Capítulo 176 :

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Carla: Amiga espero que vocês dois se acertem.

Juliette: Eu quero proporcionar a ele tudo que nunca teve, quero dar oportunidades para ele conhecer o melhor da vida — ela para de falar e escuto um suspiro. — Quero namorar, casar, ser feliz somente ao lado dele.

Carla: Nossa, fiquei emocionada Ju.

Juliette: Estou sendo sincera. Eu quero aquele homem com aura de anjo para mim.

Conversamos mais um pouco, ela me contou alguns episódios engraçados de suas aventuras para reconquistar o Felipe, e mesmo não sendo o melhor momento, eu gargalhei diversas vezes enquanto ela me explicava às situações detalhadamente. Encerrei a ligação e encarei a Sofia.

Sofia: Ela e aquele gatinho loiro ainda não voltaram? — Sofia perguntou-me com um sorriso perverso no rosto.

Carla: Não — respondi.

Sofia: Que pena! Dê os meus pêsames a ela.

Carla: Sofia, a Ju é uma mulher incrível. Vocês duas poderiam tentar se conhecerem melhor, já que sou amiga das duas. O que você acha?

Sofia: Sem chances, Carlinha! Não tente me convencer, tenho os meus motivos — assenti e ela mudou o foco do assunto. — Parabéns pelo bebê! Desculpe mais estou com a mente presa em um livro sobre direitos do consumidor e acabei me esquecendo dessa notícia maravilhosa. O Arthur deve estar radiante, não é? — ela fala e abaixa os óculos escuros, e apoia sobre o nariz para nos olharmos enquanto conversamos.

Carla: Obrigada Sofia. Eu e o Arthur estamos radiantes — bufei ao lembrar-se de tudo o que a Vivi me contou sobre o Rodolffo. Independente de estarmos felizes ou não, o Arthur ficará sabendo hoje tudo sobre o amigo. — Sofia — aliso os meus cabelos e fito os seus olhos verdes musgos. — Hoje à noite contarei ao Arthur tudo que você me disse sobre o Rodolffo — ela arregala os olhos que no mesmo instante enchem de lágrimas.

Sofia: Carla... Ele precisa de ajuda. Mesmo não estando mais ao lado dele, desejo sinceramente que se cure desse vício maldito. Por que ele não usa eventualmente, ele é reincidente neste assunto. Quando o peguei fazendo uso desse troço, foi muito estranho a sensação que eu tive ao olhá-lo. Ele estava extasiado, totalmente imerso naquele momento. Tanto que eu me aproximei e ele apenas sorriu, parecia estar em outra dimensão. Deixei-o sozinho e me tranquei em um dos quartos da cobertura dele. Quando acordei, já de manhã, ele estava ao meu lado e me implorou para que eu não dissesse nada ao Arthur e a você. Por isso mesmo não me oponho, espero que o Arthur o ajude — termina de falar, pisca os olhos para afastar algumas lágrimas e levanta os óculos. — Eu disse a ele que não continuaria com o nosso "rolo" se ele continuasse fazendo isso, mas ele me jurou que aquela cena que eu presenciei seria a última — secou as lágrimas sob os óculos e sorriu.

Carla: O Arthur não merece isso, e o Rodolffo precisa de ajuda urgente. A Vivi me alertou e pediu entre lágrimas para contar tudo ao Arthur.

Sofia: Sei... Eu a conheci outro dia. Um doce de senhora — Sofia fala. — Concordo com você Carla.

Carla: Você gosta dele ainda?

Sofia: Muito, mas isso vai passar. Estar com ele é o mesmo do que estar carregando uma bomba. A bagagem dele é pesada e eu não estou pronta para carregá-lo, tenho meus objetivos e não incluem homens complicados — ela dá um sorriso triste e continua: — Aquele filho da puta... Não bastava ser um cretino cafajeste... Ainda tinha que ser gostoso daquele jeito? — sorrimos. Resolvi mudar de assunto.

