case thirty nine:season two

Capítulo trezentos e onze.

Second season:three hundred and eleven
★ Eu preciso falar com você ★
<Gabriel Di Laurentis narrando>

Depois de me despedir de alguns dos convidados, finalmente me joguei no sofá para descansar. Carol estava ao meu lado, e eu passei o braço ao redor dela de maneira carinhosa. A Babi, Victor, Crusher, Thaiga e GS se aproximaram, todos parecendo exaustos e perdidos em seus próprios pensamentos, mas ainda claramente impressionados com a minha casa.

— Sabe, Bak, quando você herdar o patrimônio dos seus pais, não esquece que a gente estava lá — Thaiga comentou, com aquele sorriso malicioso, arrancando uma risada de todos.

— Exatamente! Quem precisa de uma namorada quando se tem amigos como a gente? — Crusher brincou, recebendo uma leve cotovelada de Carol, que empurrou seu ombro de forma divertida.

— Mas é verdade! — Ele insistiu, rindo, enquanto todos ao redor soltavam risadas.

— Sinto em decepcionar vocês, mas é muito provável que tudo vá para o meu irmão — falei, dando de ombros. GS rolou os olhos, claramente discordando.

— E quem você acha que vai cuidar do dinheiro dele até os 21 anos? — GS replicou, e eu apenas ri.

— Tá, talvez eu coloque vocês no testamento... Talvez — respondi, jogando a ideia no ar. Eles deram de ombros, fingindo que não se importavam, mas sabia que eles levaram na esportiva.

— Cadê o Mob e a Milena? — perguntei, sentindo falta dos dois.

— A Milena sumiu desde o festival de lanternas no céu — Thaiga respondeu, e GS concordou com a cabeça.

— É mesmo, o Mob também desapareceu — GS comentou.

— O Mob disse que ia pra casa — Victor falou, finalmente se envolvendo na conversa, mas com a voz ainda embriagada. Carol suspirou, esfregando o rosto, exausta.

— Aposto que estão juntos. Finalmente pararam de adiar a conversa — Carol murmurou com um sorriso malicioso, fazendo todo mundo rir.

— Falando em ir pra casa, acho que já vou indo — Thaiga anunciou, levantando do sofá de maneira preguiçosa.

— Eu vou com você — GS se ofereceu, e os dois se despediram de todos antes de saírem pela porta.

Olhei para Crusher, que parecia perdido em seus próprios pensamentos, mais quieto do que o normal. Gesticulei para ele: O que foi? Ele apenas deu de ombros, sem dizer nada. Revirei os olhos, percebendo que o peso de seus pensamentos estava o incomodando. Babi estava distraída com o celular, enquanto Victor parecia afundado em devaneios embriagados. Carol bocejou, cansada, e deitou a cabeça no meu ombro, claramente no limite de sua energia.

Foi então que vi minha mãe se aproximando ao longe. Suspirei, já sabendo que o clima ainda estava tenso entre nós. Eu estava evitando o máximo de interação com ela desde nossa última briga. Ela nem quis vir à minha festa, e agora, ao olhar ao redor, parecia enjoada com a bagunça, como se fosse ela quem teria que limpar.

— Oi, Gabriel — ela disse em um tom formal, se aproximando. Eu balancei a cabeça em um cumprimento rápido.

— Mãe — respondi, seco.

Meus amigos rapidamente a cumprimentaram educadamente, enquanto ela apenas os analisou por um segundo, sem muita emoção. Logo em seguida, me puxou para longe do grupo, claramente querendo falar algo em particular.

— Eu preciso falar com você — disse ela, seu tom sério deixando claro que isso não era opcional. Mas era ela quem estava nervosa.

Engoli em seco, mas nem de longe eu imaginava isso que eu ia ouvir naquela conversa.