Capítulo 115 :

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ARTHUR

Carla: O que foi amor? — sentou no sofá e de cabeça abaixada, ajeitou o vestido curto demais para o meu gosto.

Arthur: Amor... Esqueci da camisinha — foi em câmera lenta, sua cabeça subiu e seus olhos grandes fitaram os meus. — Amor, desculpe! A culpa foi minha — disse ainda olhando-a, que parecia parada no tempo. Ajoelhei entre suas pernas e puxei suas mãos que estavam sobre suas cochas e as beijei. — Me desculpe!

Carla: Arthur... — Ela está sorrindo? — Amor, eu posso tomar a pílula do dia seguinte. Na verdade, não há possibilidades de ocorrer uma gravidez, ainda não estou no meu período fértil, minha menstruação acabou ontem.

Arthur: Meu amor, isso não quer dizer nada. Algumas mulheres têm os ciclos menstruais curtos e irregulares, possuem uma janela fértil imprecisa, então é possível sim engravidar durante e após a menstruação. Sem contar que alguns espermatozoides mais espertinhos, conseguem resistir até três dias dentro do corpo da mulher e se ele encontrar um óvulo maduro... — Acho que estou mais nervoso que ela.

Carla: Baixou o ginecologista? — perguntou sorrindo.

Arthur: Carla, ter um filho com você seria um sonho, mas fiquei preocupado — coço a cabeça e continuo. — Você disse que ser mãe está fora dos seus planos. Lembra? — encarou-me em silêncio, e pude ver a tristeza em seus olhos.

Carla: Sim, estava. Mas agora, eu pretendo ter pelo menos uns três filhos — olhei para ela assustado. Ela mudou de...

Arthur: Amor, você fala sério? — pergunto ainda meio sem entender.

Carla: Sim. Quero pelo menos ter uns três filhos. Dois meninos com os olhos e cabelos castanhos igual ao seu, e uma menina — ela sorri e ao mesmo tempo lágrimas escorrem em seu rosto.

Levantei e vesti minha cueca e a calça. Sentei ao seu lado ainda surpreso com sua declaração, perguntei a ela:

Arthur: Eu, você, dois meninos, uma menina, uma casa com piscina e churrasqueira e dois cachorros?

Carla: Vou querer um carro grande igual o seu — encarou-me ainda sorrindo. — O que foi? Exagerei em relação ao carro? Amor serão três filhos, precisarei de um carro espaçoso e confortável — abriu um sorriso lindo.

Arthur: Carla... — acariciei seu rosto delicado, afastei algumas mexas que caíam sobre os olhos dela. — Você é a mulher da minha vida, farei tudo que estiver ao meu alcance para satisfazer você.

Segurei sua cintura e a fiz sentar em meu colo. Agarrou o meu pescoço e puxou-me até os seus lábios delicados e macios. Beijamo-nos sem pressa, levei minhas mãos até a sua nuca e intensifiquei nosso beijo.

Carla: Eu te amo — disse com os lábios friccionados nos meus.

Abri os meus olhos e vi que ela beijava com os olhos abertos. Sorrio nos lábios dela ao lembrar quando ela disse que só beijava desta forma quando queria gravar o beijo para repassá-lo depois em pensamentos. Diminuí a intensidade do beijo, afastei-me o suficiente para olhá-la mais nitidamente. Não pensei muito, eu só queria que ela soubesse o nível do meu amor por ela.

Arthur: Feiticeira... Casa comigo? — Seus olhos pareceram maiores do que o normal. Fita-nos por longos segundos, sem piscar e até mesmo sem respirar.

Carla: Quando? — perguntou e beijou com carinho a ponta do meu nariz.

Não respondi, mas entendi a resposta. Ela será minha eternamente, somente minha. Encostamos nossas testas, fechei meus olhos, meu coração parecia que estava recebendo uma massagem cardíaca, consegui sentir um toque esmagando-o. Suspirei ao sentir essa sensação e quando menos esperei uma lágrima escorreu sobre o meu rosto. Lábios quentes e macios beijaram meus olhos, meu rosto, meu nariz novamente, queixo. Fui bombardeado por beijos no rosto. Eu amo esses carinhos.

Carla: Quando? Eu aceito — ela repetiu a pergunta.

Arthur: Amor, pode ser segunda-feira? — Sua risada ecoou todo o ambiente.

Carla: Pode! — respondeu com lágrimas nos olhos.

Arthur: E as crianças quando vamos começar a fabricá-las? — pergunto sorrindo.

Carla: Acho que isso, nós dois já começamos a fazer — diz sorrindo.

Arthur: Verdade! Então, vamos providenciar o carro, a casa e os cachorros — falei.

Carla: Quero uma casa de dois andares e, com uma cozinha surreal, maravilhosa.

Arthur: Sabia que você é linda?

Carla: Eu sei que não sou feia, mas linda, já é demais!

Arthur: È linda sim. A mais linda que eu já vi. — Ela sorri. — Amo os seus cabelos. Amo ele liso desse jeito, amo quando você enrola ele, você fica linda de qualquer jeito — meus dedos passearam em seus cabelos macios e longos. — Carla... Precisamos conversar — ela aquiesce e fecha os olhos.

Carla: Você já me perdoou? — perguntou com sua voz melosa.

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