Capítulo 149 :

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Bônus +

Carla: Não sei. Eu não entendo nada sobre carros, não saberia avaliar quanto está valendo.

Arthur: Pode levar. Depois você acerta comigo, e na semana que vem resolvemos a questão da documentação e transferência — tomo as rédeas e assumo a responsabilidade.

Sofia: Eu acabei de ganhar um carro? — Sofia pergunta, sem acreditar.

Rodolffo: Sim! — Rodolffo diz.

Sofia: É um presente? É dado? Por que eu não tenho nem um real sobrando para contribuir — Rodolffo sorriu ao escutá-la, puxou-a pelo braço e deu um beijo nela que conseguia de longe ver a língua dele invadindo a boca da Sofia, que parecia estar quase desmaiando nos braços dele. Quando terminaram de se beijar, ela olhou para ele e disse: — Rodolffo... Não precisa — se aproximou do ouvido dele e disse algumas palavras, mas somente ele pôde escutar. Ele se afastou o suficiente para olhá-la e balançou a cabeça negando alguma coisa.

Carla: Tome a chave Sofia. Cuide dele! — Carla disse e entregou a chave, depois fez o biquinho que tanto amo.

Sofia: Pode deixar que vou cuidar — Sofia balançou a chave e sorriu.

Carla: Que tal pedirmos uma pizza? — Ela pergunta. Acabou com meus planos... É meu amigão, nossa feiticeira está conspirando contra nós. Agora só mais tarde!

Rodolffo: Já é! — Rodolffo fala. — Depois levo você na sua casa para buscar os seus trabalhos e notebook — Rodolffo disse para a Sofia. Ela aquiesceu. Ele nos olhou e falou: — Amanhã ela tem curso preparatório. Acreditam? — ele sorri e ela fica envergonhada. — Ela estuda para ser promotora de justiça — ele fala todo orgulhoso.

Carla: Você quer ser promotora de justiça? — Carla pergunta animada.

Sofia: Pretendo!

Carla: Se Deus quiser, você será — Carla a incentiva.

Sofia é uma menina esforçada, quando seu pai faleceu, ela ficou desnorteada e sem rumo, acabou contando-me toda a sua história. Nunca conheceu a mãe, o pai a criou sozinho e com bastante dificuldade. Ela mora em uma comunidade da zona Sul em uma casa bastante humilde. No dia do enterro de seu pai, há seis meses, ofereci-me para levá-la até a sua casa, então pude ver o quanto ela é humilde. Depois de saber toda história, passei a incentivá-la nos estudos, nos cursos preparatórios e passei a observá-la com mais atenção. Nunca senti nenhuma atração por ela, ao contrário o sentimento era outro, talvez carinho ou até mesmo um pouco de pena. Eu e Rodolffo estudamos nos melhores colégios da zona sul, sempre fomos incentivados pelos nossos pais, eu apenas pela a minha mãe. Imagino o que a Sofia passou para chegar aonde chegou. Merece a minha admiração. Depois irei chamar o Rodolffo para conversar sobre esse relacionamento entre eles. Espero sinceramente que ele não a machuque, pois é sozinha e não tem ninguém por ela, e se for decepcionada isso interferirá diretamente em sua vida acadêmica e profissional.

Sofia: Nossa, não dirijo desde o dia em que fiz a prova de direção — Sofia fala alto entrando no antigo carro da Carla. — Ué... Automático? Oh Glória! Não preciso pisar na embreagem quando for sair com carro? Isso só pode ser um sonho! Carla me ajude aqui... Preciso entender esses comandos — ela continua falando toda animada. Carla sentou ao lado no banco do carona e começou a instruí-la.

Enquanto elas davam voltas e mais voltas no estacionamento, eu e Rodolffo subimos com as bolsas da Carla e alguns pertences que estavam dentro do carro.

Rodolffo: Porra... A Carla comprou o shopping inteiro? — Rodolffo pergunta jogando as bolsas no sofá.

Arthur: Parece que comprou — falo olhando as bolsas.

A maioria é de lojas femininas, mas duas eram da loja que costumo comprar roupas e sapatos. Sorrio ao ver que ela se lembrou de mim. Amo essa mulher!

Rodolffo: Deus me livre de uma mulher consumista — ele faz o sinal da cruz.

Arthur: Hum... Sei! Você acabou de comprar o carro da Carla para a Sofia. Você é igual ao seu parceiro aqui — aponto para o meu peito. — Vai ficar gamadinho na ruivinha, já estou até vendo você sofrendo pelos cantos, barbudo e magro. Morrendo de amores — disse tudo isso para provocá-lo, mas ele levou a sério.

Rodolffo: Nada disso, eu e Sofia estamos apenas curtindo. Ela me satisfaz e eu a recompenso.

Arthur: Ela transa com você em troca de benefícios? — pergunto um pouco preocupado.

Arthur: Rodolffo, a Sofia é uma menina com um passado sofrido. Não a machuque, por favor! Você nunca se prendeu a uma mulher e agora não sai do pé dela. Estou preocupado com ela. Você sabe que ela é órfã, mora sozinha e não têm parentes? — Ele me olha surpreso.

Rodolffo: Nunca perguntei nada sobre a vida dela. Não sabia disso — ele estala os dedos da mão direita. Faz isso desde criança, quando fica nervoso ou pensativo. — As únicas informações sobre a vida dela que eu sei, é que é bolsista na PUC, estuda direito, faz curso preparatório todos os sábados, trabalha em sua clínica e tem 21 anos.

Arthur: Moleque...Vou te lembrar apenas de um detalhe: ela não é como as mulheres que você costuma jogar — ele sorri e fala:

Rodolffo: Eu sei. Vamos mudar de assunto? Temos outras prioridades neste momento — fitou-me preocupado. — Arthur o que você pretende fazer, em relação ao Lorenzo?

Arthur: Ainda não sei. Pedi ao investigador que você indicou-me para não sair da cola dele, mas pelo visto ele falhou, ou o Lorenzo é esperto demais.

Rodolffo: Pois é, assim que saí do shopping liguei para ele. Ele esteve o tempo todo na porta do apart hotel, onde ele está hospedado, mas ele não o viu sair em nenhum momento. Será que ele percebeu que estava sendo monitorado? — ele diz preocupado.

Arthur: Pode ser — respondo.

Rodolffo: Mano, sei lá... Ele pareceu derrotado. Tive a impressão que realmente ele deu um adeus a Carla, para nunca mais voltar.

Arthur: Não acredito que ele desistiu. Amanhã saberei com mais exatidão tudo o que ele pretende fazer. Irei procurá-lo pessoalmente de novo. Eu cumpro com a minha palavra e ele vai ver que não estava o persuadindo.

Rodolffo: Amanhã antes de procurar por ele, não se esqueça de me avisar. Vou com você.

Arthur: Não precisa Rodolffo! Vou resolver isso sozinho.

Rodolffo: Arthur eu vou com você — não vou discutir sobre isso, ele não vai e acabou.

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