case thirty nine:season two

Capítulo trezentos e quarenta e um.

Second season:three hundred and forty-one
★ Não tenho nada a dizer ★

— Ah, claro, agora ele vai pagar de  "superado" — Decker zombou, como sempre saindo em defesa de Bárbara.

Victor arqueou as sobrancelhas para Carolina, que continuava com a expressão firme. Bárbara, por sua vez, colocou as mãos no rosto, sentindo o peso da situação. Mob soltou uma risada abafada, o que logo foi interrompido por um tapa leve de Milena, que o repreendeu. Ele rapidamente abaixou a cabeça, tentando controlar o riso. A tensão no ar era evidente, e todos sabiam que aquela discussão não acabaria tão cedo. Foi a vez de Thaiga se pronunciar, claramente defendendo Victor.

— Desde quando você tem o direito de opinar na vida dele? — Thaiga disparou, irritada.

— Não é opinião quando se trata de um fato — Carolina retrucou, cheia de atitude.

— Não é fato, é uma suposição — Thaiga rebateu, elevando o tom. Antes que Carolina pudesse responder, Mob interveio, tentando aplacar a tensão crescente.

— Ei, deixem pra se matarem depois. O foco aqui é outro — disse Mob, gesticulando para que as garotas se acalmassem.

— O ponto é que a gente devia se concentrar no caso, ou o PH vai dobrar nossa carga horária de novo. Vocês parecem crianças. Daqui a pouco ele vai entrar aqui pra perguntar por que estamos gritando — Milena argumentou, cruzando os braços impaciente.

— Deixem a Bárbara dizer algo, pelo menos — Mob sugeriu, olhando para Babi, que deu de ombros, claramente desconfortável.

— Não tenho nada a dizer — Bárbara respondeu, seca. Thaiga murmurou algo, insatisfeita.

— Sumiu por quê, então? — Bianca bufou, mas GS rapidamente tentou apaziguar a situação.

— Sabe, se a Babi não quer falar, acho que deveríamos respeitar o momento dela.

— Pois é, deixa ela. Sempre foi assim, né? — Victor murmurou, provocando uma nova revirada de olhos de Bárbara.

— Isso não é verdade. Ela só é mais reservada... — Milena tentou defendê-la.

— Dá pra parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? — Bárbara interrompeu, sua voz carregada de frustração. Todos se viraram para ela. — Nossa, é isso que vocês falam de mim pelas costas?

— Eu achei que estava vendo um fantasma. É a Bárbara mesmo, gente! — Mob brincou, tentando aliviar o clima. Milena riu discretamente e ajeitou o cabelo atrás da orelha. GS também soltou uma risada.

— E o caso? — Milena insistiu, determinada a colocar o foco de volta no trabalho.

— Exato. Temos coisas mais importantes com que nos preocupar. E o caso? — Victor falou, mas Carolina, irritada, bateu a mão na mesa.

— O que você quis dizer com "coisas mais importantes"? — Carolina questionou, com os olhos fixos em Victor.

— Que eu não sou importante, é isso? — Bárbara respondeu por ele, cruzando os braços. Victor passou as mãos pelo cabelo, indiferente.

— Se a carapuça serviu, não posso fazer nada — Victor respondeu friamente, provocando Bárbara.

— Sabe o que você podia fazer? Calar a boca! — Bárbara esbravejou, claramente perdendo a paciência. Mob, percebendo o rumo perigoso da discussão, tentou acalmar os ânimos.

— Ei, ei, sem agressões verbais no expediente! Se o casalzinho quer ter a DR de vocês, façam isso lá fora — disse Mob, enquanto Milena suspirava, já cansada da briga.

— Finalmente alguém me ouviu — Denvers concordou, aliviada. Carolina assentiu, agradecida.

— Vocês não querem tomar um chá, relaxar e botar o papo em dia? — GS sugeriu, mais uma vez tentando aliviar a tensão no ar.

— Já disse que não tenho nada pra falar — Bárbara respondeu, com seu tom habitual de rispidez e firmeza.

— Ótimo! Então, assunto encerrado? — Milena perguntou, massageando as têmporas, claramente exausta.

— Sim, o caso ainda está esperando — Victor concordou, voltando ao tom pragmático.

— Aliás, amanhã tem festa na casa do Crusher. Se a Bárbara quiser, a gente pode conversar depois. — GS disse, sorrindo para Sevilla. — Considera isso um convite.

— Vou pensar sobre isso — Bárbara respondeu, um pouco mais suave.

Victor lançou um olhar mortal para GS, e Mob deu tapinhas em seu ombro, como se estivesse oferecendo consolo.

O clima ainda estava carregado, mas, pelo menos por agora, parecia que a situação estava controlada.