Capítulo 128 :

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Estávamos exaustos e acabamos dormindo abraçados, eu com o rosto enterrado em seus cabelos e ela toda esparramada, pernas enroscadas nas minhas, as mãos e nariz enterrados em meu peito. Dormirmos o resto da tarde inteira.

Despertei do sono quando já era noite. Tomei um banho e vesti minhas roupas. Fui até a cozinha e bebi um suco de goiaba perdido na geladeira. Deixei a cozinha e sentei no sofá, olhei para o meu celular e vi que realmente a Rafaela, tinha me enviado um vídeo, como ela havia ameaçado hoje mais cedo.

Abri o arquivo e logo apareceu e o áudio me assustou, diminuí o volume e prestei atenção. Rafaela aparecia sendo fodida por um homem que vestia a mesma camisa do que eu quando estive na casa dela. De repente ela grita o meu nome no áudio e eu entendo o que ela está fazendo.

Rafaela: Mete Arthur Picoli, come com força — Rafaela grita no vídeo.

Credo. Que bizarro! Mulher louca. O que leva uma pessoa a se rebaixar a esse ponto? A intenção dela é me desestabilizar, atingindo diretamente a minha relação com a Carla. Tenho pena dela, realmente é uma pobre coitada digna de pena.

Antes que a Carla assista a essa loucura, terei que explicar a ela toda essa loucura. Essa doente já deve ter enviado o vídeo para o celular da Carla. Preciso achar o celular da Carla! Vejo a bolsa dela em cima da mesa, pego e vejo mesmo com a tela bloqueada, que ela recebeu uma mensagem. Droga! Droga! Qual é a senha numérica para desbloquear?

Entrei no quarto e sentei na cama devagar, olhei para ela que dormia tranquilamente de bruços. A imensidão de cabelos espalhados sobre o travesseiro escondia o rosto dela.

Arthur: Carla... Amor... Acorda! — deslizei a minha mão nas costas dela até chegar ao meu paraíso, seu bumbum redondo, carnudo e empinado. Apertei e acariciei. — Delícia... Acorda — afastei os cabelos dela do seu rosto — abriu os olhos e me encarou ainda perdida, mas logo em seguida sorriu, piscou os olhos repetidamente, cacoete mais lindo que já vi.

Carla: É madrugada? — perguntou sentando na cama e espreguiçando-se completamente nua.

Difícil formular qualquer pensamento coerente, quando tenho de frente para mim seios deliciosos. Carlaa... Fiquei com água na boca. Encostei os nossos lábios para ela sentir o quanto salivei por ela. Fechou os olhos e gemeu em meus lábios:

Carla: Arrrr... Seu gosto é delicioso. Gostinho de menta misturado com goiaba — disse com a voz ainda rouca por causa do sono.

Arthur: Loirinha, minha loirinha. Só minha.

Carla: Só sua. Toda sua.

Arthur: Vamos para casa? — disse, intercalando beijos entre o pescoço e o rosto dela.

Carla: Vamos. Preciso terminar de arrumar as malas e pegar as roupas que estão jogadas no chão.

Arthur: Eu ajudo você com isso.

Carla: Tomou banho, está fresquinho e gostoso — bagunçou os meus cabelos, que ainda estava molhado.

Arthur: Pois é. Depois do que fizemos precisei de um banho. É muita pressão amor!

Carla: Trouxe o meu celular para eu poder ver? — Ela disse apontando para o celular entre as minhas pernas.

Arthur: Amor... É — cocei a sobrancelha direita e respirei fundo, antes de falar. — Então... É... A Rafaela enviou um vídeo para o meu celular e disse que enviaria para o seu celular também. Carla, aquela louca está me perseguindo sem pausa, envia mensagens, liga insistentemente, me procura na clínica. Ela está infernizando o meu juízo! — olho para ela e observo atento à sua reação.

Franzo o cenho quando o biquinho toma forma lentamente. Ela ficou enfurecida!

Carla: Como assim? Você fala com ela e a recebe na clínica?

Arthur: Não! Ela está correndo atrás do prejuízo. Lembra de toda a história que te contei? — ela aquiesce e pisca os olhos. — Ela quer vingar a derrota do pai. Então, as atitudes dela extrapolam o limite.

