Capítulo trezentos e sete.

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Second season:three hundred and seven
Você está vermelha ★
{Tacoma, Washington}
<Milena Denvers narrando>

Quando cheguei, percebi que Victor e Babi estavam discutindo. Algo sério, pela expressão de ambos. Sem pensar duas vezes, interrompi a fala de Babi e a puxei para fora da casa. Lá fora estava cheio de gente, e Thaiga logo se animou ao nos ver e se aproximou.

— Por que vocês me trouxeram pra cá? — Babi perguntou, ainda um pouco desconfiada, enquanto Thaiga inclinava a cabeça, observando-a atentamente.

— Você está vermelha. — Thaiga comentou, com um sorrisinho divertido. Imediatamente, Babi entrou em alerta e bateu as mãos no rosto, tentando escondê-lo.

— O quê? Não tô nada! — Ela abraçou o próprio corpo, numa tentativa óbvia de se defender.

Babi raramente fica envergonhada. Ela nunca demonstra o que sente, sempre mantendo uma máscara inabalável. Mas, quando ela está extremamente nervosa ou constrangida, tem essa mania de abraçar a si mesma. E isso entrega tudo.

— Você está com vergonha! — Thaiga riu, achando a cena fofa. — O que aconteceu?

— Ela estava conversando com o Jones. O que vocês estavam falando? — Apertei os olhos, imaginando que talvez eu tivesse interrompido algo importante, mesmo sem querer.

— Nada demais. Eu só estou vermelha por causa do calor. — Babi respondeu, mas desviou o olhar, claramente mentindo. — Ele só estava bêbado, falando coisas sem sentido.

— Coisas sem sentido? — Insisti, mas notei que ela abaixou a cabeça, desconfortável.

Antes que eu pudesse continuar, Thaiga desviou o assunto.

— Vem, é pra cá. — Ela disse, nos guiando até o ponto mais alto da casa.

Babi nos seguia com um olhar desconfiado. Estava prestes a dar meia-noite. Assim que o relógio marcou 00h00, o céu se iluminou. Milhares de lanternas flutuavam acima de nossas cabeças. Era uma cena mágica. Babi abriu a boca, admirada, e nós três parecíamos idiotas olhando para cima, encantadas.

A lua cheia brilhava intensamente, e não havia uma única estrela no céu. Apenas a lua, com um brilho azul surreal, e as lanternas sendo levadas pelo vento.

— Como vocês...? — Babi começou, sem tirar os olhos do céu.

— A Carol mandou mensagem avisando que iam fazer isso. E, claro, ela foi soltar a lanterna com o Bak. — Expliquei, revirando os olhos.

Aqui, os casais tinham a tradição de escrever suas iniciais nas lanternas antes de soltá-las, acreditando que isso traz sorte ao relacionamento. Era uma tradição boba, mas todos participavam. Babi balançou a cabeça, achando aquilo idiota, enquanto Thaiga dava pequenos pulinhos de empolgação.

— Olha! — Thaiga apontou para uma lanterna que estava a poucos metros de nós.

As iniciais nela eram: B + M.

— B de Bianca e de Bárbara, e M de Milena. — Thaiga riu, e Babi sorriu levemente. Eu concordei, entrando na brincadeira.

— Em homenagem à nossa amizade, já que a Carol nos trocou pelo Bak.

Thaiga sorriu e, sem avisar, puxou Babi para um abraço de lado. Ela resmungou, mas não resistiu. Logo eu também abracei as duas e comecei a rir.

— Eu odeio abraços. — Babi resmungou, mas não conseguiu esconder um pequeno sorriso.

Quando finalmente nos soltamos, as garotas voltaram a olhar para o céu, encantadas pelas lanternas. De repente, senti meu braço sendo puxado para longe delas. Era Mob.

— Milena, precisamos conversar. — Ele disse, seu tom sério contrastando com o clima leve ao redor.



//Só pra explicar KAKWKWKKWJWJW

Isso aqui é lanterna de céu:

Isso aqui é lanterna de céu:

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