Capítulo duzentos e noventa e dois.

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Second season:two hundred and ninety-two
Porque foi você que fez a besteira ★
{Tacoma, Washington}
<Milena Denvers narrando>

Peguei meu cappuccino enquanto Carolina optou por um café preto sem açúcar. Caminhando em direção ao escritório do FBI, ela começou:

— O que temos pra hoje?

— Não sei. — Dei de ombros.

— Como não sabe? Eu te mandei e-mail!

— Ahn, não...?! Não mandou. — Franzi as sobrancelhas.

— Eu não mandei?! — Carol bateu a mão na testa.

— Cabecinha de vento, hein, Carolina? Ou melhor, cabecinha de Gabriel. — Brinquei e dei um gole no cappuccino.

— Ah, você pode parar. — Ela gesticulou irritada, mas com um sorriso no rosto. — Não tava pensando no mauricinho.

— Isso é tão real quanto o meu namoro com famosos. — Zombei, e ela bufou.

— Pelo menos eu não me declarei no palco com uma música.

— Vai virar motivo pra qualquer coisa agora? Eu já entendi que me declarei bêbada pro Marcos, não precisa me lembrar toda vez. — Resmunguei, e ela riu. — "Ah, eu acho que você não sabe cozinhar." "Cala a boca, Milena, você se declarou bêbada." Qual a necessidade de tamanha humilhação? — Dramatizei.

— Mas é importante te lembrar até você falar com o Mob.

— Por que eu? — Me ofendi.

— Porque foi você que fez a besteira. — desdenhou, como se eu fosse idiota.

— Eu... olha... — Gesticulei, procurando justificativas, mas não achei nenhuma. — Não achei um argumento agora, mas daqui a pouco você vai ver.

— Só tô dizendo a verdade. — Carolina falou, enquanto entrávamos no prédio.

— Qual a sua moral? Você também foi errada na história com o Bak. — Relembrei, e ela revirou os olhos.

— Mas eu pedi desculpas. Corri atrás e falei o que sentia. Essa é a minha moral. Fui atrás de melhorar. — Gabou-se Decker.

— O que você quer dizer com isso? Eu não sinto nada pelo Mob. Tô na minha fase "Milena sozinha", vou focar em mim. — Gesticulei, determinada. — Quero ver alguém me fazer mudar de ideia.

Carol me olhou com sobrancelhas erguidas e um sorriso irônico.

Nesse momento, Mob passou e entregou papéis para Carolina. Nossos olhares se cruzaram, mas parecia uma eternidade. Ele tinha a mesma expressão de sempre, sem demonstrar qualquer remorso. Corei ao me lembrar da noite no bar, dei um sorriso sem graça e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Ele logo se afastou, e Carol gargalhou.

— "Quero ver alguém me fazer mudar de ideia", né? Ele tem nome, endereço, trabalha no FBI e tem uma melhor amiga incrível, no caso, eu.

Revirei os olhos e a empurrei levemente. Chegamos à sala, e Carol abriu a porta com entusiasmo.

— Hey, amigos...

Ela parou subitamente. Babi e Victor estavam próximos, e os braços dele estavam ao redor dela. Quando nos viram, eles se afastaram rapidamente, como se nada tivesse acontecido.

Eu e Carol nos olhamos, e só pelo olhar, entendi o que ela queria dizer.

"A aposta é minha."

case thirty nine:season twoOnde histórias criam vida. Descubra agora