Carla: Arthur, chega de enrolar, fale logo o que está acontecendo.

Arthur: Amor, eu não sei o que ela quer comigo. Estou sendo sincero. Ela liga e envia mensagens sem nexo, sempre pedindo para me encontrar. As últimas mensagens, ela pediu para encontrá-la, se eu não a encontrasse, ameaçou dizendo que enviaria um novo vídeo para o seu celular.

Carla: Como assim, tem mais vídeos? — perguntou-me decepcionada.

Arthur: Você confia em mim? — Minha voz saiu falhada. Ela fitou-me e ficou em silêncio.

Carla: Você confia mim? — Me devolveu a pergunta apontando o dedo em minha direção.

Foi a minha vez de manter-me em silêncio. Confesso que meu maior pesadelo é ela me abandonar e voltar para o Lorenzo, ainda mais depois de saber que ele ainda mexe com ela. Eu sei que ela me ama, mas o que eles dois tiveram foi muito forte, e eu tenho um medo enorme, só de pensar me causa desespero. Eu tenho que fazê-la acreditar em nós dois, eu tenho que acreditar em nós dois.

Arthur: Confio. Confio em nosso amor.

Carla: Eu confio em você, independente do conteúdo desse maldito vídeo.

Ela para e fecha os olhos com força. Balança a cabeça negando talvez algumas suposições, ou até mesmo a sua própria consciência alertando-a. Abre os olhos novamente e se aproxima um pouco mais.

Carla: Você é meu noivo. Eu preciso confiar em você, mas só te peço que nunca mais me esconda nada e jamais minta para mim. Arthur quando eu amo, eu amo muito. Então, te imploro para que nunca você me decepcione Ou... Expulse-me de sua vida. Por que mesmo se fizer isso... Eu continuarei te amando e me deteriorando esperando por você. É difícil, mas eu só consigo amar desta forma, infelizmente. Eu gostaria muito ser menos vulnerável, aceitar o fim de um jeito pacífico, mas eu não consigo — ela respira ruidosamente E faz um coque nos cabelos. Parou, e continuou encarando-me.

Arthur: Carla, eu nunca vou te expulsar da minha vida. Eu te amo, meu amor. Nem todos os homens são iguais, eu jamais deixaria você se deteriorar.

Carla: Arthur, eu não quero assistir outro vídeo daquele. Não me deixa assistir! O que os olhos não veem o coração não sente. Eu não quero sentir. Eu confio em você — fiquei perplexo com o que ela pediu.

Arthur: Minha vida. Você é a minha vida. Eu não vou deixar você assistir o vídeo. Não é por que eu quero te fazer de boba, eu só quero te proteger. Não quero vê-la sofrer. Mas... Eu preciso pelo menos dizer a você do que se trata esse vídeo.

Carla: Não. Eu não quero saber. Eu não quero! — Ela tapa os ouvidos e balança a cabeça.

Arthur: Carla... No vídeo a Rafaela está transando com um homem e ele está com a uma camisa parecida com a que eu usava da última vez que estive na casa dela. Ela armou essa encenação para fazer você acreditar que sou eu que estou transando com ela. Inclusive, ela até grita o meu nome. Chega a ser bizarro! Eu tenho certeza, que ela enviou para você também. Amor, não sou eu nesse vídeo. Você continua acreditando em mim?

Carla: Sim.

Arthur: Eu preciso da senha numérica para desbloqueá-lo e depois excluir o vídeo que certamente estará aqui — balanço o celular no ar, mostrando a ela. — Me dê a sua senha.

Carla: 0611 — sussurrou o código. Digitei e logo a tela foi desbloqueada. E, pude confirmar o que imaginei: duas mensagens de um número desconhecido, sendo uma com um texto e a outra com um anexo. Não fiz questão de abrir, excluí e desliguei o telefone.

Arthur: Tome, desculpe estar fazendo você passar por isso. Mas eu prometo que darei uma definição nesse assunto. Pode ter certeza que eu não vou deixar ninguém importunar nós dois — ela me abraçou com sofreguidão e me bombardeou de beijos no meu rosto.

Carla: Te amo. Te amo. Te amo. — dizia enquanto me beijava.

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