Capítulo 108:

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CARLA

Chego no Consultório cinco minutos atrasada, mas consigo ser atendida por ele. Sua descontração contribui para o meu relaxamento, todas as palavras minuciosamente escolhidas por ele para me mostrar que a vida não é sempre como desejamos, me trazem segurança e me fortalecem.

Desde o meu retorno às terapias, passei a compreender um pouco mais sobre a morte e abandono. Conversamos sobre os últimos acontecimentos da minha movimentada vida. Saí do consultório dele e fui até o "Shopping Rio Design Barra", onde fica o salão que costumo frequentar. Fiz tudo o que tinha direito: depilação, esfoliação no corpo inteiro, hidratação com sais minerais, unhas, sobrancelhas. Por fim, decidi fazer uma hidratação nos cabelos e finalizei com uma escova modelada.

Passeei no shopping com paciência, vidrada nas vitrines, estou à caça de alguma roupa legal para vestir hoje à noite.

Carla: Nossa! Preciso daquele vestido — falei sozinha. Entrei na loja e pedi à vendedora que trouxesse o meu tamanho. Assim que vesti fiquei apaixonada.

Xxx: Ficou Lindo! — A vendedora simpática falou.

Carla: Obrigada! — falei toda animada.

Xxx: A beleza ajuda muito — ela disse sorrindo.

O vestido é perfeito! Todo rendado com um tipo de renda espessa com detalhes dourados. Não é curto, mas é bem provocante, o busto é sustentado por apenas uma alça transpassada na diagonal. Uma obra de arte! Não precisarei nem usar sutiã.

Acabei levando mais quatro vestidos e três macaquinhos de seda, bem fresquinhos. Cheguei ao meu apartamento por volta das 20h, liguei o meu celular e fui bombardeada por mensagens da Juliette, Alex e o do...

Arthur? Meu coração chegou a contrair quando li o nome dele. Sentei em uma das cadeiras da minha pequena mesa de jantar e comecei a ler as mensagens.

" Amiga estou chegando no seu apartamento para me arrumar junto com você. Estou levando o Felipe." — Ju

"Carlinha, liga o telefone. Estou preocupado com você." — Alex

" Pare de me enviar mensagens repetidas, já encheu o saco!" — Arthur

Carla: Idiota! Vou enviar mensagens até quando eu quiser — falo sozinha de novo.

Argh! Estou literalmente ficando a cada instante mais louca. Quando começo a digitar uma resposta malcriada a campainha toca insistentemente. Corro até a porta e olho no olho mágico. Juliette e o anjo do Felipe. Abro a porta e sou quase derrubada pela minha amiga alta e espevitada.

Carla: Oie! — digo enquanto seguro a louca praticamente no colo. Ela me larga de vez e fala:

Juliette: Olha quem eu trouxe para nos ajudar a escolher nossos looks — ela fala com uma voz estranhamente diferente e animada. Eu hein?! Parece que está tentando outro timbre de voz, mas acabou saindo meio infantil.

Carla: Entre! — Dei passagem a eles. O Felipe está todo envergonhado.

Felipe: Boa noite Carlinha — ele beija meu rosto.

Carla: Oi Felipe. Tudo bom? — Hoje não esbarrei com ele no restaurante, não saí de dentro do escritório.

Felipe: Tudo! Bonito apartamento.

Carla: Pode sentar no sofá ou onde você quiser — disse sorrindo. Sentou-se no sofá e disse:

Felipe: A Juliette me obrigou a acompanhá-la nessa tal festa de bacana. Não sei se estou vestido de acordo com vocês — aponta para as roupas e sorrir.

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