Capítulo 89 :

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Passei as minhas mãos por baixo do roupão que ela vestia. Acariciei sua cintura e barriga, subi uma das mãos até os seus seios e massageei-os com carinho. De olhos fechados e lacrimosos, arfou em meu colo ao sentir o meu toque. Encostei meu rosto no pescoço dela e passeei o nariz em todo o seu pescoço e rosto.

Arthur: Carla... Eu te amo tanto — segurei seu rosto, fazendo com que nossos lábios se tocassem, mas quando nos tocamos, ela se afastou assustada. — O que houve? — apontou para o roupão de banho e minha calça jeans.

Demorei a assimilar de onde vinha tanto sangue. Mas logo me recobrei e me lembrei do que se tratava. Ela ficou corada e escondeu o rosto com as mãos.

Carla: Desculpe, estou menstruada. Quando você disse que estava indo embora e não respondeu quando o chamei, saí de qualquer jeito do banheiro, esqueci até desse probleminha aqui. Desculpe! — Tentou se desvencilhar do meu colo, mas mantive-a parada segurando ela pela cintura. — Arthur eu preciso ir ao banheiro. Estou sujando você todo.

Arthur: Eu não tenho nojo de você.

Carla: Isso é nojento Arthur. Nem eu mesma me suporto. Quem dirá você que é homem. Ai que vergonha Deus!

Arthur: Eu amo tudo que vem do seu corpo, que vem de você — desci uma mão até a sua vagina.

Carla: Não! — Ela diz estremecendo.

Arthur: Sim! — Rebato decidido a continuar. Senti um tesão só de pensar nela toda aberta expondo sua boceta. — Você é deliciosa... — escorreguei dois dedos em seu canal cremoso e quente.

Carla: Nãooo... Arthur. Por favor! Aaaaaaa... Eu preciso terminar nossa conversa. Ainda não acabei. Você precisa saber que o...

Arthur: Daqui a pouco Loirinha — mordi o seu pescoço com uma fome voraz, misturada ao medo de perdê-la. Desci os lábios até seus seios redondos e rechonchudos. Lambi os dois, desesperado, mordisquei os seus mamilos rosados e pequenos. — Eu te amo. Eu te amo feiticeira. Não foge de mim mais não. Deixa eu te fazer feliz, por favor! — Ela gemia, gemia não, ela miava baixinho e rebolava em cima dos meus dedos. — Vou fazer você esquecer de vez esse tal de Lorenzo. Vou te levar até outras dimensões, sempre ficaremos juntos. Independentemente de qualquer problema sempre estarei ao seu lado!

Levanto do sofá com ela agarrada no meu pescoço, suas pernas em minha cintura. Entre beijos e gemidos, entro em sua suíte. Olho para a parede e sinto um sentimento de vitória ao confirmar que aquela merda de papel de parede foi para o lixo, mas ao mesmo tempo sinto-me derrotado por saber que esse babaca ainda existe. Não foi nada legal, lembrar dele neste momento não muito propício, meu lado dominador, exigiu de mim mais respostas. Não consegui evitar, ela saiu sem que eu pensasse antes de falar:

Arthur: Você ainda sente alguma coisa por ele? Por esse tal de Lorenzo o seu ex-marido — sentei na cama com ela ainda em meu colo. Forcei-a olhar para mim, segurando seu queixo e elevando-o. — Eu realmente preciso saber, não quero vaguear na escuridão. Por favor, seja franca comigo.

Carla: Ele voltou. — Não foi isso que eu perguntei a ela. Espera ai... Quem voltou? Ele voltou? O Lorenz... Não é verdade.

Arthur: Ele voltou? E você ainda sente alguma coisa por ele. — Não foi uma pergunta, foi uma afirmação que eu fiz.

Carla: Sim ele voltou e, eu não sei de mais nada. — Ela passou a mão delicada entre as ondas de seus cabelos bagunçados.

Arthur: Por que você não me falou antes?

Hum... Ela estava com ele, antes de chegar aqui. O beijo, o perfume, seu nervosismo e intolerância... É claro, esse boçal voltou e estava com a minha mulher. Senti um animal se apossar de mim e possuir a minha alma.

Arthur: Você estava com ele — a tirei do meu colo, e me coloquei de pé. Seus olhos encheram de lágrimas de novo, aquiesceu confirmando a minha pergunta. Desviou seus olhos para baixo e ficou fitando as mãos entrelaçadas.

Carla: Arthur, eu não sabia que ele estava aqui no Brasil. Logo depois de assistir ao vídeo, saí desesperada do restaurante e peguei o primeiro táxi. Eu só queria organizar as ideias, porém tudo deu errado. Fui até a Lapa, entrei no primeiro barzinho, mas logo depois fui surpreendida por ele. Não tive culpa! Nem em meus sonhos mais impossíveis eu imaginaria que ele fosse retornar para tentar uma reconciliação. Não depois de tanto tempo.

Arthur: Reconciliação? — pergunto alto demais.

Carla: Sim.

Arthur: O que esse babaca pensou? Que você fosse esperar por ele até a morte? — perguntei furioso.

Carla: Sim. — Suas respostas monossilábicas estão me deixando mais nervoso ainda.

Arthur: Então, entendi. Foi ele que beijou você — afirmei, mas ainda na esperança que ela dissesse não.

Carla: Ele beijou, mas, eu não correspondi ao beijo. Quando ele aprofundou com a língua...

Arthur: Chega Carla! Meu poupe dessa parte de "língua". Você sente alguma coisa por ele? — Meu coração está acelerando a cada segundo que se passa desde quando ela começou a falar sobre isso. Parecendo uma bateria de escola de samba.

Carla: Estou muito confusa.

Arthur: Confusa? Você é uma mulher feita. Não acredito que depois de tudo que te aconteceu você... Você ainda... Ai Deus! Onde esse filho da puta está? — Estou como um animal furioso atrás de sua presa.

Carla: Está hospedado em um apart hotel aqui próximo.

Arthur: Eu quero o endereço dele. E, se você não me der, pode ter certeza que eu o encontrarei até mesmo no inferno.

Carla: Arthur, Fique calmo! — Não é uma boa frase para o momento, pois só me deixou mais possesso.

Arthur: Calma porra nenhuma! Você disse que estava apaixonada por mim Carla, por mim. E quando eu disse que te amava você respondeu "Eu também". Então quer dizer que você me iludiu, e tudo não passou apenas de uma aventura para te distrair, até esse filho da puta do Lorenzo voltar? Fala! — Ela não reage a nada, só sabe chorar e isso me deixa ainda mais nervoso. — Esse covarde te fez sofrer por anos e depois de tudo o que nós dois vivemos, você vem e me diz que está confusa? Confusa é o caralho. — Ela não se moveu e nem me encarou, seus olhos estão fixos no chão. — Estou saindo — saio do quarto dela e bato a porta com tanta força que rachou a madeira do acabamento da porta.

Carla: Arthurrrrrr! Não me deixe sozinha, por favor — olhei para ela. Mesmo sua imagem triste e indefesa não me fez recuar. Preciso repensar algumas decisões.

Arthur: Carla, vá se trocar. Tire este roupão sujo, coma alguma coisa e tente descansar. Tchau — saí sem olhar para trás.

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