Capítulo 27 :

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Arthur: Vamos? Vamos caminhando pela orla, moro mais à frente — Arthur disse.

Quando fui me despedir da Juliette, ela falou em meu ouvido:

Juliette: Amiga aproveita, esse homem é inédito. Nunca vi homem com essa cara de mau, ele deve até dar umas palmadinhas gostosas na hora de... Aiii que tudo miga! — Me esquivei para encerrar os comentários, pois sei que ficaria horas falando tudo o que achou do Arthur.

Rodolffo: Tchau Deusa do Sol. Espero você em minha festa — Rodolffo beijou minha mão se despedindo e olhou para o amigo, como se quisesse provocá-lo. Achei engraçada a maneira como se tratam. Arthur mais comedido e Rodolffo divertido. Adorei ele com esse jeitinho sacana e divertido, deve saber curtir a vida de verdade.

Carla: Tchau Rodolffo! Adorei conhecer você.

Arthur se despediu dos rapazes e da Juliette, apenas com um aceno, sem largar a minha mão. Saímos provavelmente em direção ao seu condomínio. Agora caiu a ficha, estava indo com um homem que conheço há poucos dias, para a sua cobertura, com intenção de transar até foder o meu juízo, segundo ele disse. Esses pensamentos começaram a me deixar nervosa.

Sempre gostei de sexo, muito, muito mesmo. Mas, estou insegura em relação ao que ele deverá achar de mim. Eu e Lorenzo éramos fogo e paixão entre quatro paredes, ele era insaciável, tudo que sei aprendi com ele, inclusive essa insaciabilidade. As poucas vezes que estive com Alex, ele sempre se assustara com a minha vontade por mais e mais. Não me negava fogo, mas, eu sempre lhe dava trabalho. Falando em Alex... Bateu um desconforto, preciso conversar com ele definitivamente e pôr um ponto final nessa amizade com benefícios que cultivamos por três anos. Ainda mais agora que ele disse que me ama, não quero magoá-lo de maneira alguma, ele sempre esteve ao meu lado quando precisei, não quero perder sua amizade nunca, pois é importante tanto para mim quanto para ele.

Arthur: O que houve? Está nervosa, sua mão está transpirando — Arthur fala com sua voz grossa que me traz a realidade.

Carla: Não... Quer dizer, não houve nada. — Minto, pois minha cabeça está um turbilhão. Mas, vou tentar relaxar, preciso de orgasmos múltiplos e infinitos hoje. Espero que a campainha não nos interrompa. Deus!

Arthur: Vamos atravessar aqui. Eu moro ali — ele aponta para um condomínio luxuoso de apartamentos com detalhes em mármore branco, mas, prevalecendo os vidros espelhados.

Atravessamos todo o condomínio de mãos dadas. Quando chegamos ao hall principal ele acionou o botão do elevador que já estava no térreo e que no mesmo instante abriu as portas. Assim que adentramos, ele pressionou o número de seu andar, que por sinal era o último, o elevador entrou em movimento. Arthur me fitou com um olhar diferente de quando entramos no condomínio. Seus olhos brilhavam, como um cristal transparente. Na realidade não sei nem definir que tom de estava, pois nunca vi esse tom. Poderia até nomeá-lo de "verde misturado com castanho". Sorrio dos meus pensamentos. Ele franze o cenho como se estivesse confuso, em relação ao meu sorriso impulsivo que saiu antes de pensar.

Arthur: Você está sorrindo do quê? — ele sorri ao fazer a pergunta.

Carla: Ah... De nada! — sorrio de novo.

Arthur: Sei... — ele disse. — Tudo bem, desde que não seja rindo de mim — sorriu lindamente, mostrando seus dentes brancos, além da perfeição.

Como esse homem é bonito. Pensei baixo, ainda bem.

Quando a porta do elevador abriu, saímos em direção a uma porta branca laqueada, com uma maçaneta enorme de aço cromado, muito bonita a porta, parece até casa de revista de decoração. Ele tem bom gosto.

Quando paramos em frente à porta, ele digitou um código no painel de led ao lado da porta, quase imperceptível. Escutei a porta destravar e logo um sinal sonoro como de um bip soou no ambiente. Quando entramos, fui surpreendida pela decoração luxuosa de sua cobertura. Paredes claras, no chão um porcelanato de muito bom gosto, logo que chegamos à sala avistei o estofado enorme de chaise preto encostado na parede, uma TV que pegava quase toda a parede. Uma mesa de madeira maciça em frente ao estofado, um tapete do estilo persa cor branco e quadros com pinturas a óleo em pontos estratégicos para serem apreciados. A cozinha era interligada a sala, tipo cozinha americana, mas, ela era perfeita, o balcão com tampo de granito preto e banquetas de aço cromado. Uma linda mesa de jantar de madeira maciça ficava bem próxima a cozinha, ao lado um aparador do mesmo estilo com uns objetos de arte exposto sobre ele.

Ele tem bom gosto, isso era visível.

Quando me recuperei do encantamento, senti suas mãos me puxando para si. Ele já estava excitado, quando me encostei a ele. Senti seu membro ereto ao extremo, cheguei a me assustar quando se encostou a minha barriga. Ele não disse nada, me pegou no colo como se eu fosse uma boneca de pano e seguiu em um corredor grande, acredito que em sentido a seu quarto.

Arthur: Agora você é minha. — Foi à frase que escutei. Já estava arfando com a respiração entrecortada, não tinha reação, na verdade não conseguia reagir. Eu sabia que ele faria o que quisesse comigo e eu permitiria, sem restrições.

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