Capítulo 158 :

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Rafaela: Você não me fez nada, mas o seu noivo sim — ela olha para a minha mão direita e faz uma cara de nojo, afasta-se um pouco e cospe no chão. — Ele me usou.

Carla: E você gostou — eu disse e ela fez uma careta medonha, para logo seguida lançar o seu veneno.

Rafaela: Como? Eu nunca o provei. Sabe como é, né? Quando chegou na hora do vamos ver, ele brochou.

Carla: E você forjou uma gravidez, depois de dopá-lo. Deixa de ser ridícula.

Rafaela: Essa foi à história que ele te contou. Você precisa escutar a minha versão! — A voz dela sai desesperada e ela começa a chutar a porta do meu carro.

Carla: Calma! Pare de chutar o meu carro.

Rafaela: Sua vadia! Era para eu estar noiva dele. Eu!

Carla: Se você não se afastar, vou te atropelar — disse gritando. Ela conseguiu alcançar os meus cabelos e puxou com força fazendo minha cabeça encostar-se ao vidro. — Me solta sua maluca! — consegui abrir a porta e empurrei com força fazendo-a cair no chão. Desci do carro em um pulo. — Me deixe em paz! — perdi o controle e chutei-a com força, mas não consegui parar só no chute. Abaixei e segurei seus cabelos, fazendo-a se levantar.

Rafaela: Socorroooo! Vagabunda!

Carla: Socorro sua louca? Quem começou foi você, agora aguente as consequências! — disse intensificando o puxão de cabelos. Ela cuspiu no meu rosto e isso só fez aumentar a minha ira. — Nojenta! — disse limpando o meu rosto com uma das mãos.

Juntei toda a minha saliva e cuspi bem no meio do nariz dela. Derrubei-a no chão de novo e comecei a esbofeteá-la com socos no rosto.

Carla: Nunca mais se meta comigo sua ladra!

Rafaela: Puta!

Carla: Puta é a sua mãe! — Imobilizei-a com o meu corpo e segurei as mãos dela prendendo acima de sua cabeça. — Sabe qual é o seu problema? — disse olhando nos olhos dela. — Você não aceitou ser rejeitada e usada.

Rafaela: Eu? Querida eu nunca fui rejeitada por homem nenhum. Olha bem para mim, sou linda, médica e rica. Qualquer homem cairia aos meus pés.

Carla: É Rafaela todos... Menos o Arthur. O Seu plano era seduzi-lo ao ponto de conseguir manipulá-lo contra a empresa do pai dele, mas tudo deu errado e você fugiu igual uma bandida de quinta — ela sorriu e cuspiu de novo no meu rosto. Não pensei muito e fui com tudo, dei uma cabeçada nela.

Rafaela: Aiiii... Socorro! — ela gritou.

Carla: E quando o Arthur se aproximou de você e a usou, sentiu o seu ego sendo ferido. Foi isso?

Rafaela: Não é nada disso! Ele e o Rodolffo acabaram com a minha família. Meu pai não pode mais voltar ao Brasil e eu não posso sair dessa merda de país. Ele me usou para destruir o nome do meu pai. Eu vou fazer de tudo para vingar o nome da minha família. Vou atingi-lo bem em sua ferida.

Carla: Só lamento por vocês. Rafaela, você não é páreo para Arthur e o Rodolffo. Desiste dessa loucura de vingança, a única prejudicada aqui será você.

Rafaela: Vou registrar um boletim de ocorrência contra você — ela grita no meu rosto.

Carla: Faça isso, e não sairá da delegacia nunca mais.

Rafaela: Cachorra! — xingou gritando descontroladamente.

Carla: Só quando o Arthur pede — sorrio. — Vai cuspir de novo? Vai? Cospe e eu te asfixio aqui mesmo sua louca — senti duas mãos me puxando com rapidez.

Xxx: O que as senhoritas pretendem? — Um homem gigantesco e nervoso nos pergunta. Olhei para ela ainda deitada no chão em posição fetal.

Carla: Acho que ela precisará de cuidados. Ela tentou me assaltar, mas acabei reagindo — sussurrei para o homem.

Xxx: Sendo assim, você precisa prestar uma queixa contra tentativa de furto — ele olhou incrédulo para a mulher magricela, vestida toda de branco e com o rosto vermelho e a boca sangrando.

Carla: Pode deixar ladra, não prestarei queixa contra você — aproximei e cuspi as palavras na direção dela. Afastei-me e cuspi no chão, bem ao lado dela. — Nunca mais se aproxime de mim e do meu noivo. LADRA!

Parei ao lado do meu carro, analisei a porta que ela havia chutado descontroladamente. Até que não ficou amassado, somente manchado. Entrei e vi que ainda estava com o motor ligado, ajeitei confortavelmente no banco, bati a porta com força e coloquei o cinto de segurança. Que loucura! Estava tudo tranquilo até essa mulher desagradável surgir ao meu lado.

Peguei o celular que estava jogado no banco do carona, olhei a tela, vi que a Juliette havia desligado e que tinha centenas de chamadas perdidas do número dela. Dei partida, manobrei e não olhei quando Rafaela deixou o local. Liguei novamente para a Juliette e esperei até que ela atendesse. Coloquei no viva- voz e pus o celular em um compartimento específico para ele.

Juliette: Carlinha! Eu já estava ligando para o celular do Rodolffo, para ele avisar ao Arthur. Escutei boa parte da discussão.

Carla: Tudo está resolvido — disse.

Juliette: Essa é a louca da qual você me falou?

Carla: É, e ela me agrediu sem eu ter feito nada, perdi o controle e dei uma surra nela.

Juliette: Você está bem?

Carla: Estou — respirei profundamente e senti minha cabeça latejar. — Ela é fraca. Não sabe bater, só cuspir. Estou com o rosto fedendo a saliva. Abri o console do carro, peguei a caixa de lenços umedecidos que eu tenho costume de guardar para emergências. Peguei alguns lenços e limpei todo o meu rosto. — Que nojo! — eu disse indignada.

Juliette: Se eu estivesse aí, daria uma boa cuspida carregada de muco bem no meio da cara dela.

Carla: Juliette, Que nojo! — escutei ela rir.

Juliette: Amiga você está vindo?

Carla: Estou indo para o restaurante, me espere aí. Ok?

Juliette: Okay!

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