Capítulo 120 :

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Estacionei meu carro na entrada da casa do Gabriel e Martinha e logo uma baixinha barriguda abriu o portão para nos receber. O mais engraçado foi a Carla olhando para a barriga da Martinha, sem desviar ao menos para o rosto dela.

Marta: Você veio — abraçou-me pela cintura. Beijei seu rosto e ela se pendurou em meu pescoço. — Me abandonou seu safado!

Sua atenção muda de foco quando ela olha para a Carla, que ainda encarava a barriga dela com admiração. Consegui por um segundo, imaginar a Carla carregando uma barriga desse tamanho. Ficaria linda.

Marta: Quem é essa Loira? — sorriram uma para outra. Carla se aproximou ainda fitando a barriga de Martinha e a tocou com carinho, sua mão delicada acarinhou suavemente a barriga redonda, sob um vestido de tecido fino. Só depois ela levantou a cabeça para olhar o rosto maravilhado da Martinha. — Já gostei de você, antes mesmo de sermos apresentadas. Prazer, Marta Carolo — ofereceu um abraço terno a Lua.

Carla: Prazer, Carla Diaz — se abraçaram.

Marta: Arthur eu pensei que não viveria o suficiente para vê-lo namorando — afastaram-se. A Carla sorriu ao ouvi-la e olhou-me com carinho. Eu amo essa feiticeira com cheiro de morango.

Arthur: Noiva — disse corrigindo-a.

Marta: Noiva? Meu Deus! Isso foi um milagre. Parabéns! — virou-se para a Carla de novo e falou — Faça o meu amigo muito feliz.

Carla: É o que eu pretendo pelo resto de minha vida — disse sorrindo para mim. Segurei sua mão e entramos na casa.

Senti o cheiro delicioso de carne assada na brasa. Chegamos à parte externa nos fundos da casa, Gabriel encontrava-se assando as carnes e quando nos viu veio até nós com sua simpatia que contagiava qualquer mal humorado, como eu.

Gabriel: E, aí cara! — apertamos nossas mãos.

Arthur: Essa é a Carla Diaz, minha noiva — segurou a mão dela e beijou.

Tenho que controlar esse ciúme que está se tornando doentio. Ele é apenas o Gabriel. Gabriel o simpático!

Gabriel: Prazer, Gabriel Carolo.

Carla: Carla Diaz — disse com a voz baixa.

Marta: Venham, sente-se Carla — Marta indica uma mesa de fibra com guarda sol e cadeiras de plásticos.

Fui até o freezer ao lado da churrasqueira e peguei três refrigerantes, levei para mesa, servi primeiramente elas e depois bebi o meu na lata mesmo. Carla e Martinha aparentemente tinham bastante assunto em comum, pois não paravam de falar. Prestei atenção em cada detalhe dela.

Na forma como mexia nos cabelos enquanto explicava ou concordava com o que a Martinha falava. O mais engraçado e quando ela abre os olhos quando alguma coisa que Martinha fala a deixa impressionada.

Marta: Vocês pretendem casar quando? — Carla olhou para mim esperando a resposta. Acenei só com um movimento a cabeça, dando liberdade para ela falar o que quiser.

Carla: Logo! — responde animada.

Marta: Logo, quando? Mês que vem?

Carla: Espero que até dezembro estejamos casados.

Marta: Então, já está bem próximo. Já estarei com as minhas trigêmeas nos braços e carrinhos — sorriram. — Como estão os preparativos? No meu casamento eu fiquei maluca com tantos detalhes que envolvem um casamento — ela faz uma careta engraçada ao ouvir a Martinha falando.

Ficou confusa, pois ainda não conversamos sobre festa, cerimônia... Essas coisas de casamento.

Carla: Na verdade, a festa será no meu restaurante. Então, quase não irei me estressar.

Marta: Você tem um restaurante? Que legal!

Carla: Sim — sorriu.

Marta: Você é chefe de cozinha ou apenas empresária?

Carla: Sou chefe e empresária.

Marta: Legal! Hum... Olhe só eu sou péssima na cozinha, se você achar que minha comida não está legal, não precisa fingir que gostou. Ok? — Martinha falou.

Carla: Que isso eu sou visita. Jamais criticaria sua comida.

Arthur: Isso porque ela ainda não experimentou a sua comida. Depois que comer vai querer isolar a sua cozinha e proibir a sua entrada — eu disse, provocando a Martinha.

Marta: Ingrato. Se não fossem as minhas gororobas, você ficaria desnutrido na época da universidade.

Arthur: Obrigada, por me fazer comer macarrão instantâneo por longos seis anos, Marta.

Carla sorria o tempo todo, eu sorria por vê-la sorrir. Foi um surto de sorrisos e estou virando um maricas sorridente.

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