Capítulo 139 :

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Levantei do sofá, me desvencilhei de sua mão possessiva e caminhei procurando um banheiro. Inferno de cobertura grande!

Quando uma senhora vestida com um uniforme engraçado passou ao meu lado, perguntei a ela onde ficava o banheiro. Explicou-me onde ficava e apontou para outro corredor.

Carla: Obrigada — agradeci e segui por um corredor em sentido oposto ao outro. Abri a primeira porta que avistei. — Até que enfim, achei você banheiro.

Retirei o meu celular e sentei sobre o vaso sanitário. Lembrei que estou sem calcinha só agora. Preciso de papel. Achei!

Olho a tela do meu celular e vejo que tenho mensagens. Mensagens de um número com o código diferente. Eu conheço esse código, respirei fundo antes de abrir as mensagens.

"Carla, eu preciso te ver. Por favor, vem até o meu apart hotel. Precisamos conversar a sós, sem esse idiota que você disse ser o seu namorado. Eu te amo." - L.B

"Não me ignora. Depois de sete anos te procurando nesse país inteiro, a única coisa que mereço é um tempo a sós com você." - L.B

Onde ele conseguiu o meu número? Se bem que, para um desesperado como ele, conseguir meu número não é nada diante de toda essa loucura. Meu celular vibra, atendo no impulso e não verifico o número.

Carla: Alô.

Lorenzo: Por que está me ignorando desse jeito? — Lorenzo fala do outro lado da linha.

Carla: Lorenzo, não me ligue mais. Por favor!

Lorenzo: Por... Quê? Eu quero você Carla... — ele fala em francês, mas a sua voz está arrastada. Ele está embriagado.

Carla: Lorenzo, não existe possibilidades de reatarmos — converso com ele em francês, pois ele está bêbado. Se sóbrio ele não entende português, imagine nesse estado.

Lorenzo: Não. Eu te quero de volta. Se não for assim, prefiro morrer. Eu não quero seguir essa vida sem você.

Carla: Eu amo outro e vou me casar. Tenta entender isso. Refaz a sua vida, pois eu refiz a minha.

Lorenzo: Se ele não existisse você voltaria para mim?

Arthur: Carla, abra a porta. — Arthur!

Levantei do vaso na velocidade da luz, desliguei o telefone sem ao menos despedir e ainda por cima estou mais nervosa do que no dia em que fui fazer o exame de direção. Minhas mãos trêmulas me traíram e meu iPhone caiu com tudo no chão frio do banheiro.

Arthur: Carla, você está bem? — Não querido, eu não estou nada bem. Idiota!

Trata-me com indiferença sem eu ter feito nada, ainda tem a cara de pau de perguntar se estou bem. Olhei minha imagem refletida no imenso espelho iluminado por luminárias antigas, mas ao mesmo tempo charmosas. Lavei as mãos e mexi em meus cabelos.

Arthur: Se você não abrir, eu irei abrir. — Idiota!

Girei a chave e destravei a maçaneta.

Arthur: Estava falando no telefone? — Perguntou desconfiado.

Se for para ser indiferente, consigo ser pior. Passei por ele e segui pelo corredor sem olhá-lo. Olhei para o meu celular e...

Carla: Mil vezes droga! — A tela espatifou-se toda.

Arthur: Carla Diaz, eu te fiz uma pergunta.

Carla: Hã? Fez? Desculpe Arthur, não escutei. Pode repetir? — Ele alcançou e segurou minha mão, entrelaçou os nossos dedos e disse:

Arthur: Você falava com quem no telefone? — Olhei para o meu celular, com a tela espatifada, desligado em minha mão e resolvi deixar isso pra lá. Chega de desentendimento.

Carla: Estava falando sozinha! Xingando as minhas mãos, por deixarem o meu celular se suicidar — mostrei a ele o celular danificado e desligado e, o guardei em minha carteira de mão.

Arthur: Trincou a tela toda. Amanhã eu compro um novo para você — ignorei o que ele disse. Sentei novamente ao lado de Sofia e ela logo se animou ao me ver.

Sofia: Vamos comer alguma coisa? Estou morrendo de fome! Eles só servem espumante e uísque. Quem se alimenta apenas com álcool?

Carla: Sei lá! Vamos? — eu disse.

Deixei mais uma vez o idiota do meu noivo sozinho e com cara de poucos amigos. Saí com o meu melhor sorriso no rosto, arrastando um quarteirão de olhares admirados por onde passei. Na verdade metade foi para a Sofia. A ruiva é linda! Mas tem para todos os gostos...

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