Capítulo 188 :

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Arthur: Oi amor — eu abri a porta, ela correu e pulou em cima de mim.

Carla: Estava com saudades — beijou a minha boca e saiu distribuindo beijos em meu rosto, pescoço, cabelos... Uma bagunça de beijos. Envolvi um braço em torno de sua cintura.

Arthur: Eu também senti a sua falta. Como você está? — perguntei e mordi suavemente o seu queixo.

Carla: Muito bem. Hoje fui ao restaurante e a terapia — larguei as chaves e celular sobre o aparador e caminhei até a sala carregando-a em meu colo. — Sua mãe saiu agora pouco daqui. Ela estava abatida e desanimada — falou com a cabeça deitada em meu ombro.

Depois que levei a minha mãe para ver o Rodolffo, ela ficou depressiva e triste. Entendo perfeitamente, aquele moleque é muito importante em nossas vidas e vê-lo desacordado é torturante. O pai dele vai todos os dias ve-lo, ele fica horas sentado na recepção, ele não consegue entrar para ve-lo.

Arthur: Eu sei loirinha, mas ela tem que ser forte. Quando ele acordar, vai precisar de nós para ajudá-lo a se recuperar.

Carla: Ela trouxe o seu pai — seu rosto formou uma expressão engraçada e logo ela sorriu. — Ele gostou da cobertura. Eu não acreditei quando a sua mãe disse que ele nunca havia estado aqui antes.

Arthur: Ele não tem o costume de sair muito e nem fazer visitas, principalmente visitar-me.

Carla: Bom, ele até conversou comigo... — Ela elevou a cabeça e me encarou. — Ele deu alguns palpites para os nomes dos nossos bebês. Acredita nisso?

Arthur: Não, não acredito — disse incrédulo.

Carla: Arthur, eu acho que ele está tentando ser uma pessoa melhor.

Arthur: Imagino a cena — franzo o cenho e fito-a esperando por mais surpresas.

Carla: Sim, imagine só? — Sorriu balançando a cabeça. — A sua mãe me confidenciou que ele está muito abalado com tudo que houve com o Rodolffo, e a partir disso, ele se conscientizou que a vida necessita ser vivida e que não perderia mais nenhum detalhe da vida dele. — ela fala baixinho como se nós estivéssemos fazendo alguma coisa de errado.

Arthur: Está se redimindo — eu disse sentando no sofá ainda com ela em meu colo. — Estou cansado — falo inspirando o cheiro de seus cabelos. — Depois que saí do hospital onde o Rodolffo está, fui direto para a clínica, eu tinha duas cirurgias inadiáveis.

Carla: Está faminto? — Senti um sentido dúbio nessa pergunta, pois a voz saiu em um tom suavemente sexy.

Arthur: Estou com fome. Não tive tempo para almoçar, então acabei comendo um lanche doido.

Carla: Fome só de comida? — Eu sabia.

Arthur: Não. Eu tenho fome de comer você também — ela levantou o vestido e rebolou esfregando os nossos sexos ainda protegidos, eu de calça jeans e ela com uma calcinha cor de rosa toda de renda. Segurei em sua bunda e massageei lentamente. — Sinto o cheiro da sua excitação. Aposto que já está toda melada.

Ela fechou os olhos e me deu livre acesso ao seu pescoço. Beijei e lambi toda a sua pele, mordi e beijei de novo. Coloquei uma de minhas mãos entre nós dois até alcançar o pedaço de renda.

Carla: Hum... Que delícia — enfiei um dedo em sua vagina molhadinha e ela gemeu igual a uma gatinha no cio. — Arrrhhhh... Quero ele todinho dentro de mim. Agora!

Arthur: Mandona. Preciso de um banho e depois me reabastecer — reclamou mais acabou aceitando.

Carla: Vai tomar um banho enquanto eu preparo alguma coisa para você comer — saiu do meu colo e seguiu para a cozinha.

Mesmo passando por um período complicado, sinto Carla mais entregue a cada dia que se passa. Eu não vejo à hora de nos casarmos. Assim que o Rodolffo estiver parcialmente recuperado, não esperarei nem se quer mais um dia, casaremos imediatamente. O que me deixa mais despreocupado em relação a isso, são os seus argumentos para me convencer que ela está tranquila quanto ao nosso casamento. Sempre compreensiva e amigável.

Sempre não! Ela anda muito estressadinha e com a libido lá no Monte Everest. Diz ela que basta sentir o meu cheiro para a calcinha dela molhar toda. Eu não sei de onde estou tirando equilíbrio para domá-la na cama. Essa mulher fica a cada dia mais insaciável, um furacão devastador que destrói tudo por onde passa.

Liguei o iPod, selecionei a pasta de músicas que nós dois escolhemos juntos outro dia.

Abri a ducha e deixei a água levar toda a tensão dos últimos dias, todo o esforço no fim terá valido a pena. Despejei o sabão líquido sobre a esponja, e a passei pelo meu corpo. A música que tocava chegou ao fim e logo começou outra, "Exaltasamba". A música é maneirinha, nós dois curtimos um pagodinho, Carla disse que foi a um show deles quando estava grávida e não pôde aproveitar como gostaria.

Prometi levá-la a um show de pagode depois que nossos bebês nascerem. Nem sonhado os deixarei aqui, levaremos os dois a qualquer lugar, mesmo que para isso seja necessário carregar uma babá atrás de nós.

Fecho os meus olhos e me permito imaginar como será a minha vida daqui a alguns meses... Carla amamentando os nossos filhos no quarto, eu sentado ao seu lado oferecendo um copo de suco de maracujá, e o Rodolffo na sala, deitado no sofá e segurando o controle remoto, assistindo um de seus canais preferidos onde exibem clipes de cantores sertanejos. Sorrio. Não poderia ter uma imaginação diferente dessa.

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