Capítulo 34 :

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Enfiei Rodolffo dentro da academia.

Rodolffo: Cara... Olha a bunda dela... — Esqueci que a academia tinha vista panorâmica.

Arthur: Rodolffo se você não tirar os olhos daí vou implantar seios em você — empurrei-o já o virando de costas.

Rodolffo: Mano... Você é um homem de sorte!

Arthur: Rodolffo, evita fazer suas piadas sem graça para a Carla — pedi.

Rodolffo: Ela gosta das minhas piadas. E eu não vou perder tempo, Cara. Quero aquela gostosa na minha cama — meus dentes trincaram involuntariamente, soltei um grunhido, fechei os punhos.

Arthur: Não cara, você não quer! — falei alto. — Nós vamos até lá, e... Se você falar qualquer gracinha, te prendo na sauna e te deixo morrer lá dentro.

Rodolffo: Que isso, Arthur? Que violência, Mano.

Arthur: Leve a sério o que estou falando Rodolffo.

Rodolffo: Você teria coragem de matar seu amigão, o irmão que você não teve? — pergunta colocando a mão no peito. — Vou contar tudo pra Tia Beatriz! Mas, antes vou furar todas as suas camisinhas com uma agulha de costura e vou fazer você ter tantos filhos, que irá trabalhar só para pagar pensão alimentícia para os filhotes.

Arthur: De novo? — perguntei fazendo-o lembrar de quando a gente tinha dezessete, quando furou todas as minhas camisinhas que estavam no banheiro e se arrependeu confessando tudo quando viu a minha mãe que ele a chama de tia chorando no quarto.

Achou que ela chorava por que eu havia engravidado alguém, mas, na verdade, chorava por que eu tinha passado no vestibular para cursar medicina, e iria morar longe. Sorte minha, que não usei nenhuma daquelas camisinhas.

Arthur: Como conseguiu entrar aqui? — perguntei curioso. Ele não possui o código para destravar a porta principal e nem as chaves.

Rodolffo: Ahhh Arthur! Quantas vezes eu vi você digitar aquele código idiota? Fala sério. E outra 2106 é a data do seu nascimento. Como você consegue ser... Tão idiota? Quando toco a campainha é só para irritar você. Sei que odeia quando faço isso, mas, minha diversão é irritar você campeão filho da mãe — não respondo, só observo a infantilidade desse cara. — Quão criativo colocar a data do seu nascimento como código.

Arthur: Não tenho que te dar explicações.

Rodolffo: Ah... Tem sim! Nunca, nesses meus quase trinta e três anos de vida, vi você passar mais de 12 horas com uma mulher. Daria tudo para filmar a cena que flagrei. Arthur Picoli o exigente e idiota apreciando a imagem de uma mulher tomando sol. Se você visse a cara de boboca que você estava, não acreditaria. Posso virar de frente caralho? Quero ver a Deusa do sol nua — pergunta ainda sarcástico. Eu o mantinha imobilizado na parede virado de costas. — Mano, acho que vou passar o dia na piscina com vocês.

Arthur: Chega Rodolffo — falei baixo dando fim as gracinhas dele.

Voltamos até a área da piscina e Carla estava vestida com o roupão, sentada na espreguiçadeira. Sentei ao seu lado e passei meu braço em torno de sua cintura. Ela não estava mais relaxada como antes.

Rodolffo:... Deusa — Ele beijou o seu rosto, mas, ela nem se mexeu, apenas acenou com a cabeça. — Está corada? Está com vergonha? — É um idiota mesmo.

Arthur: Rodolffo...

Rodolffo: Calma cara, deixa a Carla responder por ela — cortou-me quando comecei a falar.

Carla: Não. Por que eu estaria com vergonha? — Se mexeu na cadeira e respondeu.

Rodolffo: Por nada! Mas eu tenho que fazer um comentário... Posso fazer papai Arthur Picoli? — Não respondi. — Seu silêncio, significa um sim. Então... Carla você tem os seios mais lindos que já vi nessa minha vida pervertida — ele sorri, parecendo natural. Não tem o que falar, cale a boca. Pensei.

Carla: Obrigada.

Rodolffo: Obrigado, falo eu, por me proporcionar aquela imagem — sorriram juntos, não vi nada de engraçado para estarem sorrindo.

Arthur: Rodolffo o que trouxe você aqui? — perguntei, tentando ser direto com ele.

Rodolffo: Te enviei mensagem, você não respondeu, como sempre. Aí, como sempre resolvi vir pessoalmente vê-lo.

Arthur: Meu celular está no quarto, não vi mensagem.

Rodolffo: Está perdoado, sei que foi por uma boa causa — olhou para Carla e finalizou: — Eu te entendo, eu faria o mesmo que você — lançava olhares em sua direção, para ele se tocar que estava atrapalhando, mas, o bastardo fingia nem me ver, ignorava a minha presença. — Marquei com a Juliette, para irmos a Sensations, curtir uma balada. Já é, Carla? — Frisou o Carla, ou seja, ele está me descartando.

Carla: Hoje? — Não acredito que irá aceitar. Apertei com mais força, sua cintura. Ela elevou a cabeça para fitar-me. Fitei-a fixamente e disse:

Arthur: Ela trabalha amanhã Rodolffo.

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