Minha Tentação 🎯

Capítulo 43 :

Estaciono meu carro em frente à clínica, entro na recepção e avisto a Sofia, concentrada na tela do computador.

Arthur: Bom dia Sofia!

Sofia: Bom dia, Dr. Arthur, o senhor tem pacientes para daqui vinte minutos. E hoje às 15horas terá uma abdominoplastia. Já avisei o anestesista para não se atrasar.

Arthur: Sofia, eu já sei disso tudo — falo irritado.

Sofia: Desculpe Dr. Arthur! Mas, é minha obrigação avisá-lo. Lembra? — diz com um sorriso no rosto que só ela tem.

Arthur: Sim, lembro menina abusada. Fui um grosso com você. Desculpe! — retribuo o sorriso.

Sofia: Não desculpo! — fala ainda sorrindo. É uma bela ruiva, depois que fez a rinoplastia, ficou mais feliz e segura. Adora contar piadas e abala o coração de alguns pacientes.

Arthur: Tá bom! Estarei em meu consultório.

Entro no meu consultório, higienizo as mãos, visto o jaleco. Ligo meu Mac, sento na minha cadeira. Estou quase cometendo uma infame loucura, não sei se envio uma mensagem para ela ou ligo. Na verdade, durante o banho pensei em mandar flores, agradecendo a companhia, mas, logo depois disso, minha sanidade falou mais alto. Nunca enviei flores a uma mulher, a não ser para minha mãe e minha irmã quando teve o meu sobrinho. Mas, agora, sinto vontade de fazer tudo o que nunca fiz antes por uma mulher, precisamente para Carla.

Se Rodolffo soubesse dos meus pensamentos, riria da minha cara por tempo ilimitado. Se eu decidi fazê-la minha, terá que ser a partir de hoje. Pego o telefone e chamo no ramal da Sofia.

Arthur: Sofia?

Sofia: Oi, Dr. Arthur.

Arthur: Envie flores para Sra. Carla Diaz, Av. Lúcio Costa, Restaurante Leparrie. Mas, tem que ser agora!

Sofia: Dr. Arthur? Flores? O Senhor? O quê? Pra quem?

Arthur: Sofia, quantas perguntas. Envie as flores, rápido! Mas antes venha até aqui, para eu lhe entregar um bilhete para anexar ao cartão — ela escuta tudo em silêncio e depois solta uma gargalhada, não entendi. Mas, deixa isso pra lá. — Sofia? AGORA!

Sofia: Mas qual tipo de flores?

Arthur: Sei lá... Espera aí, sei lá não. Rosas rosa, com onze rosas. Foi à quantidade de orgasmos que dei a ela — pensei alto demais e acabei falando sem pensar.

Sofia: NOSSA! — Sofia falou quase em um grito.

Arthur: Desculpe, não era necessário dizer isso a você — desliguei sem que ela terminasse de falar.

Pego uma folha do meu bloco do receituário e começo a tentar escrever com minha melhor letra.

"Carla,

Passarei no seu apartamento às 21:00hs, Esteja pronta.

P.S.: Saudades da minha feiticeira insaciável.

A.P."

Termino de escrever e logo Sofia entra no consultório. Está com um sorriso bobo no rosto, não sei o porquê. Ela senta na cadeira de frente a mesa e fala:

Sofia: O Senhor deu Onze orgasmos a uma mulher? — pergunta se abanando com as mãos.

Arthur: Sofia, não me obrigue a ter que explicar esse assunto. Por favor! — Temos intimidade para conversarmos qualquer tipo de assunto. Na verdade, ela que conta as proezas dela. Sempre fui na minha, não tenho facilidade para expor detalhes da minha vida. Mas dessa vez, acabei falando. — Sim — disse sério, mas, ela está quase gargalhando.

Sofia: Dr. Arthur, você é um homem raro. Acredito que a felizarda que irá receber as flores, agradeceu aos orgasmos. SANTO DEUS! MULTIPLICA SENHOR, TRIPLICA, MANDA MAIS DESSES. Então, quer dizer que o Dr. Arthur Picoli vai enviar flores para uma senhorita — franzi o cenho para ela e disse:

Arthur: Toma esse bilhete. Anexe, ao cartão que irão com as rosas. O endereço está nesse outro papel. Agora, ande logo com isso. E, não faça mais perguntas.

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