Capítulo 100 :

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Ps: O carinha da foto é o Alex.

Meu celular toca. Olho no visor e vejo que é o Alex. Tive esperança que pudesse ser o Arthur. Ledo engano.

Carla: Alô.

Alex: Oi Carlinha. Estou aqui na portaria do seu condomínio. Autoriza a minha entrada, por favor.

Carla: Pode subir. Você tem acesso livre. Esqueceu?

Alex: Carlinha, tem uma ordem aqui, do seu namorado, para não autorizar a minha entrada e nem anunciado pelo interfone.

Carla: Vou ligar para a portaria e autorizar a sua entrada. Só um instante. — Arthur não dá ponto sem nó. Esse é o meu amor!

Alex: Tá bom, princesa. — Juliette se aproxima e pergunta com quem eu estava falando. Bisbilhoteira.

Carla: É o Alex. Espera aí, vou falar na portaria. — Toca três vezes até o porteiro atendê-lo. — Boa noite. Sou a Carla Diaz do 701 bloco 1. Autoriza o rapaz que está na guarita em um BMW branco, a entrar. Por favor! — É você Severino? — Não reconheci a sua voz — escuto o que ele diz. — Sim, Severino. Estou autorizando. Não proibi nada. Ele tem livre acesso nesse condomínio. Ah! O Sr. Arthur proibiu? Sei... Eu sou a moradora, não ele — falo tentando manter a calma.

Carla: Me diz quais são os nomes que ele proibiu até de serem anunciados pela portaria? — escuto tudo calada, o Severino está bastante argumentador, disse que não quer descumprir a promessa que fez ao Arthur. — Severino meu doce, diga os nomes. Lorenzo e Alex? — escuto tudo calada enquanto o porteiro Severino insiste em manter a ordem do Arthur. — Autoriza a entrada do Alex, Severino. Boa noite — ponho o interfone no gancho.

Juliette: Carlinha, que babado! O Arthur é dos meus. Adoro aquele gostoso com cara de mau. Ele proibiu a entrada do Alex e do Lorenzo? — fitei-a com um olhar mortal, se eu fosse uma mutante, certamente teria os mesmos poderes do "Scott" do desenho X-Man.

Carla: Cala essa boca Juliette. Pare de chamar o meu namorado de gostoso. Entre nós duas, a única que pode afirmar se ele é gostoso ou não, sou eu — falo irritadíssima com ela. Ela solta uma tsunami de risos e diz:

Juliette: Ai... Ai... Deixa eu sentar nesse sofá ridículo. Estou sem ar, você só me faz rir, Carlinha. Mas ele é gostoso? — Ela insiste no assunto. Melhor ignorar.

Carla: Não te interessa!

Juliette: Claro que me interessa. Vai fala!

Pensei em alguma coisa para falar e ela sossegar essa libido exorbitante, mas me fez lembrar de pequenos detalhes de nós dois nos amando. Foi instantâneo, caí no choro. Que merda!

Juliette: Amiga desculpe. Eu só queria fazer você sorrir. Ai meu Deus! Senta aqui do meu lado — sento-me e ela me abraça com força e fala: — Eu não faço à mínima ideia do que você sente por ele. Amor é um sentimento proibido no meu campo físico. E eu espero nunca sentir isso. Deus me livre sofrer desse jeito. Lágrimas eu derramo só por você e minha mãe. — Ela se afasta um pouco e limpa as minhas lágrimas. — Agora engole esse choro.

Carla: Tá Bom! — Somos surpreendidas pela campainha.

— Alex! — falamos juntas.

Carla: Vai ficar de fio dental? — perguntei.

Juliette: Ainda você perde o seu tempo me perguntando se vou ficar só de calcinha? Deixa que eu atendo a porta. Da fruta que eu gosto esse loiro gostoso chupa até o caroço — fala e sai para atender a porta. Não entendi nada do que disse. — Alex! — Ela abre a porta e dá um abraço nele. Alex olha para o corpo dela e a vira de costas para olhar a bunda exposta por um fio dental. Não ligo! Acostumei com a minha amiga pornográfica.

Alex: Como sempre... Perfeita! — Eles sorriram. Ela trancou a porta e o acompanhou até a sala.

Juliette: Da próxima vez que eu te encontrar naquele clube, pode ter certeza que você e o seu amiguinho não me escaparão.

O que? Estou boiando com o que ela disse a ele. Alex olhou para ela surpreso. Balançou a cabeça concordando, mas a sua expressão está atônita. Ele se aproxima e senta ao meu lado no sofá.

Alex: Você está bem? — pergunta e beija o topo da minha cabeça.

Carla: Sim, tirando a dor no meu peito e a dor de cabeça, está tudo bem — respondo.

Alex: Sei mais ou menos o que você está sentindo. Dói muito, mas os dias se passam e a dor se torna apenas um incômodo. Vai passar! — sorriu. Juliette e Alex trocam olhares cúmplices. Isso está me incomodando! Alex volta a falar: — Deixei o Lorenzo no endereço que ele me passou. Ele não fraturou o nariz, mas tomou uns pontinhos nele. Espero que você e o Arthur se acertem — escutá-lo dizer essa frase me causou uma confortável sensação de alegria, por saber que ele torce por mim e Arthur.

Carla: Ahh... Alex, meu amigo. Eu não sei, ele... — Minha voz falhou e as lágrimas surgiram de novo. — Ele não me quer mais — consegui concluir a frase.

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