Capítulo 167 :

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Acordei, mas ainda não abri os olhos, nem sei ao certo se ainda é madruga ou se já amanheceu.

Minha cabeça acordou, mas o meu corpo ainda, hiberna. Eu poderia passar o dia inteiro aqui, deitado e de olhos fechados. E seu eu ficasse aqui, repassaria um filme em minha mente e tentaria entender a vida. É, a vida! Ela é surpreendente, nos prega cada peça. Estou quase desacreditando na hipótese de vivermos inúmeras vidas. Pois em apenas uma noite consegui vivenciar momentos que seriam suficientes para serem vividos e divididos por três reencarnações ou mais.

Então para que morrer e nascer de novo? Eu disse, se eu ficasse, mas felizmente não ficarei aqui deitado repassando e repensando. Sem lamúrias e nada de lamentações, foi assim desde o princípio, apenas alguns empecilhos retardaram a verdade. Não posso mudar o passado e mesmo se eu tivesse esse poder, não mudaria nada, deixaria exatamente assim. Uma nova fase dessa vida me espera, e eu estou ansioso por ela.

Sinto as mãos quentes e macias da Carla deslizarem sobre o meu abdômen, sobem e pausam em meu peito. Os seus cabelos encosta-se em meu rosto e pescoço, esse roçar me arrancou um gemido rouco, quando senti os pelos do meu corpo arrepiar-se.

Carla: Bom dia meu amor — a voz mais doce e quente invadiu os meus pensamentos. Sorrio antes mesmo de abrir os meus olhos.

Arthur: Bom dia Loirinha — virei à cabeça o suficiente para olhá-la. Seus cabelos soltos caindo nos ombros, alguns fios desciam sobre o seu rostinho, seus lábios curvados em um sorriso preguiçoso e olhos ainda um pouco inchados os acompanhando. — Não me importaria de repetir essa cena pelo resto da minha vida — disse puxando ela para deitar em meu peito. — Você me faz bem. Olhar para você logo depois de acordar, recarrega as minhas energias.

Carla: Sou a sua energia matinal. Por isso cuido muito bem de você e sacio as suas necessidades — sua voz vibrou em meu peito.

Arthur: Ainda bem que sabe disso. Você é a minha fonte do prazer — beijei seus cabelos e o afastei, estava enroscado no meu braço e no meu rosto, ela levanta a cabeça e eu o prendo entre o pescoço dela e o meu peito. — Agora sim, consigo olhar para você.

Carla: Dormiu bem? — perguntou acariciando o meu peito e meu braço.

Arthur: Dormi.

Carla: Quer conversar sobre ontem?

Arthur: Não. Já Conversamos o suficiente, não quero ficar me lamentando. Tinha que ser assim, desde o princípio. Fique despreocupada, não irei virar um delinquente revoltado — ela sorriu e balançou a cabeça.

Carla: Gosto da sua atitude, você é forte. Meu alicerce.

Arthur: E você, dormiu bem? — perguntei Acariciando o contorno de sua cintura.

Carla: Ao seu lado não tenho outra opção a não ser dormir deliciosamente bem — disse inspirando o meu peito e beijando-o. — Delícia... Amo o seu cheiro. Sinto uma vontade de te lamber... Morder... Engolir.

Arthur: Lamber, morder e engolir? — passo o dedo indicador na minha sobrancelha direita. Ela pendeu a cabeça para o lado e me olhou. — Amor isso você já faz.

Carla: Estou falando disso — mordeu o meu bíceps.

Arthur: Ai... Carla! Doeu — enfiou o rosto na minha axila.

Carla: Porra de homem cheiroso!

Arthur: Ai. Ai. Ai... Sinto cócegas na axila. Para, Carla!

Carla: Amo a sua axila, amo tudo em seu corpo. Ele tem um cheirinho delicioso de sabonete — terminou de falar e beijou a marca da mordida que deixou em meu bíceps. — Aqui é duro! — disse apertando o meu braço.

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