Capítulo 47 :

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Alex: Nada do que eu te falei em seu apartamento tocou esse seu coração impenetrável, nada? — ele pergunta com a voz embargada.

Carla: Não, Alex — ele se aproxima e me entrega o bilhete.

Alex: Sempre estarei esperando por você e nada fará com que eu desista de tê-la.

Carla: Alex... Vou repetir, EU E VOCÊ DAQUI EM DIANTE SEREMOS APENAS BONS AMIGOS.

Alex: Entendi, mas, você não tem o direito de tirar do meu peito todo o amor e carinho que sinto por você — ele termina de falar e se retira batendo a porta com força total. Juliette entra logo depois.

Juliette: Amiga eu gosto muito do Alex, mas, ele está se tornando obsessivo demais. Você fez o certo, dando um ponto final a esse lenga-lenga todo.

Carla: Fiz o que deveria ter feito há muito tempo. Mas, fico insegura, em relação a nossa amizade. Isso me entristece, gosto tanto dele que não gostaria de vê-lo por aí sofrendo por mim.

Juliette: Que loucura! — Ela sorri.

Sento de volta na minha cadeira e só penso em enviar uma mensagem para o Arthur. Pego meu celular e procuro nas últimas chamadas o número dele. Acabei me lembrando do nosso primeiro beijo e a atitude dele, pegou meu celular e discou para o próprio celular, só para gravar o meu número. Sorrio ao lembrar.

Juliette: Carla, tem exatas Onze rosas. O que significam?

Carla: Não sei — respondo ainda procurando o número do Arthur. — Achei!

Juliette: O quê?

Carla: O número do Arthur. Vou enviar uma mensagem agradecendo as flores e dizer a ele que não poderei sair com ele hoje.

Juliette: Por que não?

Carla: Estou estressada.

Juliette: Isso não é desculpa Carla Diaz. Com certeza ele fará você ter orgasmos alucinantes. Quer maneira melhor do que essa para relaxar?

Carla: Verdade!

Juliette: Caracoles... Você concordou comigo? Não acredito! — sorrimos juntas. — Agora deixe que eu enviar a mensagem.

Carla: Ele está online.

Juliette: Aproveita e digita logo!

Carla: Oi! Obrigada pelas rosas, São lindas!

Ele está digitando...

Arthur: Estou com saudades. Não consegui dormir depois que voltei sozinho para meu apartamento.

Carla: Sério? Eu também não.

Arthur: Seu cheiro impregnou no meu quarto, no meu banheiro, no apartamento inteiro.

Não sei nem o que escrever, depois disso.

Carla: Eu também tenho o seu cheiro. Esqueceu do pijama? Agora ele é meu.

Arthur: Para que o pijama, se você pode ter o dono do pijama só para você.

Carla: Ok!

Não sei como agir perante toda essa novidade.

Arthur: Não vejo à hora para te encontrar. Estou ansioso para arrancar sua calcinha e cair de boca na sua vagina apertada e molhada. Só de pensar meu pau reage.

Oh Deus! Esse homem é intenso demais.

Carla: Arthur? Isso é sério?

Esperei, mas, a resposta não veio.

Carla: Esse homem me deixa confusa — falo relendo as mensagens.

Juliette: Deixe eu ver as mensagens?

Carla: Não!

Juliette: Fala sério! Você sempre me conta tudo, agora vai ficar com essa palhaçada de segredinhos?

Carla: Juliette nós somos adultas. Não quero expor minha intimidade assim...

Juliette: Você está doente? — Ela toca na minha testa para ver se estou com febre. Sorrindo ela diz: — Está doente. Sabe qual é o nome da doença? PAIXÃO, CIÚMES, BLÁ... BLÁ... BLÁ...

Carla: Claro que não! Nada a ver, isso tudo que você disse.

Juliette: Amiga... Conta outra.

Carla: Tchau Juliette, preciso trabalhar.

Juliette: Tchau sua bruxa malévola. Tenho compromisso mesmo, se não tivesse ficaria aqui o dia inteiro perturbando você e paquerando o gato obsessivo do Alex.

Carla: Tchau, vai com Deus — às vezes a Juliette consegue ser insistente ao extremo. Ela fecha a porta e vai embora.

Volto a apreciar minhas flores com mais atenção e privacidade. Estou com um sorriso idiota no rosto, eu sei disso. A última vez que ganhei flores... A não, não quero lembrar a última vez que ganhei flores. Argh!

Cérebro traidor.

Depois que coloquei as rosas em um vaso com água mineral e as deixei no canto da minha mesa, resolvi responder todos os e-mails acumulados.

Meu celular vibra em cima da mesa, indicando que recebi mensagem.

Arthur: Claro que sim! Pego você às 21hs no seu apartamento. Vou repetir os Onze orgasmos, com prazer. Quero escutar os seus gemidos a noite inteira.

Carla: Uma rosa para cada orgasmo?

Arthur: Sim!

Carla: Que criativo!

Arthur: Antes, irei castigá-la, por me obrigar a desperdiçar minha ereção matinal.

Carla: Então, obriguei você a se tocar?

Arthur: Sim, duas vezes.

Carla: Reconheço que errei me perdoa?

Arthur: Perdoada, minha feiticeira.

Para onde será ele pretende me levar?

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