Capítulo 193 :

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De acordo com os resultados de alguns exames, os médicos autorizaram a transferência do Rodolffo. A transferência aconteceu no dia seguinte e foi tudo muito rápido, quando dei por mim, já haviam se passado alguns dias desde que ele acordou do coma.

Passo todas as manhãs com ele e à noite venho até o hospital apenas para certificar-me se ele está bem. Abro a porta do quarto hospitalar devagar para não assustá-lo. Fecho-a sem fazer barulho.

Rodolffo: Mano... Você demorou muito — olhou na minha direção e se ajeitou no travesseiro reclamando sobre a minha demora.

Arthur: Cara eu vim o mais rápido que pude.

Rodolffo: Trouxe o iPod da Sofia? — perguntou ansioso.

Arthur: Trouxe. Segura aí! — joguei na direção dele.

Rodolffo: Falou com a Sofia? Disse a ela tudo o que te pedi?

Arthur: Falei cara, relaxa! Você está muito ansioso. Nem parece que acordou há quatro dias.

Rodolffo: Mano, eu quero sair logo dessa cama. Quero ir para o meu apartamento. Não aguento mais esse lugar.

Arthur: Você ficou em um lugar muito pior do que esse e não reclamou.

Rodolffo: Eu não reclamei... Porra! Arthur eu estava em coma. Como poderia reclamar?

Arthur: Sei lá... Talvez por telepatia.

Rodolffo: Só se fosse telepatia com a sua mulher e dentro do banheiro — esse é o Rodolffo. — Cadê as cartas que ela escreveu quando eu estava desacordado?

Arthur: Joguei fora. Eu não sabia que você ia querer lê-las — estou provocando ele. Só por estar impossibilitado, acha que manda em todo mundo. Moleque aproveitador.

Rodolffo: Tia Bia é uma santa, mas você é um filho da puta! Seu... Porra... Por que jogou as cartas fora? Sacanagem isso...

Arthur: Vai chorar Rô? — Usei o apelido que a Sofia o apelidou. — Fala sério, você vai chorar mesmo? Não acredito nisso! — peguei o meu iPhone no bolso da calça e abri o aplicativo para fotografar. — Cara você tem que entender — ele olhou fixamente na minha direção, aproveitei e o fotografei.

Rodolffo: Filho da puta! Quando eu sair dessa cama com mais agilidade vou acabar com você.

Arthur: Vai porra nenhuma — parei próximo a ele, inclinei-me para mostrá-lo a foto. — Olha só um babaca chorando... Vou enviar para a Sofia — falei e saí de perto dele, que no mesmo instante sentou-se na cama.

Rodolffo: Não faz isso Arthur.

Arthur: Já fiz... Já era! Segure... — retirei de dentro do meu blazer o envelope com as cartas que a Sofia escreveu para ele quando estava em coma. Sorriu. Pegou o envelope, colocou os fones no ouvido, selecionou algumas músicas, olhou-me com cenho franzido e falou:

Rodolffo: Vai ficar aqui?

Arthur: Acho que sim, não é?! Até que provem ao contrário, eu sou o seu acompanhante.

Rodolffo: Quero privacidade, Arthur.

Arthur: Você está em um hospital, não em um hotel.

Rodolffo: Quero ler sozinho. — Acariciei os cabelos dele que estava mais curto e cheio de falhas por causa da cirurgia.

Arthur: Estou brincando. Vou descer e comer alguma coisa, daqui a pouco eu volto.

Rodolffo: Valeu... Eu também te amo. — Olhei pra ele e fiz careta. E ele mostrou o dedo do meio.

Rodolffo esta de volta!

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