Capítulo 40 :

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Olho a hora e vejo que já são 18:59. Nossa, a hora passou rápido demais. Decido enviar uma mensagem para a Ju e Alex, dizendo que estou bem. É... Acho que preciso de um banho. Levanto e sigo para o banheiro também. Abro a porta devagar.

Carla: Oi! Posso entrar? — Ele está se olhando no espelho, ainda com a ruguinha entre as sobrancelhas. Fita-me com seus olhos intensos que parecem desvendar a alma.

Arthur: Pode — ele está mais sério, desde quando terminarmos o almoço.

Carla: Preciso de um banho. Posso tomar? — pergunto meio sem jeito.

Arthur: Claro! — responde desviando o olhar para seus produtos de higiene expostos sobre a pia de granito. Ele pega um pote, acredito que seja um shampoo. — Toma. É condicionador. Acho que vai precisar.

Carla: Obrigada!

Entro no box e abro a ducha, espero a água atingir uma temperatura aceitável, o banho será rápido, eu acho. Fecho os olhos e deixo a água cair do meu rosto. Amanhã será um dia decisivo entre eu e Alex, teremos uma longa conversa. Espero que ele aceite minha decisão, entenda o meu lado também. Ele sempre foi paciente e amigo, nunca imaginei que nutria esse amor todo. Sempre foi um safado, saía com várias mulheres ao mesmo tempo. Apesar de sermos amantes, nunca me importei com o fato de ter outras. Às vezes rolava um ciúme, mas, sempre passava. Amo-o como um amigo.

Respiro fundo, balanço a cabeça e abro os olhos.

Arthur: Posso tomar banho com você? — Nem percebi quando ele entrou.

Carla: Claro! — O banheiro é dele, ele é quem sabe. Ele pega o sabonete líquido refrescante de ervas e despeja na esponja.

Arthur: Vire-se de costas — só a voz dele já me deixa excitada. Ele passou a esponja delicadamente em cada parte do meu corpo. Retribuí da mesma forma, seu pênis o tempo todo esteve ereto, mas, não transamos. Apenas nos beijamos e trocamos carícias.

Saímos do banheiro, ele me emprestou um pijama cinza, bem comportado, ficou igual a um saco de batatas, mas, nem me importei, a temperatura diminuiu, e estava frio. Quando fui até a sala a sua procura, ele estava assistindo um filme em sua TV exageradamente grande. Sentei ao seu lado, e ele me aconchegou em seus braços, também estava vestido, mas, com um moletom preto. Enquanto ele estava distraído e concentrado no filme "Eu sou a Lenda", o observava discretamente: tão sério com cara de mau, parecia até que estava bravo comigo, mas, acho que deva ser o seu jeito mesmo. Tem essa cara malvada, mas, é carinhoso ao extremo.

Quando me distraí apreciando cada detalhe do seu rosto másculo, sua voz grossa atravessa meus ouvidos.

Arthur: O que você tanto olha?

Carla: Nada. Quer dizer... Estava olhando o seu rosto, você tem uma cara de mau — falei sem graça. Ele deu um sorriso torto lindo, de desmanchar calcinhas. Menos a minha, pois estou sem.

Arthur: Só tenho cara. Mas, sou bonzinho. — Muito bonzinho e gostoso também, pensei — Está com fome?

Carla: Estou.

Arthur: Vou pedir alguma coisa pra gente comer. O que você está com vontade de comer? — Apesar de ser chefe de cozinha, sempre gosto de apreciar pratos que não são preparados por mim. Gosto de avaliar.

Carla: Prefiro que você escolha.

Arthur: Ok! Vamos de japa? — perguntou com expectativas.

Carla: Adoro. Pode ser!

Depois que terminamos, fomos para o quarto, escovamos os dentes juntos novamente. Fitou-me nos olhos através do espelho, ainda sério demais. Sorrio várias vezes para amenizar o clima. Quando terminamos ele ligou a TV e o ar condicionado, deitou na cama e me puxou até eu encostar minha cabeça em seu peito. Inspirei seu cheiro delicioso, meu ventre chegou a contrair, mas, não avançaria. Já passava da meia-noite, depois de trocarmos beijos o tempo todo, percebi que ele havia adormecido.

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