Capítulo duzentos e cinquenta e cinco.

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Second season:two hundred and fifty-five
Obrigada pela carona ★
{Tacoma, Washington}
<Bárbara Sevilla Narrando>

Eu correspondi ao beijo, mesmo que ainda estivesse atônita com a atitude repentina de Victor. A insistência dele em mim, o jeito como parecia querer se aproximar sem hesitar, algo que nunca havia acontecido antes entre nós, me pegou de surpresa. Encontrei o colar, e de algum jeito, ele trouxe uma sensação de conforto inesperada. Mas eu não queria que o Jones soubesse que ainda o guardava. Às vezes, certas coisas eram necessárias, mesmo que eu preferisse não admitir.

Tirei o cinto com pressa para me aproximar ainda mais e segurei o braço dele, trazendo nosso contato para algo mais intenso. O beijo foi se tornando mais profundo à medida que os segundos passavam. Nossas línguas dançavam juntas, como se desenhassem um símbolo do infinito. Passei minha mão por baixo do moletom dele, sentindo a pele quente e firme. Ele interrompeu o beijo brevemente, arfando de forma audível, antes de me puxar de volta para sua boca, enquanto eu o tocava, arranhando seu abdômen.

Por um momento, tudo o que havia entre nós, todas as nossas brigas e discussões, desapareceram. Eu estava excitada demais para lembrar do que nos afastava. Eu precisava de Victor de uma maneira que eu não conseguia mais controlar.

Me arrastei pelo painel do carro até me acomodar em seu colo, deixando os sapatos caírem no chão com um som suave. Paramos, ofegantes, para recuperar o fôlego. Olhei nos seus olhos, agora escurecidos pela luxúria, e pude ouvir nossos corações batendo acelerados, quase como se estivessem em sincronia. A distância entre nós era quase inexistente, e o silêncio entre nós só aumentava a tensão.

Ele puxou meu vestido para cima e eu levantei os braços, facilitando seu movimento. Voltamos a nos beijar, e ele colou nossos corpos com força, suas mãos apertando minhas nádegas. Meus dedos passaram pelos fios do cabelo dele, puxando-os levemente enquanto nossas línguas travavam uma batalha intensa e prazerosa.

Victor esticou o braço até o porta-luvas, pegando o preservativo. Ele abaixou o banco um pouco, deixando-o quase deitado, mas, ao invés de usá-lo imediatamente, deixou-o de lado por um momento. Eu puxei o moletom dele para cima, deixando-o nu da cintura para cima, e pude sentir sua ereção pulsando contra mim.

Com ele praticamente deitado, eu comecei a beijar seu corpo, a pele quente e suave sob meus lábios. Sorri ao ver a marca roxa que deixei em seu ombro, uma marca que, de alguma forma, me parecia como um símbolo de posse, um "Você é meu".

Victor elevou os quadris levemente, o que me permitiu baixar suas roupas. Rápido, ele colocou o preservativo e, sem perder tempo, afastou minha calcinha, me penetrando. O prazer foi imediato, e meus quadris começaram a se mover em resposta. Ele respirava mais forte, tentando manter o controle. Eu aumentei a velocidade, e ele segurou minha cintura com uma das mãos, enquanto com a outra massageava meu clitóris pulsante. Nossos corpos se moviam em perfeita sintonia, e os gemidos se misturavam no ar, um som quase incontrolável.

- Gostosa... - Victor gemeu, a voz rouca e carregada de desejo. - Você me deixa alucinado cada vez que a gente faz isso.

- Quanto mais a gente faz, melhor fica. - Respondi, ofegante, apoiando as mãos no vidro embaçado do carro. Ele assumiu o controle, guiando os movimentos com firmeza.

As estocadas se aprofundavam, e eu quase sentia como se fosse explodir de prazer. Cada movimento dele me fazia ver estrelas. Victor me fodia enquanto estimulava meus mamilos, e o carro virou um caos de gemidos, tapas e sexo.

Estava quase sem fôlego quando a glande dele atingiu meu ponto G, e eu não consegui conter o gemido alto que se escapou de meus lábios. O orgasmo me atingiu com força, e Victor seguiu logo atrás, com um gemido de alívio. Meu corpo se derreteu em seus braços, e fiquei ali, relaxada, até que nossa respiração se acalmasse.

Victor parecia surpreso com o gesto, mas me abraçou de volta, como se, por um breve momento, tudo entre nós fosse esquecido. Me joguei de volta no banco do passageiro e comecei a vestir minhas roupas, agora secas graças ao aquecedor. Enquanto isso, Victor ajustava suas roupas e descartava a camisinha, com uma expressão pensativa no rosto. Sabíamos, no fundo, que tudo o que acontecia entre nós, os beijos e o sexo, eram formas de esquecer as brigas, de enterrar as palavras não ditas.

Nos trocamos olhares carregados de tensão, pensamentos que ainda pairavam no ar. O celular de Victor vibrou, e a tela brilhou com o nome "Lara". Aquilo foi o sinal. Minha deixa.

- Obrigada pela carona. - Falei, minha voz suave e um tanto rouca.

Ele deu de ombros, a expressão ainda distante.

- De nada.

Saí rapidamente do carro e entrei em casa quase correndo. Ah, eu estou ferrada. Apertei o pingente de Glock com força, suspirando irritada comigo mesma.

case thirty nine:season twoOnde histórias criam vida. Descubra agora