Minha Tentação 🎯

Capítulo 99 :

CARLA

Juliette: Carlinha se acalme! Ele já foi querida. Se acalme! — Juliette me abraçava e limpava meu rosto

Carla: Ele não podia ter me deixado sozinha de novo. Ontem, ele fez a mesma coisa. Foi embora e me deixou sozinha. Maldito orgulhoso!

Juliette: Nossa senhora das mulheres desesperadas, não me deixe nunca passar por isso. Amém! — Juliette fez uma pequena prece. — Arruma as suas coisas, vou levar você para casa — diz determinada a me domar.

Carla: Estou com o meu carro — disse com a voz ainda chorosa.

Juliette: Não tem problema, levo você e o seu carro. Vamos?

Carla: Espera um pouco. Preciso ligar para o Alex, para saber como o Lorenzo ficou depois que saiu daqui. Estou preocupada com ele.

Juliette: Carlinha... Fala sério! Vai ficar toda preocupadinha com aquele babaca? Deixe que ele se dane sozinho.

Carla: Eu, me preocupo sim. Você sabe o que ele disse que vai fazer se não reatarmos? Disse que se eu e ele não ficarmos juntos, ele vai fazer uma loucura com a própria vida. Isso é sério Juliette!

Juliette: Que morra! O que você tem nessa cabecinha? Esqueceu tudo o que passou por causa daquele desgraçado? Ele ferrou com a sua vida. Quase te destruiu. Se não se recorda, eu não me importo de lembrá-la detalhadamente.

Carla: Tá bom chega, por favor! — Não aguento mais essa pressão psicológica, esses ressentimentos. Quero livrar-me de tudo isso.

Juliette: Chega nada! Você vai escutar! Eu gastei rios de dinheiro com passagens aéreas para te visitar naquele muquifo que você ficou hospedada na França. Eu e a tia Mara, ficávamos preocupadas com você o tempo todo. Carlinha você prometeu à sua mãe que nunca mais voltaria a procurar o Lorenzo, isso inclui não voltar nunca mais para ele.

Carla: Chega Ju! Eu nunca voltaria para ele. NUNCA! Eu só quero que ele fique bem, só isso. Ele está fora de si, você não tem ideia de tudo o que ele me falou.

Juliette: Pelo Amor de "Dadá" Carlinha! Deixa esse demônio em forma de homem se matar. Você é que não pode morrer por ele. Como consegue ser tão ingênua? Isso que ele está fazendo é chantagem emocional. Não percebeu?

Carla: Eu sei amiga. Mas se esse louco se matar aqui no Brasil? Olha só a merda feita!

Juliette: Sinceramente, se isso acontecer, eu não vou me importar. — Ela diz debochando de tudo o que eu falei.

Se ele fizer isso, eu posso até ser apontada como culpada. Sei lá.

Juliette: Vamos Carlinha! Vamos logo, antes que eu desista de vez de fazer essa boa ação. E já vou avisando: vou dormir com você em seu apartamento. Quando Alex saiu para levar o Lorenzo para o hospital, pediu para eu não deixá-la sozinha.

Chegamos ao meu apartamento, ainda estava dia, decidi regar as minhas orquídeas e conversar um pouco com elas e com o meu amigo: o Mar. Juliette não parava de me dar uma sentença de esporros por eu não ter avisado sobre a chegada de Lorenzo. Mas como? Se eu mesma fui surpreendida por ele.

Carla: Eu não sabia que ele estava no Brasil. Será que você não entende o que eu digo? — Argh!

Juliette: Já imaginou, se a tia Mara descobre que ele está aqui? Aí sim, a tragédia estaria completa. Com certeza ela faria o que o Arthur não terminou. Ela mata ele pode ter certeza.

Carla: Já pensei nisso. — Ela não para de falar e, eu não paro de enviar mensagens e ligar para o Arthur.

As horas foram passando, minha ansiedade aumentando, meu desespero berrando no nível máximo e, nada do Arthur me ligar ou responder pelo menos uma das mais de mil mensagens que enviei para ele.

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