Capítulo 116 :

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Arthur: Sim. Mas isso não é o suficiente, precisamos juntos encontrar uma solução em relação ao Lorenzo. Eu não suporto saber que ele está esperando a primeira oportunidade para arrancá-la dos meus braços e levá-la embora para a França.

Carla: Arthur, isso nunca vai acontecer. O único homem que eu quero estar ao lado o resto da minha vida é você. Ele vai ter que entender. Eu sei que te feri quando disse que estava confusa, quando você o viu beijando. Mas... Você precisa confiar em mim.

Arthur: Você o amou.

Carla: Amei. Amei incondicionalmente, o amor que eu senti por ele me causou dor. Eu quase morri de amor. Mas agora... Eu tenho você. Um homem maravilhoso, carinhoso, amoroso, arrisco a palavra milagroso. Sabe por quê?

Arthur: Não — respondi um pouco baixo e seco. Ouvi-la dizer que amou esse babaca, me faz sentir uma fúria dentro de mim, que se eu não extravasar irá sufocar-me.

Carla: Você... Você... É um anjo. Tirou-me sem saber, de um abismo. Quando enterrei meu filho, abandonei a minha alma dentro do caixão dele e fui embora, embora para outra dimensão. Por diversas vezes achei que Deus não existisse e o culpei por tudo o que aconteceu, mas a único culpado foi o destino. Eu amo você Arthur — ela pisca os olhos excessivamente e lágrimas caem em seu rostinho delicado. Limpo-as com o meu polegar.

Arthur: Vamos esquecer tudo isso — abraço ela com força. — Você não estará sozinha nunca mais. Ok? — ela aquiesceu e deitou a cabeça em meu ombro.

Ficamos assim por um longo tempo, ela deitada e eu a acariciando. Até que depois de tanto pensar em tudo que descobri, resolvo falar:

Arthur: Carla na próxima consulta com o seu psiquiatra eu quero ir junto. Não quero que você continue o tratamento fazendo uso daquelas drogas. Você não precisará mais deles.

Carla: Amor, o Dr. João Pedro não foi o culpado por eu consumir por longos sete anos tudo aquilo. Eu pulei de psiquiatria em psiquiatria, eu não queria saber das terapias, meu interesse era apenas os remédios. Chegava a frequentar três psiquiatras diferentes ao mesmo tempo, só para conseguir as receitas.

Arthur: Carla! — pensei melhor e resolvi não criticar.

Carla: Vulnerável, depressiva, triste... Era assim que eu me sentia. Eu precisava dos remédios. Há um ano conheci o Dr. João Pedro e quando comecei a sentir-me bem, achei que já estivesse voltando ao meu normal e, não precisaria ter mais um psiquiatra, então resolvi deixar de frequentar as consultas. Há mais ou menos um mês atrás retornei as terapias e ele modificou todo o tratamento anterior, suspendeu a maioria dos remédios, manteve dois, mas com doses reduzidas — ela conta tudo com calma.

Arthur: Carla, independente de tudo isso que me contou, você é irresponsável. Bebeu a noite inteira, os fármacos que você utiliza não podem ser misturados com álcool.

Carla: Eu sei amor... Eu não os uso mais. O Dr. João Pedro, manteve apenas dois remédios e um deles é o calmante, mas a orientação que ele fez, foi apenas para que eu os usasse se eu sofresse de insônia ou ansiedade. E, desde que estamos juntos, nunca precisei tomá-los — olhou-me com o rosto triste e continuou falando baixo. — Aqueles comprimidos que eu pensei em tomar e você os colocou sob a água, foram os remédios que eu usava e fiz estoque. Os que foram prescritos pelo meu psiquiatra ficam na minha bolsa e no seu banheiro.

Arthur: No meu banheiro? — perguntei surpreso.

Carla: Amor... Eu dormi todos os dias com você. Por isso guardei-os na gaveta do banheiro, por que se eu tivesse mais um dos meus pesadelos ao seu lado, não precisaria ir embora, atrás dos meus calmantes — segurei sua mão e beijei os nós de seus dedos delicados.

Arthur: Então... Você não usa mais nenhum dos fármacos que vi em sua casa?

Carla: Não. Eu não quero usá-los nunca mais. O meu remédio agora é você — sorriu. — E, como eu o terei para toda eternidade, não precisarei de mais nada além de você.

Arthur: Certo! Não quero a senhorita bebendo igual a uma desequilibrada, perdendo a linha para qualquer garoto. Quem é aquele garoto? Você passou a noite inteira se esfregando nele.

Carla: Arthur! Eu não me esfreguei em ninguém, só estava dançando com os meus amigos. Mas, respondendo a sua pergunta: ele é o Felipe, um amor de menino, sem maldade nenhuma.

Vou fazer vista grossa, não quero brigar com ela. Depois ela irá explicar direitinho por que do showzinho na pista de dança.

Carla: Mandão, possessivo, grande, gostoso, guloso...

Arthur: Todo seu. Só seu — enroscou as pernas ao redor de minha cintura e esfregou a vulva no meu pau debaixo do jeans. Beijei-a com volúpia enquanto gemia em minha boca. Enfiei minhas mãos por baixo de seu vestido e segurei sua bunda carnuda incentivando-a roçar sua vagina com mais força.

Rodolffo: Que putaria é essa aqui na minha sala de TV?

Arthur: Cara... — Esse Moleque... Retiro-a com cuidado de cima de mim e levanto para pegar os meus sapatos. — Rodolffo...

Rodolffo: Sinto cheiro de sexo... — Ele para no meio da sala, inspira o ar e fecha os olhos. — Sexo com cheiro de morango. Delicia! — Filho da mãe! — Fizeram as pazes? — ele pergunta com um sorriso besta no rosto.

Carla: Fizemos — Carla respondeu e levantou-se do sofá.

Rodolffo aproxima-se dela e abaixa para pegar alguma coisa no chão. Quando levanta revela a calcinha que ela usava e eu arranquei de seu corpo.

Rodolffo: Cheirosa... Do jeito que eu imaginei. — Esse Cara quer morrer. Ele leva a calcinha ao nariz e inala o cheiro de olhos fechados. Olho para a Carla e ela está boquiaberta olhando para o Rodolffo.

Arthur: Me dá essa porra aqui! Ficou maluco? — Minha voz saiu dura e alta.

Rodolffo: Cheirosa... Caralho de bocet... — falou diretamente para a Carla e ela sorri.

Arthur: Cala a boca Rodolffo. Não termine essa frase seu moleque.

Rodolffo: Ok! — diz levantando as mãos em sinal de redenção. — Pensei que estivessem se matando. A Juliette e a Sofia pediram para eu vir até aqui conferir se vocês estão bem.

Carla: Quem e Sofia? — Carla perguntou olhando diretamente para mim.

Arthur: Carla, a Sofia é a minha secretária. Lembra? Já falei com você sobre ela diversas vezes — fuzilou-me com seus olhos grandes castanhos. — Não olha assim para mim, ela é apenas minha amiga.

Rodolffo: Amiga gostosa Carla! Oh ruiva gostosinha... — rodolffo fala com sua voz debochada.

Carla: Não quero o meu noivo sendo amigo de nenhuma mulher bonita. — Suas palavras fazem com que meu peito infle, deve ser a mesma sensação que o peixe baiacu sente. 

Aproximei-me dela e a abracei por trás e beijei o alto de sua cabeça coberta por uma imensidão de cabelos.

Rodolffo: NOIVO? — Ele  perguntou surpreso.

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