Capítulo 75 :

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Bonus+

Felipe: Se isso foi um elogio, muito obrigado — ele sorri e suas covinhas sobressaem ainda mais.

Juliette: Elogio? Isso foi veneração gato! Estou lhe venerando. Você está perfeito — ele está ficando corado com os elogios explicitamente diretos da Juliette.

Felipe: Carlinha, estou indo ao banco para pagar algumas contas que o Alex pediu. Você tem alguma para pagar? — Desde quando ele começou a trabalhar aqui, vem se mostrando interessado e prestativo. É o seu primeiro emprego de carteira assinada e ele está valorizando todas as oportunidades. Quando não está fazendo entregas, ele quebra nosso galho.

Carla: Não meu querido. São somente essas que o Alex lhe deu mesmo.

Felipe: Tá bom! Tchau meninas — quando ele segurou a maçaneta para abrir a porta a Juliette levantou num pulo da cadeira e chamou-o.

Juliette: Felipe!

Felipe: Meu nome! — Engraçadinho. Lá vem bomba!

Juliette: Você está de moto? Preciso de uma carona até o banco? Preciso pagar umas contas também.

Felipe: Se você quiser posso pagar para você. Sem problemas.

Juliette: Não, sabe o que é? Eu quero ir com você.

Felipe: Eu preciso ver se tem algum capacete sobrando no estoque.

Juliette: Aqui... Vamos em meu carro. Está calor e, meu carro tem um ar condicionado potente, funciona que é uma beleza.

Ele está meio perdido escutando a minha amiga louca falar. Fitou-me como se estivesse pedindo permissão. Eu aquiesci concordando e sem falar mais nada, ele ofereceu o braço para a Juliette. Ela ficou toda eufórica, nem se despediu de mim. Enroscou-se no braço dele e meteu o pé.

Tenho quase certeza que ela acabou de encontrar o "bofe" para acompanhá-la. O que ela veio fazer mesmo aqui? Acho que veio me ver, mas... O gatinho do Felipe apareceu e: Wolll!!! Espero que ela não o magoe.

Enquanto respondo alguns e-mails e ao mesmo tempo atendo ligações de fornecedores e alguns clientes, meu celular vibra em cima da mesa. Pego e olho a tela...

Número desconhecido. Detesto isso, ligam para o celular dos outros no modo desconhecido. Atendo.

Carla: Alô.

Xxx: Carla Diaz?

Carla: Sim. Quem fala?

Xxx: Rafaela Campelo.

Carla: Oi. Não estou lembrada de você, desculpe.

Rafaela: Mas é claro que não, consegui o número do seu celular quase agora. Vou lhe dar uma dica: você deveria ensinar os seus funcionários a não repassar o seu número para estranhos. O mundo está perigoso e cheio de loucos soltos por aí — escuto tudo calada e sem entender o que essa pessoa que não conheço diz ao telefone.

Carla: Você quer falar comigo?

Rafaela: É claro, se eu liguei para a merda do seu celular. — Hum... O que ela quer?

Carla: Seja breve, por favor. Pois estou atarefada.

Rafaela: Imagino o quanto você está atarefada — ela solta uma risada estridente igual à de uma bruxa. Credo! Mulher desequilibrada. — Você é faxineira? Desculpe cozinheira? — Agora para mim já deu. Que mulher louca.

Carla: Se essa informação é importante para você, sim sou Gastrônoma.

Rafaela: Querida, faxineira, cozinheira, gastronômica, — não sabe nem falar. — Para mim é tudo igual. São todas subprofissões, subempregos de um submundo que não é o mesmo que o meu.

Minha Tentação 🎯Onde histórias criam vida. Descubra agora