Capítulo 124 :

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Arthur: Espera! Não me faça correr — alcancei-a e segurei sua mão. Entrelacei nossos dedos. Quando pensei em falar, ela me corta.

Carla: Nunca mais o proíba de subir. Ele é meu amigo e você não tem esse direito.

Arthur: Amigos? — Minha risada saiu desdenhosa.

Carla: Sim.

Arthur: Tá bom, Carla Diaz. Amigos.

Carla: Você terá que aceitá-lo, pois ele estará sempre presente na minha vida. Só para lembrar e refrescar a sua memória: ele é meu sócio e trabalhamos juntos todos os dias.

Arthur: Penso nisso quase sempre — confesso. Ainda tenho um pé atrás com esse Alex, ele deixou bem claro o seu descontentamento quando disse que eu roubei a Carla dele.

Carla: Que bom. Sinal que está aceitando muito bem a situação — ela sorri e mexe nos cabelos, passando os dedos entre eles.

Arthur: Vou tentar. Farei o possível, para saber como lidar com essa situação — minto, preciso acalmá-la. — Agora vem aqui — puxei-a até os meus braços.

Carla: Eu te amo. Não quero brigar por besteiras como essas. Promete que não vamos deixar essas coisas do passado nos atrapalhar?

Arthur: Prometo — beijei sua boca pintada com o batom rosa.

Carla: Amor — ela para na entrada do shopping e analisa a minha boca. — Sei que sua boca é linda, mas esse batom não combinou com você — esfrega os dedos nos meus lábios para tentar limpar a mancha de batom.

Arthur: A sua boca também está toda borrada — ela limpou os lábios esfregando a palma da mão.

Caminhamos pelo shopping sem pressa, Carla olhava as vitrines atentamente. Tudo que chamava a sua atenção, eu queria comprar, mas ela não aceitava. Entramos na joalheria onde havia comprado as joias para ela e para minha mãe. Então, entendi o que ela pretendia. Meu sorriso fixou em meu rosto. Quando ouvi a voz dela, falando com a vendedora... Puts!

Xxx: Arthur Picoli! — A vendedora que me ajudou a escolher as joias ignorou a Carla e exclamou o meu nome como se tivesse decretando uma lei. Olhei dela para Carla, que piscava os olhos várias vezes, como se quisesse ganhar controle.

Carla: Amor vamos ver nossas alianças? — Ela apertou a minha mão com força.

Arthur: Sim, amor.

Arthur: Boa tarde — disse com um tom de voz normal sem demonstrar reação à sua indiscrição ao clamar o meu nome. Minha cara? Paisagem... Estou fazendo o desentendido.

Xxx: Boa Tarde! — A vendedora disse. Mas qual é o nome dela mesmo?

Arthur: Gostaríamos de olhar as alianças. — A mão da Carla apertava a minha mão toda vez que a vendedora falava.

Sentamos no mesmo lugar onde eu havia sentado quando estive aqui. Carla estava indiferente em relação à vendedora, que mesmo vendo que eu estava acompanhado, não deixou de sacudir os cabelos exageradamente e com um sorriso forçado nos lábios.

Arthur: Gostou amor? — perguntei quando ela admirava um par de alianças douradas.

Carla: Sim. Perfeitas!

Arthur: Experimenta — estiquei minha mão direita para ela, que sorriu. Deslizou o anel dourado e espesso em meu anelar direito.

Carla: Ficou lindo! — ela disse. Puxou minha mão e levou até os lábios e beijou. Esse gesto fez meu estômago contrair. É muito amor para um homem só, preciso extravasar isso.

Segurei seu queixo e a puxei, beijei seus lábios com carinho e logo ela se afastou para experimentar a dela. Apressei-me e retirei a outra aliança que estava na palma de sua mão e, deslizei no anelar esquerdo, já que o direito tinha o anel que a presenteei hoje mais cedo.

Carla: Perfeito! — eu falei olhando para as nossas mãos. A vendedora fazia uma expressão de cinismo o tempo todo.

Xxx: A senhora... — A vendedora começou a frase, mas Carla a interrompeu.

Carla: A senhora? Como assim? — A mulher olhou para ela, como se ela tivesse duas cabeças. — Quando entramos aqui, você simplesmente ignorou a minha presença e foi logo chamando o meu noivo sem cerimônias. Agora vem com esse negócio de "Senhora"? Meu Nome é Carla Diaz. Chame-me pelo meu nome, por favor.

Xxx: Descul... Desculpe Carla Diaz.

Carla: Não precisa gaguejar. Eu te entendo. Ele é um gato, não é? E ainda por cima tem cara de mau. Além desse rostinho de menino malvado, faz coisas inimagináveis, mas eu o recompenso direitinho — piscou o olho esquerdo para a mulher como se estivesse trocando figurinhas e eu bem ali na frente delas. Cocei a minha cabeça e olhei para a minha noiva, ciumenta e estressadinha.

Arthur: Querida, qual é o seu nome mesmo? — perguntei.

Xxx: Maya Resende.

Arthur: Maya Resende nós vamos levar o par de alianças. Amor, gostou de mais alguma coisa?

Carla: Gostei de tudo. Mas estou sem paciência para escolher — deu mais uma piscadela, mas dessa vez foi para mim.

Arthur: Ok, feiticeira.

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