Capítulo 97 :

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Lorenzo: Carla... — Ele disse algumas palavras em francês a ela. Ela respondeu em francês. Isso só fez o meu ódio crescer.

Carla: Lorenzo some daqui! Vai embora agora! Olha só para mim... Você me destruiu, destruiu a nossa vida. Já era Lorenzo não existe mais nós dois. — Ele segurava o braço dela com posse e gritava palavras agora em português.

Lorenzo: Vamos voltar para a nossa casa. — Forçou um português péssimo.

Carla: Eu não vou embora com você. Ficou louco? — Ela murmura próximo ao rosto dele que sangrava por causa do soco certeiro que dei em seu rosto.

Lorenzo: Eu te amo. Você é minha mulher. — Essas duas frases ele fez questão de dizer em português. Meu estômago se revirou e eu tive vontade de vomitar de tanto nojo que senti dessa cena deprimente, a qual eu estava envolvido. Eu estou possesso.

Arthur: Ela é sua mulher porra nenhuma. Você a abandonou quando o filho de vocês dois morreu. Ela sofreu o inferno por causa de você. — Ele me encarava fixamente. Seu nariz ainda sangrava muito, o sangue jorrava e sujava a blusa branca que ele estava vestido.

Alex: Seu covarde! — O Alex disse se aproximando dele. — Carla qual o endereço dele? — Alex perguntou a ela.

Carla: Eu não sei. Tire-o daqui e leve para um hospital, parece que fraturou o nariz. Mantenha-me informada Alex. — Ele assentiu e segurou o braço do Lorenzo. Ele parou de frente para mim fitando-me com ódio.

Lorenzo: O que é seu está guardado. Ela é minha mulher — ameaçou-me, mas não me importei com suas palavras.

Arthur: Pois faça bom proveito — empurrei-o, mas o Alex o segurou antes dele cair.

Carla: Lorenzo, amanhã EU te procuro. Fique calmo e longe de confusões! E não faça nenhuma besteira. — Que tipo de besteira ela estava se referindo?

Alex se retirou carregando o covarde. Juliette e Rodolffo entraram no escritório. Rodolffo parecia nervoso, olhou-me com olhar preocupado.

Juliette: Amiga... Você precisa se acalmar. — Juliette a abraçava. Ambas choravam em silêncio.

Rodolffo: Mano o que aconteceu aqui? Quando entrei no restaurante vi a Juliette e ela me rebocou até aqui e... Aquele todo quebrado era o tal Lorenzo? — aquiesci e ele olhou para a Carla. — Ele fez o que com ela? — perguntou assustado com o estado em que eu e Carla nos encontrávamos. Soltei um grunhido ruidoso.

Rodolffo: Vamos sair daqui Rodolffo.

Carla: Não! — Carla gritou de onde estava encostada, junto com a Juliette. — Arthur... Você entendeu tudo errado. Ele apareceu aqui... Ele me beijou.

Arthur: Cala a sua boca. Eu não quero saber de nada. EU VI CARLA DIAZ. Aquele filho de uma puta e você aos beijos, encostados nessa mesa. E se eu não aparecesse aqui, vocês teriam terminado o que pretendiam fazer.

Carla: Não fale assim comigo. Eu jamais trairia você desta forma. Me escuta pelo menos... Ele me beijou. Foi muito rápido, você entrou e... Você entendeu tudo errado. Eu te amo meu amor. Sei que ontem eu disse que estava confusa, mas...

Arthur: Errado, foi o maldito dia em que eu te conheci sua Bruxa. — Pela primeira vez na minha vida, estou transtornado por uma mulher. Isso dói demais, é sufocante.

Juliette: Arthur, você tem que dar uma chance para ela contar o que aconteceu aqui. A Carlinha não é uma pessoa que sai beijando qualquer um. Por mais que seja doloroso para você entender, você terá que escutá-la. Não seja injusto!

Juliette saía em defesa da amiga. Mas meu ódio, orgulho, machismo, estavam elevados a níveis catastróficos. Eu não quero ouvir nada.

Arthur: Juliette, ele não é qualquer um, eles foram casados e tiveram um filho. Porra! Ela cultivou um amor por ele, mesmo depois de ter sido abandonada e escorraçada quando mais precisou.

Rodolffo: Você está sendo injusto com ela Arthur. — Rodolffo falou baixo bem próximo ao meu ouvido.

Arthur: Eu? Injusto? Eu fui é paciente com ela. Estou sendo injusto com você Carla? — Perguntei com sarcasmo.

Carla: Está sim, sendo injusto. Eu amei o Lorenzo e, isso não pode ser mudado. Amei! Mas depois que te conheci... Eu... Descobri que posso ser feliz novamente. Eu amo você. Isso não basta?

Não me dei o trabalho de rebater. Saí com o Rodolffo que me olhava assustado.

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