Capítulo 174 :

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CARLA

Carla: Eu não acredito nisso! Agora você vai sair nesse "transformes" preto? Arthur, moto é um tipo de transporte muito suscetível a acidentes, ficamos vulneráveis demais. Será que não me entende? — eu praticamente disse gritando quando chegamos à garagem e ele sorriu mostrando todos os dentes. Sorriu para a moto!

Arthur: Já disse que sou prudente e sempre tive moto. Não fique estressada e preocupada. Você não pode se aborrecer. Esqueceu-se do nosso bebê?

Ele se aproxima e acaricia a minha barriga por cima do tecido fino do vestido. Beija os meus lábios com carinho e depois planta um beijo casto em minha testa. Recuou um pouco, colocou o capacete e a jaqueta de couro preto. Lindo demais! Parece até um homem de mentira.

Carla: Ok! Vou tentar me acalmar.

Arthur: Dirige devagar, o segurança já está esperando por você em frente ao condomínio. Ele vai seguindo o seu carro até a clínica — reviro os olhos em desaprovação a presença de uma montanha de músculos me seguindo por todos os lugares. — É para o seu bem, sua pirracenta. E agora temos a nossa sementinha — fez um carinho de novo no meu ventre com um sorriso doce nos lábios. Montou no monstro preto e acelerou fazendo um barulho ensurdecedor.

Carla: Doido! — grito.

Arthur: Por você feiticeira — saiu igual a um louco. Ele está rindo da cara do perigo! Balanço a cabeça e entro no meu carro.

Senti um aperto em meu peito e um arrepio percorreu todo o meu corpo. Estranho.

Segui em direção a clínica, irei fazer um exame de sangue, só para não nos restar dúvidas em relação ao que nós dois já sabemos. Estacionei o carro e logo vejo o Arthur me aguardando na entrada. O procedimento foi rápido, o resultado sairia dentro de uma hora. Aguardei dentro do consultório dele. Aproveitei o tempo livre e respondi as centenas de mensagens e e-mails referentes ao restaurante. Enviei uma mensagem coletiva para Alex, Juliette e Sofia, contando a novidade. Depois eles me bombardearam de mensagens, respondia sorrindo igual a uma besta feliz.

Quando terminei de responder todas as perguntas deles, resolvi ligar para a minha mãe. Dona Mara está completando sete meses de gestação e meu maninho está muito bem, quando contei a novidade, ela chorou e agradeceu a Deus. O Mateo precisou intervir e se desculpou por interromper a ligação, ela ficou muito emocionada e poderia não fazer muito bem ao bebê e a ela. Concordei e encerrei a ligação. Dentro de alguns dias eles três estarão aqui no Brasil para o meu casamento. Um filho e um irmãozinho!

Arthur: Positivo! — Arthur entrou no consultório com o resultado do exame. Girou a cadeira onde eu estava sentada e a parou de frente para ele. — Positivo meu amor, seremos pais. Estou feliz demais! Pode ter certeza, serei o melhor de mim para o nosso filho — sorrio olhando para seus olhos, que hoje estão mais expressivos e brilhantes que nunca. Nunca os vi brilhar tanto como agora. — Ligou para a sua ginecologista?

Carla: Liguei e marquei, mas só consegui para daqui alguns dias.

Arthur: Amor, ela é ginecologista obstetra?

Carla: Sim, vou fazer todo o pré-natal com ela. Ela é de confiança — ele assentiu e andou até a sua cadeira, sentou e olhou para o celular.

Arthur: Minha mãe liga toda hora — ele fala fazendo uma expressão de desgosto.

Carla: Atende Arthur.

Arthur: Não.

Carla: Quando vai deixar de ignorá-la? Não seja rancoroso meu amor.

Arthur: Não é rancor. É mágoa, só isso — ele fala olhando ainda para o visor.

Carla: Você não quer contar a ela que seremos pais? — Ele ficou mudo e desviou os olhos para a tela do notebook que ficava sobre a sua mesa. — Me dê este celular! — pedi curta e grossa.

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