consegui trazê-lo para realidade, pois seu olhar suaviza e ele se aproxima com cuidado, esperando alguma reação da minha parte. Grunhiu baixinho e disse:

Alex: Entendi — encostou sua boca em minha testa e plantou um beijo. — Olha como eu estou... — falou segurando a sua ereção protegida pelo jeans. — Não acredito que você vai me deixar nesse estado... Duro e com a porra de uma camisinha sufocando o meu pau — suspiro e encaro os seus olhos ainda com resquícios do que estávamos fazendo há poucos minutos atrás.

Carla: Alex... Depois conversamos com mais calma. Agora sai e me espera na sala, preciso me vestir.

Alex: Depois de estar completamente nua bem na minha frente, lembra que precisa se vestir? — ironiza a situação.

Carla: Sim. Preciso esfriar os pensamentos. Sai por favor! — assentiu.

Alex: Vou, mas eu volto — saiu batendo a porta atrás de si. Realmente o Alex está ficando louco. Será que eu estou deixando-o assim? Espero que não.

Vesti uma calcinha branca de algodão e um sutiã branco todo de renda. Pus uma regata preta simples e uma bermuda jeans. Corri para o banheiro escovei meus dentes e uso de enxaguante bucal, pois ainda sentia o gosto amargo de todo o álcool que consumi ontem à noite. Lavei meu rosto, sequei com a toalha de rosto pendurada ao lado da pia. Passei os dedos em meus cabelos para diminuir o volume.

Quando terminei, fitei a minha imagem refletindo no espelho e me perguntei...

Carla: O que o Arthur, realmente está fazendo aqui? — expirei todo o ar dos meus pulmões e saí do quarto.

Quando cheguei até a sala, vi o Arthur mexendo em seu celular totalmente distraído. Olhei em torno da sala, que não era lá essas coisas, é média e aconchegante. Meu apartamento é de porte médio, dois quartos, uma varanda confortável, uma vaga na garagem. O ideal para mim. Não encontrei Alex na sala e nem na cozinha, que de onde eu estava parada dava para visualizar tanto a sala quanto a cozinha interligada com a sala.

Quando pensei em me aproximar do Arthur, ele levantou a cabeça e encarou-me com seus olhos, a princípio o seu olhar era de surpresa, mas, logo depois, ele franziu o cenho e me olhou com... Raiva? Não entendi nada, mas, resolvi cortar esse contato, fazendo uma pergunta.

Carla: Cadê o Alex?

Arthur: Se você que estava em seu quarto com ele não sabe para aonde ele foi. Eu é que vou saber?

Simplesmente isso que escutei da boca de um homem que mal conheço, e pior dentro da minha casa.

Arthur: Você realmente deveria saber para onde o seu namorado foi. Não eu — continuou falando com prepotência. O olhei confusa e disse:

Carla: Quer satisfação também?

Arthur: Quê? — ele pergunta sem entender.

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