Capítulo 48 :

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O relógio parece estar de mal comigo, o dia se arrasta, a hora não passa. Sigo para o salão, que está lotado de clientes. Graças a Deus!

Marcelo: Carla?

Carla: Oi Marcelo.

Marcelo: Tem um grupo de atores, que gostaria de serem fotografados ao seu lado e do Alex.

Carla: Já estou indo.

Criamos até um Instagram para o Leparrie. A maioria dos clientes gostam de fotografar os pratos e marcar o restaurante. Foi uma ideia fantástica! A propaganda acaba sendo feita pelos próprios clientes, já virou até brincadeira. As sobremesas que são a especialidade do Alex levam o nome de clientes ou até mesmo artistas. Até eu tenho uma sobremesa só minha, Morango Carla. Coisa de Alex! Ouço batidas na porta.

Carla: Oi! Pode entrar.

Felipe: Sou eu, Carla — diz Felipe.

Carla: Oi querido, sente-se — ele está todo envergonhado de estar em meu escritório. — Aceita uma água, suco, chá, refrigerante?

Felipe: Não. Obrigada!

Carla: Então, vamos direto ao assunto: Estamos precisando de um motoboy para fazer entregas na parte do dia. O que você acha em ocupar o cargo?

Felipe: Carla... Estou sem palavras para descrever a felicidade... Minha vida está tomando um rumo. Eu aceito.

Carla: Quanto ao salário, benefícios, horários o Marcelo passará tudo para você. Amanhã não esqueça a documentação. Principalmente sua habilitação, pois você retirará a moto amanhã — ele sempre comentou que estava juntando uma grana para comprar uma moto, por isso sei que tem habilitação.

Felipe: Nossa! Que felicidade. Obrigada!

Renata abre a porta silenciosamente e fala:

Renata: Boa tarde, posso entrar?

Carla: Claro! — Tive uma ideia. Quando Renata entra e fecha a porta, ela avista o Felipe e acaba fazendo uma cara de nojo.

Felipe: E... A Patricinha está de máscara para participar de The Walking Dead. — Felipe implica com ela. — Quem te deu um soco na cara? — ele pergunta interessado no assunto.

Renata: Cala a boca, seu desdentado! Vai manobrar os carros, vai.

Carla: Renata e Felipe, me respeitem. O que significa essa troca de gentilezas? — Eufemismo puro da minha parte.

Renata: Ele não aceitou o NÃO que levou, quando pediu para ficar comigo. Deus me livre de beijar esse troço! — Felipe olha para ela com o olhar triste. Não gostei disso! Ela está humilhando ele.

Felipe: Que dia? Que dia foi esse que não lembro, Lady Gaga da Rocinha? Quer dizer, Valesca Popozuda depois do atropelamento — ele rebate suas ofensas, com mais ofensas. Aí tem!

Renata: Cala a boca, banguela! — Ele solta um grunhido triste e fica quieto.

Carla: Renata para de julgar as pessoas pela aparência. O Felipe é um rapaz excelente com um coração terno. Só não teve as oportunidades certas — falo.

Felipe: Carlinha, eu não me importo com o que essa louca fala — diz ignorando os olhares da Renatinha.

Renata: Vai colocar uma dentadura seu ridículo, antes de falar comigo — pegou pesado.

Carla: Renata! O que isso? — repreendo-a.

Renata: Desculpe chefinha.

Carla: Quietos os dois! Chega de trocar ofensas — eles ficaram em silêncio e encararam o chão. Resolvi começar a falar: — Felipe, a Renata precisa alugar um lugar para morar, e como você me contou que alugou uma quitinete, pensei que de repente poderia haver mais para serem alugadas — Felipe levanta uma sobrancelha como se estivesse com dúvidas. Ele tira o celular do bolso de seu bermudão azul esfarrapado.

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