Capítulo duzentos e sessenta e nove.

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Second season:two hundred and sixty-nine
Deixe-a de fora de tudo ★
{Washington D.C, Olympia}
<Narrador on>

O misterioso despejou uísque em seu copo favorito, observando a bolsa de valores no computador com um misto de tédio e inquietação. O barulho dos dedos batendo na mesa era um reflexo de sua mente trabalhando incansavelmente, tentando decidir o próximo passo. Depois de tanto tempo planejando, finalmente tinha uma decisão: era hora de se livrar de Lara Cooper.

Ele abriu um painel no computador, rastreando os movimentos de Lara em Washington. Suspirou, sabendo que ela era inteligente, mas talvez emocionalmente vulnerável. O truque seria atingir seu irmão, Victor Jones. Se mexesse com o emocional de Victor, poderia desestabilizar Lara. Um plano arriscado, mas com potencial de sucesso, desde que fosse impecável. Se algo saísse errado, tudo desmoronaria.

A porta do escritório se abriu com um baque, revelando Gustavo, que entrou hesitante.

— Mandou me chamar? — Gu perguntou, claramente cauteloso.

— Mandei. Preciso que você distraia a Tainá por um tempo. — O misterioso ajeitou sua gravata azul, seus olhos ainda focados na tela do computador.

— Defina distrair. — Gu franziu a testa, sem entender totalmente o pedido.

— Deixe-a de fora de tudo. Tudo. — O misterioso enfatizou a última palavra, deixando claro que não queria Tainá envolvida.

— Tá bom… Mas por quê? — Gu perguntou, ainda desconfiado.

— Você pergunta demais, Gustavo. — O homem maior resmungou, a impaciência transparecendo.

— Isso é algo que eu deveria saber? — Gu hesitou antes de fazer a pergunta, o medo evidente em sua voz.

— Não. — A resposta veio curta e grossa, sem espaço para discussão.

— E quando eu vou começar a saber das coisas? — Gu cruzou os braços, tentando se manter firme, mas o misterioso apenas revirou os olhos.

— Quando você tiver maturidade suficiente para lidar com os negócios. — A voz do misterioso saiu em um grunhido, impaciente.

— Você acha que eu sou imaturo? — Gu deu um riso sarcástico, sua tentativa de esconder a irritação.

— Não acho, tenho certeza. — O tom frio do misterioso fez Gustavo bufar, mas ele sabia que não adiantaria retrucar. A hierarquia naquele lugar era inegável, e Gustavo temia o misterioso, apesar da vontade crescente de se afastar.

Antes que pudesse continuar a conversa, um dos empregados entrou, informando que o almoço profissional e familiar estava pronto.

— O que vai fazer com a Lara? — Gu perguntou, finalmente criando coragem de abordar o assunto que ele temia na sala.

— O que for necessário. — A resposta veio enquanto o misterioso saía em direção à sala de jantar, deixando Gustavo sozinho com seus pensamentos.

Pouco depois, Tainá se aproximou, pousando seu braço no ombro dele, os dois observando a sala se enchendo de pessoas — rostos ricos e poderosos, cujo dinheiro era fruto de negócios escusos. A atmosfera sufocante fez Tainá desejar fugir dali e nunca mais voltar. Gustavo, no entanto, estava visivelmente absorto.

— Parece preocupado. Sobre o que vocês conversaram? — Tainá perguntou, sua voz carregada de curiosidade.

— Eu quero sair fora... — Gu confessou, a voz apenas um fio, quase imperceptível.

— Tenta. — Tainá deu um sorriso amargo, com um toque de deboche. — Eu te avisei sobre ele.

case thirty nine:season twoOnde histórias criam vida. Descubra agora