Capítulo 153 :

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Rodolffo: Meu Tio sempre foi ignorante e frio, mas eu guardo boas lembranças dele quando éramos crianças. Eu sempre ficava na casa do Arthur quando meus pais viajavam. — explica.

Arthur: Você guarda Rodolffo! Eu não guardo, ele sempre foi distante e indiferente, pelo menos em relação a mim — falo.

Rodolffo: O seu pai tem aquele jeitão, mas é uma boa pessoa — ele fala, mas a Carla continua irredutível em relação ao meu pai.

Rodolffo sempre foi o sobrinho preferido dele, parece que Rodolffo que é filho dele e não eu. Mas eu até ficava feliz por ele ser carinhoso com o meu primo, pois não o suportaria se fizesse ignorância com o Rodolffo.

Carla e Sofia foram para a varanda interligada a sala. Terminamos a pizza, Carla e Sofia lavaram a louça e arrumaram a mesa. Eu e Rodolffo fomos até o segundo piso, onde fica a piscina, pois ele pediu para conversarmos a sós.

Rodolffo: Arthur, estive hoje de tarde com o investigador da polícia federal, ele disse que já tem o paradeiro do bosta do Campelo, e a Rafaela Campelo será indiciada junto ao pai por vários crimes de tipologia de lavagem de dinheiro. Aí, é muito crime para duas pessoas só. Mas, como são ricos não se sabe se ficarão presos por muito tempo. Porém, só o fato de estar recuperando o montante desviado por eles de volta, fico satisfeito.

Arthur: Será que ela já fugiu? — perguntei. — Desde o jantar na casa da minha mãe eu não tenho mais notícias dela. Troquei o número do meu celular há uma semana, então não tenho mais notícias daquela louca.

Rodolffo: Não, fica tranquilo! Os seguranças que contratei para vigiá-la, ainda estão na cola dela, 24h por dia. E tem alguns policiais federais na cola dela também.

Arthur: Não quero mais me envolver em nada disso. Não tenho estrutura psicológica para entender a mente corrupta e desumana de algumas pessoas. Eles aproveitaram-se da condição que o meu pai se encontra. Isso foi sujo demais!

Rodolffo: Mas, o seu pai assinou tudo muito consciente, pois até hoje ele fala sobre esse assunto e pede desculpas por ter sido precipitado e individualista por não ter pedido a minha opinião, ou a opinião da Thais.

Arthur: Você pretende contar para ele? Acho que deveríamos contar tudo para a minha mãe. Ela precisa saber quem são eles de verdade, e para de ficar de amizade com aquela família.

Rodolffo: Vamos contar, ela precisa saber — ele diz e olha na direção da escada. — Vamos mudar de assunto, as meninas... — sussurra baixinho. Pedi a ele para não conversarmos sobre esse assunto quando a Carla estiver presente, não quero que a minha mulher fique preocupada com esses problemas.

Carla: Vão ficar aqui em cima a noite toda? — pergunta se aproxima e me abraça.

Arthur: Não amor. Já terminamos de conversar. Vocês duas se enfurnaram no closet, então resolvemos subir para conversar.

Carla: A Sofia me ajudou a separar as roupas que falei que pretendia doar, mas dei tudo para ela, coube direitinho — Sofia sorri e agradece.

Sofia: Obrigada Carla! Não vou comprar mais nenhuma peça de roupa, pelo menos até o fim deste ano. — Rodolffo a abraça por trás e apoia na mureta de vidro da cobertura, beija o topo da cabeça de Sofia e fala:

Rodolffo: Você estava precisando de roupas? Por que não falou comigo?

Sofia: Não, mas aceitei de bom grado a doação. Até os sapatos couberam.

Sorrio internamente, lembro-me perfeitamente dele pedindo a Deus para livrá-lo de uma mulher consumista. E, agora presencio essa cena... Rodolffo já está gamado e não sabe, quer dizer: não aceita!

Rodolffo: Mano... Vou chegar lá. Está tarde e ainda tenho que levar a Sofia em casa para pegar os trabalhos dela e o notebook — ele me abraça eu e a Carla ao mesmo tempo.

Arthur: Rodolffo não acho que seria uma boa vocês irem a essa hora para zona sul, ainda por cima subir na comunidade onde ela mora.

Sofia: Relaxa Arthur. A comunidade onde moro é pacificada e essa hora — ela olha à hora no celular. — 22h, o morro está bombando — Sofia fala.

Arthur: Tudo bem, mas o carro dele chama muita atenção — tento explicar a minha preocupação.

Rodolffo: Vou no carro dela com ela dirigindo — Rodolffo fala fungando o pescoço da Sofia. — Porque eu estou pronto para dormir, bebi além da conta.

Sofia: Ah! Então buscaremos amanhã antes do curso. Você com sono e eu na direção, não combina — ela fala exasperada.

Carla: Se quiserem, podem dormir aqui — Carla fala, Sofia olha para o Rodolffo e ele pergunta:

Rodolffo: Quer dormir aqui?

Sofia: Você quem sabe. O importante é dormirmos juntos — um sorriso malicioso surge em seus lábios.

Carla: Então vou preparar o quarto de hóspedes para vocês dois — Carla diz.

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