Capítulo 49 :

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ARTHUR

Eu e minha equipe terminamos a cirurgia agora. Foi delicada e complexa, pois se tratou de uma abdominoplastia e lipoescultura.

Arthur: Nossa, estou cansado — comento com a equipe médica. — Preciso descansar, amanhã serão três cirurgias. Todas serão de implantação de próteses mamárias.

Carol: Vamos sair para tomar alguma coisa Arthur. Você vai relaxar, prometo. — Carol, a enfermeira da equipe convidando-me para tomar alguma coisa?

No mínimo ela está esperando uma boa noite de foda. Está aí, mais, uma foda que me arrependo de ter dado. Sempre que surge oportunidade ela se insinua para mim. Evito ao máximo não ser grosso, principalmente com as mulheres, mas, essa aí, não tem pudor nenhum em relação à rejeição. Encaro seus olhos dourados e falo:

Arthur: Carol nós já resolvemos isso. Lembra?

Carol: É claro que me lembro da nossa conversa, Arthur. Lembro-me perfeitamente do dia seguinte, depois de você abusar de duas ao mesmo tempo, dispensou-me como se nada tivesse acontecido — ela fala sem se importar com a presença do Dr. Ricardo o anestesista.

Arthur: Eu? Você disse que eu abusei de vocês? Lembro-me de você implorando para eu ser mais duro — sei... Estou sendo um bastardo, mas, ela me tira do sério. Se não fosse uma excelente profissional, já teria demitido essa louca. — Carol eu espero sinceramente não ter lhe causado traumas. Eu tenho compromisso — minha voz saiu com rispidez. Dr. Ricardo olhou-me e sorriu.

Ricardo: Sabia que eu tenho fetiche por enfermeiras loiras e de olhos dourados? E se vier acompanhada de brinde por uma amiga, seria uma fantasia completa para se realizar — Ricardo falava olhando para Carol que revirava os olhos para ele.

Carol: Deus que me livre de você e essa tua agulha, anestesista — Carol desdenhou de Ricardo. — Eu sei muito bem, qual é o seu fetiche, Ricardo.

Ricardo: Ah... É? Então me diga.

Carol: Sua fantasia é pegar a Sofia. Pensa que ninguém percebeu seus flertes para ela?

Dessa eu não sabia. Ricardo nem de longe seria ideal para a doce e extrovertida Sofia.

Ricardo: Pois é. Ela é diferente, sabe? Ops... Esqueci você não sabe — essa doeu.

Carol: Diferente por quê? Aquela sonsa não deve saber a diferença entre papai e mamãe e...

Arthur: Carol... Para de ofender minha secretária — rosnei para ela. — Caráter passou longe de você. Como você consegue ser tão indescritível ao ponto de falar mal de uma pessoa, onde esta, não está presente para rebater as ofensas?

Carol: Calma Arthur! Essa é nova... Não sabia que você também está na fila para foder a pobre e pequena Sofia da recepção — senti até um gosto amargo na boca. Que mulherzinha malcomida.

Arthur: Para você é Dr. Arthur, diretor da clínica. Hierarquia passou longe de você, não foi? Outra coisa respeite as pessoas no seu ambiente de trabalho, já ouviu falar que respeito é mútuo? Se sim, a partir de hoje exijo respeito quando estiver na minha clínica. Carol e Ricardo, guardem suas diferenças para discutir em algum lugar isolado que não seja no centro cirúrgico.

Principalmente, quando temos uma paciente costurada, esticada e anestesiada — dei as costas e sem olhar para trás deixei o centro cirúrgico, mas, ainda consegui escutar o que a Carol gritou para que todos ouvissem:

Carol: Arthur... Se você quiser posso participar desse seu compromisso. É só dizer que sim. Você sabe muito bem que minhas preferências são um pouco peculiares.

O quê? Não entendi. Franzi o cenho, provavelmente estou com a cara de mau que o Rodolffo e agora a Carla, disseram que eu tenho. Virei de frente para que ela entendesse o que viria.

Arthur: NÃO. — Saí sem dar ênfase ao que ela me propôs.

Quando era mais novo, transava com duas ou até três mulheres ao mesmo tempo. Mas, isso, conforme o tempo foi passando, foi ficando sem graça, repetitivo, então, cheguei à conclusão que minha praia é outra. Prefiro ficar com uma mulher por vez, mesmo que sejam no mesmo dia, mas, uma por vez. Mas... Nesse momento quero somente a Carla, aquela feiticeira com cheiro de morango.

São exatamente 19:40, vou direto para casa, preciso de um banho. Essa feiticeira roubou os meus pensamentos o dia inteiro. Quase larguei tudo e fui atrás dela. Depois das mensagens que trocamos essa vontade louca de estar com ela só piorou. Estou morto de fome, fome de comida, fome de Carla. Ahhhhhh! Que vontade é essa que não passa?

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