Capitulo duzentos e quarenta e um.

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Second season:two hundred and forty-one
Eu fui o babaca?! ★
{Tacoma, Washington}
_Mais cedo_
<Gabriel Di Laurentis narrando>

Carolina chegou receosa, puxando meu braço e me arrastando até um canto da casa. Revirei os olhos, mas a segui, cruzando os braços em um gesto defensivo. Ela suspirou profundamente antes de falar.

— Ok, vamos esquecer que você foi um babaca e a gente brigou.

— Eu fui o babaca?! — Zombei, fazendo-a desviar o olhar com ódio.

— Não era pra ela já ter ido embora? — Carolina indagou, a frustração evidente em sua voz.

— Era, mas os documentos da casa nova dela atrasaram — respondi, em um tom que misturava lamúria e resignação.

— Vocês são ricos. Não é só falar: "Quer ver minha conta bancária?" que resolve?!

— Você realmente acha que é assim que os ricos agem? — franzi a expressão em desdém, me sentindo um pouco insultado.

— Escuta aqui, mauricinho, sua mãe é uma amor de pessoa, mas hoje ela não está de bom humor — ela disse, seu olhar cortante fazendo-me perceber a gravidade da situação.

— Ah, você percebeu? — retruquei, sarcasmo transparecendo na minha voz.

— Está brincando? — A loira bufou, os gritos da minha mãe com os empregados ecoando pela casa. — Gabriel, eu estou morta.

— Relaxa — garanti, mas o olhar ameaçador que ela me lançou fez eu repensar a abordagem. — Escuta, é só você ser você mesma. Quer dizer, tirando a parte da arrogância e do fato de você ser sensível demais. E tenta não querer mandar em tudo como se dissesse: "Oh meu Deus, isso não está do jeito que eu quero!" — disparei, tentando controlar meu tom sarcástico.

— Escuta aqui, Gabriel, eu não vou ficar escutando você falar merda de mim. Você cala a boca pra falar de mim, seu playboyzinho mimado. Não se esqueça de que se eu quiser, eu posso dizer que você não tem namorada coisa alguma, porque ninguém quer namorar uma pessoa teimosa, egoísta e que só critica os outros. — Ela apontou o dedo indicador para o meu peito, sua indignação palpável.

— Carolina, você veio! — A voz da minha mãe interrompeu a nossa discussão, e percebi o alívio no olhar de Carol.

— Sra. Di Laurentis! — Carol abriu um sorriso simpático, tentando ocultar a tensão. — Como você está?

— Nunca estive tão bem — minha mãe respondeu, e eu revirei os olhos, reconhecendo aquele tom que sempre precedia uma tempestade. — Bak, eu não te vi hoje...

— Claro que não viu, eu tava na casa do Crusher. Melhor do que aqui — resmunguei, e a expressão da minha mãe se tornou uma máscara de estresse. Carolina arregalou os olhos, colocando as mãos à frente como se tentasse dissipar a tensão no ar.

— Bom, o almoço já vai ser servido — minha mãe avisou, desviando o assunto como se a conversa anterior não tivesse acontecido.

— Nós já vamos — murmurei, observando-a se afastar.

— Vocês brigaram? — Carolina me olhou, a preocupação em seus olhos.

— É, podemos dizer que sim — respondi com um ombro encolhido, uma tentativa de minimizar a situação.

— Ah, que ótimo, Gabriel. Sua mãe odeia o mundo, a gente se odeia, e vocês se odeiam. Tinha outro dia pra marcar esse almoço, não?

— Carolina, você é muito pessimista — murmurei enquanto caminhava em direção à sala de estar.

— Mais um defeito pra sua lista — ela respondeu, com um sorriso irônico.

— Não começa. Olha, eu não vejo só seus defeitos. Eu sempre digo que você é bonita, corajosa, e que é um pouco perfeccionista demais, mas isso é bom porque te faz dedicada. E, quando quer, você sabe ser fofa e divertida.

— Obrigada... — O tom dela mudou, um pouco mais suave, como se a conexão que tínhamos estivesse se restabelecendo, mesmo que temporariamente.

Por um momento, tudo parecia menos tenso, e a briga entre nós parecia distante. A sala de estar, com seus móveis luxuosos e a luz suave entrando pelas janelas, me fazia sentir que havia espaço para reconciliação. Mas eu sabia que, com a minha mãe e toda a situação em jogo, a paz era apenas uma ilusão passageira.

case thirty nine:season twoOnde histórias criam vida. Descubra agora