Ficamos ali estiradas na areia sob o guarda-sol, conversando sobre amenidades, principalmente sobre o meu casamento enquanto ríamos de tudo e todos.

Carla: Vamos almoçar lá em casa?

Sofia: Vamos — ela respondeu e sorriu.

Carla: Sofia? — Uma sombra enorme nos cobriu. Encarei um par de pernas bem definidas, subi só mais um pouquinho... Deus! Olhei para a Sofia procurando explicações sobre o porquê aquilo estava na nossa frente.

Sofia: Caio... Quanto tempo — ela fala surpresa.

Elevei um pouco mais a minha cabeça para encarar o tal... Caio. Ora, Ora temos um bombeiro salva-vidas. Olhei de volta para a Sofia que me olhou e sorriu. Levantamos e tratei logo de me enrolar na minha canga cheia de areia. Sofia ficou super à vontade com o seu micro biquíni rosa choque de bolinhas brancas, seus seios fartos de pele branca contrastavam com o tecido do biquíni.

Caio: Quanto tempo Sofia! — ela sorriu para ele, e com apenas uma mão, que por sinal era enorme e a puxou para os seus braços que são mais grossos que as minhas coxas. — Você mudou muito. Não sei o que exatamente, mas está muito diferente — disse sorrindo mostrado todos os dentes brancos e perfeitos, protegidos por lábios carnudos e rosados.

Sofia: O que você está fazendo aqui na praia da Barra? — Sofia perguntou. Percebi quando ela alisou o bíceps do braço direito do bombeiro.

Caio: Sou salva-vidas desse posto — ele aponta para o posto.

Sofia: Legal! Fico feliz por você Caio — ele olha da Sofia para a minha direção.

Caio: Prazer Caio — estendeu a mão e eu o cumprimentei.

Carla: Eu sou a Carla, muito prazer.

Xxx: Algum problema aí? — De onde o montanha surgiu? E, pior vestido desse jeito. Vou obrigar o Arthur a dispensar o segurança.

Carla: Não existe nenhum problema aqui — falo olhando para ele. Ele olha para o Caio acena e fala:

Xxx: Qualquer coisa estarei ali — aponta para um quiosque no calçadão.

Fala sério! Ele saiu caminhando sobre a areia de sapato social e terno. Coitado! Olhei para a Sofia e para o seu amigo Bombeiro. Sorrio para os dois.

Caio: Artista? — perguntou-me sorrindo.

Carla: Não... Noivo ciumento e preocupado — ele sorriu e balançou a cabeça, encarou a Sofia e segurou a mão dela.

Caio: Posso deixar o número do meu celular? — perguntou com um sorriso casto nos lábios, mas os seus olhos castanhos brilharam ao encará-la.

Sofia: Cla... Claro! — ela abaixou até a canga estirada sobre a areia e pegou o celular. Ela salvou os números e redes sociais dele em seu celular.

Caio: Promete que vai me ligar?

Sofia: Sim... Prometo — Sofia respondeu. Sua voz tomou um tom infantil, quase tive uma síncope de ri horrores, mas me contive.

Caio: Tchau Carla. Beijou a minha mão e depois sorriu. Educado e bonito! — Tchau moranguinha — ele disse baixo ao abraçar a Sofia, usando apenas uma sunga vermelha. Sua pele era dourada e seus cabelos negros, curtos e arrepiados lhe davam uma expressão de menino levado.

Moranguinha? Franzi o cenho e encarei os dois ainda abraçados. Ele retirou o telefone que estava preso na lateral da sunga, virou um pouco para o lado procurando sombra para enxergar o visor. Com esse movimento eu pude ver uma tatuagem enorme em sua cintura de uma sereia com seios fartos e longos cabelos vermelhos. Seria a Sofia? Olhei de rabo de olho, ela me fitou e deu um sorriso contido.

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