Capítulo 147 :

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Rodolffo: Sim. Eu liguei!

Carla: Está certo! Vou acompanhando o seu carro. Não vou deixar o meu carro no estacionamento do shopping.

Rodolffo: Ok! Você venceu. Não tenho paciência para convencer uma mulher — ele diz sorrindo.

Carla: Obrigada por não insistir — ele aquiesceu.

Rodolffo: Cara... Esse Lorenzo saiu daqui acabado — ele fala.

Carla: Vamos esquecer isso. Ele foi embora para sempre.

Rodolffo: Ainda bem que te encontrei aqui. Estava no shopping e vi quando você desceu pela escada rolante, tentei alcançá-la, mas acabei enfrentando uma pequena fila para pagar o estacionamento e perdi você de vista. Quando cheguei aqui e vi aquele otário apertando o seu braço, fiquei nervoso. Carla... Minha vontade era de socar a cara dele, mas você disse que estava tudo certo... Na verdade, respeitei o seu pedido.

Carla: Obrigada, mais uma vez.

Rodolffo: De nada cunhadinha... Linda! Eu já te amo também — sorrimos. — Vamos? A Sofia está me esperando em um ponto de ônibus próximo daqui.

Carla: Bacana... Vocês estão juntos mesmo. Fico Feliz! Ela me pareceu ser uma boa menina — disse.

Rodolffo: Não confunda as coisas. Ela é apenas uma... — ele parou para pensar, me olhou e disse: — Eu ainda não sei o que nós dois somos — disse confuso.

Carla: Mas, você a apresentou como sua namorada no jantar da mãe do Arthur. Lembra?

Rodolffo: Sim, lembro! Mas a Tia Bia não entenderia se eu a apresentasse como uma "Temporada". Entendeu?

Carla: Não. Não entendi.

Rodolffo: Não esquenta a cabeça com isso. Siga-me os bons! — Ele consegue ultrapassar a infantilidade do "Peter Pan".

Entrei em meu carro e fui seguindo-o, quando entramos na via que beira a orla, ele parou o carro para a Sofia entrar. Voltei a segui-lo, sem necessidade, estou em perfeitas condições para fazer esse trajeto sem um carro me guiando. Que doideira! Meu celular vibra insistentemente. Quando paro no semáforo atendo sem olhar para o visor.

Carla: Oi.

Arthur: Loirinha... — Arthur!

Carla: Oi meu amor. Estou dirigindo, daqui a cinco minutos estou em casa — ele fica em silêncio escutando a minha voz.

Arthur: Dirigindo?

Carla: Sim, não se preocupe com isso. Rodolffo está fazendo a gentileza de me acompanhar.

Arthur: Estou te esperando — pensei que ele estivesse do outro lado da Barra da Tijuca, esperando o reboque para retirar o carro da avenida. Pensei...

Carla: Ok! Eu te amo — falo e desligo.

Quando cheguei próximo ao condomínio, ultrapassei o Camaro amarelo do Rodolffo e buzinei para ele agradecendo a "gentileza", mas ele continuou me seguindo. Desci até a garagem subterrânea e ele desceu logo em seguida. Segui até a minha vaga, aqui as vagas são numeradas e cada morador tem a sua, como eu e Arthur moramos na cobertura temos direito a três vagas. Uma das vagas fica o carro do Arthur, ao lado do carro dele fica o meu carro, e ao lado do meu carro fica uma moto que ele disse ser dele, mas nunca o vi pilotando. Nem quero ver! Não gosto de motos, deixam as pessoas vulneráveis demais.

Carla: Ué, tem um carro na minha vaga — abaixo o vidro do motorista para falar com o Rodolffo que parou ao lado do meu carro.

Rodolffo: Vou estacionar ali ao lado — Ele aponta na direção de uma vaga para visitantes.

Carla: Estacionaram na minha vaga — falo sem saber o que fazer. Ele sorrir e fala:

Rodolffo: Estranho... Você não sabe de quem é esse carro?

Carla: Não — olho para o carro... — Aquilo é um laço?

Rodolffo: Acho que sim — Rodolffo responde.

Olho de novo para o carro que só agora percebi ser do mesmo modelo do carro do Arthur que está estacionado ao lado, sendo que na cor branca. Volto à atenção para o Rodolffo que já está se desmanchando de tanto rir da minha cara. Não sei porque!

Carla: Rodolffo... — vejo Sofia sorrindo e se esgueirando para conseguir olhar para o carro. — Rodolffo? Você está rindo do quê?

Rodolffo: De você! Carla tu é lerda... Puta que pariu! — Ele só pode estar brincando comigo!

Carla: Vou dar uma volta aqui na garagem para tentar achar uma vaga para visitantes — disse para ele escutar, mas ele continua rindo de mim.

O elevador de serviço abre as portas e vejo Arthur saindo e vindo em nossa direção. Presta atenção na descrição: ele está de sandálias Havaianas com as cores do Brasil, short branco, sem camisa e os cabelos bagunçados. Vou proibi-lo de sair desse jeito!

Arthur: Amor... — Já chegou abrindo a porta do meu carro e destravando o cinto de segurança e desligando. Segurou minha mão e me ajudou a sair.

Quando pensei em falar sobre o carro estacionado na minha vaga, ele me abraçou com tanto carinho que eu esqueci até o que eu pretendia falar.

Arthur: O que você fez nos cabelos? Estão diferentes? — Ele percebeu. Sorrio.

Carla: Você gostou! — respondi ainda inspirando o cheiro de sua pele e acariciando os seus braços com músculos sutis e definidos.

Arthur: Estão lindos! — sorrio. — Saudade... De você — encostou os lábios nos meus e invadiu-me com sua língua deliciosa, gelada e com gostinho de uísque. Quando se afastou um pouco para me olhar, sorriu mostrando todos os dentes, um sorriso aberto e lindo que só ele sabe dar.

Carla: Meu príncipe! Eu te amo tanto, mas tanto que chega a doer — sussurrei ainda próximo aos seus lábios. Não aguentei segurar as lágrimas e chorei. Eu choro mesmo, sou emotiva, derretida, boba, sentimental. Tudo isso e mais um pouco.

Arthur: Não chora. Eu te amo! — falou me abraçando.

Rodolffo: Vamos parar com esse mela-cueca? — Olhamos juntos para o Rodolffo e Sofia. — Vou estacionar o carro — Ele disse e saiu com seu carro amarelo. Virei para o Arthur e disse:

Carla: Amor estacionaram em minha vaga — olhou-me ainda sorrindo e levantou uma das mãos e balançou um chaveiro com uma chave parecida com a do carro dele.

Arthur: Tira o carro — colocou a chave na minha mão.

Carla: Você quer que eu tire o seu carro? — perguntei ainda sem entender.

Arthur: Carla... Você está devagar hoje. Ainda não entendeu? — balancei a cabeça dizendo não. — Aquele carro ali, com aquele laço rosa ridículo — olhei para o carro, para o laço, para os lábios do Arthur que falava e gesticulava ao mesmo tempo. — Ele é seu!

Carla: Meu?

Arthur: É, meu amor. Lembra? Três filhos, uma casa com churrasqueira e piscina, dois cachorros e um carro igual ao meu.

Carla: Onde você esteve que eu não te encontrei antes? — perguntei com novas lágrimas nos olhos.

Arthur: Esperando por você — respondeu com sua voz rouca, já colando os lábios nos meus. — Esperando por você — repetiu e invadiu a minha boca com sua língua deliciosa.

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